Capítulo 06

Vontade de ir embora eu não tinha nenhuma, entre ficar ali e voltar pro morro seria a mesma coisa, a minha vida séria a mesma merda, mais infelizmente eu tinha que voltar pro morro, pois eu não podia ficar dando bandeira no asfalto.

Passei praticamente o dia todo dentro do cemitério, vim pra cá era cedo, nem tinha amanhecido ainda. agora estou indo embora, meu relógio já marcava 23 :00 horas, tava a caminho do morro dirigindo numa calma, eu não estava com pressa de voltar, aliás eu nunca tinha pressa pra nada, estava na maior calmaria do mundo.

Tava passando por um lugar vazio sem movimentação nenhuma, e na minha cabeça, eu não iria voltar pro morro, eu iria passar o resto da noite dando volta por aí. arriscado? Sim, e muito, mais eu não estava nem aí.

Enquanto eu observava cada lugar, eu notei uma movimentação estranha em um beco sem saída, ali não tinha ninguém, nem casa, nem restaurante, não tinha nada mesmo, era tudo vazio. Eu parei meu carro por ali mesmo, peguei minha arma e sair pra ir em direção ao beco. Cheguei lá, eu consegui ver mais ou menos um cara, e em suas mãos tinha um pedaço de madeira sujo de sangue, próximo dele havia um cachorro todo machucado, eu não conseguia ver a raça, nem o tamanho por está escuro, mais tinha certeza que ele estava muito machucado.

— Já largou esse caralho, fdp.— falei grosso e frio.

Era sempre assim, até mesmo sem querer as minhas palavras saia com frieza e secas, eu não ligo, até porque muitas vezes eu tenho que ser firme nas coisas que eu falo, mais nem todos são obrigados a escutar as minhas grosserias sem ter culpa de algo.

Eu sou frio, sou grosso, mas eu odiava quem maltratava animais, crianças e mulheres, me meto no meio sim, é foda ! se não gosta dos animais, é só não ficar perto e nem pega pra criar, isso é mó paia, agora maltratar também não, porque ai eu vou ser obrigado a maltratar a pessoa da mesma força ou pior que ela fez com os animais, crianças e mulheres.

— se mete não fdp. — falou enquanto deu mais uma madeirada no cachorro que chorava igual doido, o que me deixava mais puto de ódio.

Logo uma luz de um poste que estava no final do beco, se acendeu. assim dando pra ver o rosto do cara, e ele o meu, na hora que ele viu quem eu era de fato, se assustou.

Eu vivo no meu mundinho, na escuridão, mais em todo lugar tinha meu rosto estampado como o pior traficante do mundo, frio, calculista e entre várias outras coisas, assim dizia toda as reportagens que falava de mim.

— Tá achando que tá falando com quem em desgraça ? — pergunto tirando minha arma da cintura, destravo a mesma e aponto a mira pra cabeça dele.

Eu não precisava de muito esforço pra saber que a mira estava diretamente na cabeça, eu sempre fui bom de mira, e até mesmo sem querer acabava acertando.

— vamos conversar parceiro. — pede dando passos para trás, ele encosta na parede do muro que havia ali.

Meu jeito, ou quem eu sou, o fazia tremer de medo, até que eu solto uma risada macabra pra ver se ele se pelava mas de medo ainda.

— conversar? Parceiro? Se liga crlh, sou nada teu não rapaz, e tú nem merece meu esforço pra conversar não, tá maltratando o bicho por quê porra ? — pergunto atirando nas pernas dele, escutando os gritos de dor, e isso era como músicas para meus ouvidos, eu amava escutar os murmúrios de súplicas.

— Esses bichos são uns demônios, tem que morrer tudo. — falou entre dor, fazendo eu meter mais três tiros nele. — ahhhhhh crlh, para porra. — gritou fazendo eu gargalhar, eu já escutava seu choro alto.

— parar ? Logo eu? Tú me conhece e sabe que eu não sou disso, escutar os seus gritos de dor é tão prazeroso cara. — falei me agachando perto dele, apertei a mão nos cabelos dele fazendo o mesmo fechar os olhos com forças, ele chorava e gemia de dor. — você deveria ter pensando duas vezes antes de machucar alguém ou um animal, dar oi pro diabo por mim. — falei distribuindo tiros por todo seu rosto.

Tirei minha camisa, fui em direção ao cachorro, eu tinha que sair logo dali, mais eu não poderia deixar ele ali sozinho, ou deixar ele morrer de dor, pois tenho certeza que os arrombado dos polícias ia tá nem aí.

Coloquei minha camisa no chão, peguei ele colocando em cima dela e enrolei nele, peguei o mesmo no colo que chorava e gemia de dor, tentando sair do meu colo, provavelmente com medo de ser machucado novamente. Ele era lindo, com certeza era um animalzinho bonzinho, mais estava completamente machucado.

tenho certeza que não era a primeira vez que isso acontecia.

