Era ruim de mais você guardar uma dor, uma culpa dentro de você. muitos viravam pra mim e falavam que eu não tive culpa, que nada que aconteceu era culpa minha, mais outros já falava ao contrário e eu acredito no contrário.
Certamente se eu não tivesse saido junto com eles e feito algo que tivesse evitado a briga deles por minha causa, eles estariam do meu lado, estariam comigo aqui hoje, e eu não estaria passando por tudo isso que eu tou passando. Parece que tudo aconteceu ontem, mais a real é que todos os dias parece aquele maldito dia, é como se tudo se repetisse em minha mente me fazendo me odiar mais e mais.
...💭 Lembranças .......
Hoje o dia estava lindo, todo ensolarado, minha mãe sorria feito boba pro meu pai que estava contando alguma piada sem graças, que só ele sabia. mais mesmo assim a gente ria só por ver ele rindo.
hoje era um dia especial, era o dia que eles completava 13 anos de casamento, e eu tinha meus 14 anos, eles se casaram depois de um ano que eu nasci, de tanto meu pai insistir pra eles se casarem, logo minha mãe foi organizando as coisas.
Mais meu pai queria algo diferente, ele passou o dia tentando reservar lugar em um restaurante que mamãe adorava, que foi o lugar que eles se conheceram, ela estava com a tia Sônia e ele com seus amigos, foi tipo aquele amor a primeira vista.
Toda vez mamãe conta essa história com um sorriso maravilhoso no rosto, o que fazia todo mundo se apaixonar pela história de amor deles, quando tinha dado a hora de ir, minha mãe queria me levar, porém meu pai falou que queria uma coisa só entre eles, afinal era aniversário de 13 anos juntos.
De tanto minha mãe insistir, ele aceitou mesmo contra gosto, eu até cheguei a falar pra ela que eu não queria ir, justamente pra eles não brigarem no dia tão especial pra eles, mais parecia que ela sentia, porque a todo momento falava que me amava enquanto meu pai estava de cara fechada.
Chegamos no restaurante, fizemos o pedido enquanto eles conversavam animadamente falando altas paradas lá, que só de ver a felicidade de ambos me deixava feliz pra cärälhö, sei que eu nunca fui planejado, minha mãe engravidou já na primeira vez que eles ficaram.
Lógico que meus avós não aceitaram bem, mais mesmo assim, ajudaram no que puderam, diferente dos meus avós paternos que nunca quis me reconhecer e humilhou geral, principalmente minha mãe. meu pai no começo não queria, até falou em aborto porque iria estragar os planos dele, mais minha mãe endoidou com ele falando que se ele não quisesse, que ele nem se preocupasse que ela jamais iria pedir um tostão pra ele, mais que também não iria aborta porque se ela foi mulher pra fazer, ela seria pra assumir os erros dela.
Nisso eles tinhas uns 18 anos, quando minha mãe já tava com 6 meses de gestação, meu pai começou a ser presente, acompanhar a gravidez, até que ele aceitou e já era um grude comigo, depois de um ano eles se casaram e aqui estava eles completando seus 13 anos juntos. Eu tinha mil motivos pra odiar meu pai, por sempre me trata mal, mais eu só conseguia amar ele.
Quando a comida chegou comemos, enquanto eles conversavam, eu fiquei quietinho no meu lugar, eu não queria atrapalhar.
— Eu não sei porque insistiu em trazer o garoto conosco. — falava meu pai o tempo todo, enquanto minha mãe apenas ignorava a fala dele sobre isso, até que chegamos no carro.
Ele falava coisas, que de certa forma estava me machucando, mais eu era tão inocente que jamais conseguia odiar ele, eu só queria mostrar a ele o quanto eu amava ele, logo minha mãe cansou das palavras dele e começaram a brigar enquanto ele dirigia completamente nervoso.
— Para com isso André, o menino é teu filho, se eu quis ele aqui hoje, foi por que ele é fruto do nosso amor é a nossa família, sei que o dia é nosso, mais ele também tem o direito de se divertir. — minha mãe falou enquanto gritava, e eu estava ali encolhido no banco.
— Eu sei, mais era pra ser um momento nosso, só nós dois, no outro dia podíamos trazer ele. — papai falou batendo a mão no volante e acelerando mais o carro.
— Gente parem, eu não queria atrapalhar, mais ficar brigando no meio da estrada não vai mudar nada.— falei baixo fazendo meu pai ficar mais bolado olhando pra mim que eu estava sentado no banco de trás.
— CALA A MERDA DA BOCA GAROT....— ele não terminou a frase porque minha mãe gritou para ele tomar cuidado, mais só vimos uma luz forte na frente e nosso carro sendo arremessado pra longe e logo tudo fica escuro, eu só escutei alguém falando em chamar a ambulância e depois não vi mais nada.
Quatro dias depois eu acordei de um pequeno coma após uma cirurgia, e recebi a notícia de que os dois havia morrido, me deixando sozinho no mundo, meus avós paternos não me queriam e me culpava pela morte deles só por eu sobrevivi. Já meus avós maternos estava longe e não podia cuidar de mim.
...Lembranças off 🚫...
E por esse motivo eu me culpo todos os dias, se eu não tivesse ido, eles não teria brigado e não teria morrido. Sei que meu coroa foi muito fdp, mais mesmo assim eu amava, hoje eu poderia odiar ele de todas as formas, porque hoje eu tenho as moral e entendo tudo que eu não entendia direito antes.
Mais não, mesmo eu tendo esse meu lado ogro, frio e tudo mais, eu só consigo amar ele e pedir que estejam em um bom lugar.
Mais Ali estava eu lembrando tudo novamente como todos os dias, chorando feito uma criança quando os pais bate, e coloca de castigo, eu estava assim. praticamente me jogo em cima dos túmulos deles que era um do lado do outro e do meu lado estava minha fiel companheira garrafa de Uísque.
Depois de ter passado o dia trabalhando eu fui pra faculdade, por ser semana de prova eu sai mais cedo, o que já me adiantava já que o morro vai dá toque de recolher.
O que já adianta a diminuir a preocupação da minha mãe sobre eu chegar tarde em tempo de ficar encurralada no meio de tiroteio, já estava no portão de casa quando eu escutei os risos da minha mãe e mais algumas vozes.
Nem me preocupei porque minha mãe tinha muitas amizade aqui no morro, principalmente com os envolvidos, ela tratava alguns como filho.
Abri o portão, e depois fechei a mesma, abrir a porta com a chave, e já de cara vi minha mãe sentada no sofá, com o folgado do cabeça deitado com a cabeça em sua perna, e tinha mais dois meninos com eles conversando e rindo. Assim que me virão me cumprimento, e minha mãe me deu seu melhor sorriso, me fazendo me sentir acolhida.
— chegou cedo hoje minha filha. — mãe falou se ajeitando no sofá me chamando com as mãos.
— Semana de prova, então libera assim que acaba a prova. — falei me sentando ao seu lado, deitando a cabeça em seu ombro. — Boa noite meninos, boa noite seu folgado, some daí. — falei dando um tapa na cabeça dele fazendo ele reclamar e todos rirem.
— ooooh mãe olha ela aí hoo. — cabeça reclama fingindo estar bravo.
Era sempre assim, algumas vezes chamava de tia e outra de mãe, as vezes ele falava só pra me provocar porque sabe que morro de ciúmes, mais ele realmente considerava minha mãe como uma mãe.
É sério, eu iria amar se ele fosse meu irmão de
verdade, mais como dizem não é de sangue mais se precisar eu não iria pensar duas vezes antes de doar.
Nem todo irmão é de sangue, assim como os pais e família...não precisa ser do sangue pra ser sua família, isso é uma coisa que você conquista, assim de mesma forma nem todos que são do seu sangue é sua família.
— Não comecem vocês dois, vamo jantar vamos. — mãe convida levantando - se, e assim todo mundo fez seguindo ela pra cozinha.
Eu estava cansada de mais, tudo que eu queria era minha cama, por mim eu nem jantava apenas tomava um banho e caia na minha cama, mais eu não queria fazer essa desfeita com a minha mãe e com os meninos.
Colocamos nossas comida, sentamos na mesa e começamos a comer em meio de várias conversas, quer dizer eles né. porque eu estava calada comendo na minha, eu estava morrendo de sono e isso era apenas 19h.
— Mais então nega como esta os estudos? — cabeça pergunta comendo sua comida enquanto me olha me fazendo solta um leve sorriso.
— Eu estou indo bem, cansativo por causa do escritório e ainda a faculdade, mais daqui uns 3 meses eu finalizo a faculdade se Deus quiser. —falei toda orgulhosa e vi ele me olhando da mesma forma que minha mãe sempre olhava com orgulho.
— Quem diria que a menina briguenta hoje estaria sendo uma futura doutora, já sei até pra quem ligar pra me tirar da cadeia. — falou brincando e eu neguei
— vai preso, que eu arranco tua cabeça fora vagabundo. — falei e todos riram.
Ele é mais que amigo, ele é meu irmão que eu nunca tive. bom, não sei se tenho um, mais ele eu vou sempre considerar, pois sempre esteve comigo em todos os momentos, e eu não iria pensar duas vezes na hora de ajudar ele.
Ficamos horas Ali conversando ate eles tomar vergonha na cara e ir embora, pois dizem que ainda iriam trabalhar, eles se despediu e foi embora, dei um beijo em minha mãe, falando que eu iria descansar um pouquinho, e ela iria fazer o mesmo.
Peguei as minhas coisas levei pro meu quarto e fui tomar um banho bem tranquilo e relaxante pra tirar todos os estresse do dia a dia e tirar um pouco do cansaço do corpo.
Coloquei uma camisola fresquinha e deitei na cama, em questão de segundos eu já não via e não escutava nada.
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Atualizado até capítulo 36
Comments
Rosângela Dias Lopes
Ansiosa pelo desenrrolar da história, adorei
2023-01-23
31
Suellen Carolina
nossa ele carrega uma culpa q não existe
2025-01-23
0
mandinha
Vc não tem culpa , a culpa toda está em seu pai ... talvez a família dele deve ter colocado um montão de coisas na cabeça dele , e outra se ele não queria o filho por que fez questão de fazer parte seis meses depois ?
se ele amava a esposa , por que ele foi um completo idiota?
se ele maltratava o menino , por que primeiro deixou transparecer bondade e amor ?
São tantos e " Se " que fica difícil, mãos creio que tudo irar se resolver , ou talvez André não é o verdadeiro pai ? sei lá nada justifica isso mais tenho pra mim que tudo isso é obra da família paterna por não aceita a criança.
Vamos descobrir né, talvez tenha alguma pista , e já acho que Hanna entra nessa história.
2024-09-12
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