Cheguei no carro, coloquei uma coberta velha que tinha ali, que eu usava pra caso de emergência. coloquei ela em cima do banco e logo coloquei o cachorro ali, dei a volta e meti o pé daquele lugar, eu já escutava o barulho de polícia, então fui logo em direção ao morro, olho pro cachorro no banco de trás, mesmo todo machucado, ele dormia calmamente, mesmo assim soltava Alguns grunhidos pela dor e alguns choros, o que me deixava de coração partido, eu odiava ver isso, odiava saber que tinha gente que maltrata esses ser tão indefeso.

...Três meses depois........

O tempo voou pra algumas pessoas, mais pra mim passaram devagar demais e bem cansativo, mais no final todo cansaço vale a pena, pois eu finalmente consegui terminar a minha faculdade, eu consegui correr atrás dos meus sonhos e dar muito mais orgulho pra minha mãe.

O meu primeiro caso? Foi um sucesso, eu não esperava ter ganhado o caso, mais eu consegui depois de vários dias estudando sobre o mesmo e várias outras coisas.

A verdade era que o cara tava sendo acusado de um homicídio, mais as prova realmente contra ele, não tinha, com muito trabalho consegui provar a inocência dele.

Agora eu posso me considerar oficialmente Dr° Hanna, o sorriso da minha mãe quando eu

falei que tinha conseguido, foi o meu melhor presente. sei que sempre falo a mesma coisa,

mais a felicidade da minha mãe é a minha, ainda mais quando o motivo são as nossas conquistas. Sim nossa, porque se não fosse por ela, eu nunca teria chegado onde eu cheguei hoje, se eu corri atrás dos meus sonhos foi por cada incentivo dela, ela é minha base, ela é meu exemplo, e por ela, sou capaz de tudo, principalmente pra ver o sorriso dela.

O morro? Bom tá a mesma coisa né? A tal operação que ia ter estamos até hoje esperando, mais os caras não abaixaram a guarda não, estão sempre preparados só esperando eles aparecerem.

O tal "Homem da escuridão" depois daquele dia que eu vi ele, eu vi várias outras vezes andando pelo morro com um cachorro maravilhoso, um rottweiler, geral chama ele de pequeno príncipe, mais de pequeno não tem nada, em comparação ele parece um meninão vire e mexe, vejo ele e as crianças brincando. Pelo que o cabeça me contou, o dono do morro, encontrou um cara maltratando o bicho, ele foi e pegou o cachorro pra cuidar e estar aí agora, cuidando do mesmo, por um lado eu acho até bom sabe? Não conheço ele e nem nada, mais só pela forma que ele vive ele não deve ter passado por coisa boa pra viver na escuridão, e um cachorro iria fazer muito bem para ele.

— filha vem almoçar. — sai dos meus pensamentos com a minha mãe me chamando pra almoçar. hoje era sábado, então eu não iria trabalhar, e semana que vem já era a festa de formatura e eu estava feliz de mais.

— Estou indo minha vida. — falei fechando a tela do notebook descendo pra cozinha.

Apesar de ser sábado, eu estava trabalhando, eu estava com mais um caso, então imaginando a minha felicidade? Porém o caso era mais complicado e não fazia a mínima ideia se iria conseguir fechar ele.

— por que você não sai um pouco hoje minha filha? Cabeça não falou que iria fazer um baile pra você hoje, em comemoração a sua formatura. — falou colocando a minha comida em cima da mesa.

Aqui é assim, a comida fica pronta, e ela já saí colocando pra mim, nem espera eu mesmo

colocar, mais sei que é a forma que ela ama me mimar.

— ahh mãe, não sei se eu quero ir não. — falei suspirando colocando a primeira colherada de comida na boca.

Ela tinha feito uma lasanha sensacional e te falar, era minha comida favorita, mais eu comia apenas o da minha mãe, as outra não sei porque, mais eu passo mal, então eu como apenas o dela por mais que eu fique na vontade.

— ah minha filha desde que você começou a faculdade, você nunca mais saiu, e eu sei quanto tú ama um baile, vai lá aproveitar o baile, é feito pra você distrair a mente um pouco. — falou comendo também, olhando pra mim me fazendo revirar os olhos e sorrir pra ela.

— vou pensar, até mais tarde senhora puxa saco do cabeça. — falei, e ela riu negando com a cabeça.

Ficamos falando da vida dos outros, no caso ela . colocando as fofocas em dias, eu amava passar o tempo com ela, gostava de aproveitar cada segundo da conversa em sua companhia.

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Comments

Vanessa F Fontanive

Vanessa F Fontanive

mais de três meses e não se encontraram ainda

2024-04-26

0

Tânia Campos

Tânia Campos

Que dificuldade pra esses dois se encontrarem.
Putz!!
🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2024-01-27

10

Chirley Silva

Chirley Silva

É lindo quando os filhos reconhecem o esforço das mães para suas conquistas

2024-01-13

1

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