_ Você me bateu! Eu já disse que não é nada do que você está pensando, por que me bateu?! (Henry me encarava surpreso limpando a boca).
_ Eu não sou o seu brinquedo, Henry! Não sou as suas putinhas que tanto você diz que sou! Confiei em você de olhos vendados, e agora você diz que fui eu quem lhe fez me trair? Eu sou o problema aqui? E agora você quer satisfação? Seu merdinha, desgraçado, me maltrata e me culpa feito aquele escocês desgraçado e medroso que atormenta meus sonhos todos os dias! (Eu bati nele de novo enraicado e o soquei possesso até ele me segurar para se defender).
Seu rosto que sangrava não doía feito a minha alma que foi traída e dilacerada, eu iria fazer uma burrice, por causa daquele idiota, iria acabar com a vida dele, e o mostraria quem era a putinha fraca que ele tanto me chamava e me humilhava na frente de todos, mas por sorte São Patrício me protegeu e me mostrou o que eu tinha que fazer. Mesmo irritado eu me soltei dele e o deixei no chão, então peguei minha bicicleta e de um jeito amoroso atropelei seu pé e segui em viagem enraivado.
Quando cheguei em casa olhei para minha mãe que arrumava alguns papéis sobre a mesa e nem havia me notado, p ois ela estava com o celular na orelha e nisso eu fui até ela e a abracei forte sorrindo, pedindo carinho.
_ O que houve com você? (Ela me olhou surpresa e largou o telefone perplexa).
_ Te amo muito, mãe! Gosto da dona Abigail, mas vamos visitá-la, quando nos visitarmos a Ashlyn e a tia Charlotte! (Assim eu encolhi nela a abraçando, eu sentia vontade de chorar, mas queria me sentir acolhido também, eu buscava algo que nem eu sabia o que era, mas eu sabia que minha mãe tinha o que eu precisava).
_ Que bom que você gostou da notícia, meu rapazinho! Já está virando um homem! Fiquei preocupada quando o vi sair com a bicicleta, pensei que você iria fazer alguma besteira! (Eu a ouvia enquanto ela arrumava os papéis de documentos para nossa viagem).
_ Eu jamais faria isso, eu sou igual o Finn McCool, eu sou bom! (Eu iria fugir, me arrependi de ter pensado em fugir, minha mãe não merecia saber que eu pensei aquilo, ela iria ficar arrasada por eu ser tão imaturo e idiota).
E a vendo fazer aquilo, eu comecei a ajudá-la a arrumar nossas coisas para nossa viagem, queria esquecer Henry, mas não queria esquecer dona Abigail e nem meus amigos de Brighton. E a ajudando eu me aliviava do que eu havia passado e ansiava para ir no Brasil, mesmo não sabendo a língua nativa do país, pois eu havia estudado espanhol e francês, não português e francês!
Passou uns dois dias e Henry continuava indo na minha casa altas horas da noite me enchendo o saco pedindo perdão, dizia que nada entre nós havia acabado e era uma idiotice enorme o jeito que o tratava, pois ele errou por amo, e várias outras besteiras, e para ser maior ridículo , ele dizia aquilo grudado na minha janela. E nessa noite não era diferente, ele estava na minha janela me atrapalhando a dormir novamente com as suas murrinhas enjoadas
_ Por favor, Dío! Foi um erro, o que eu falei foi uma idiotice! Mas ficar desde jeito por causa de algo que nem aconteceu! Me deixar plantado na janela é um desrespeito! (Ele me encarava, enquanto eu me vestia para dormir).
_ Desrespeito é você estar na minha casa a essa hora da noite! (Eu dizia aquilo apagando a luz do meu quarto).
_ Vamos Díoman, nós nunca brigamos assim! Agora nem me deixa chegar perto de você, estou com saudades do seu cheiro! (Ele era chato e insistente, eu o desprezava com força).
Então me aproximei da janela e fechei as cortinas, depois fui para cama e dormi, acordei cedo como o de costume para me arrumar e ir à aula de francês, eu tinha que pegar o meu diploma e assiná-lo com o meu professor.
Quando sai de casa, Henry estava do lado de fora sentado na calçada, ele parecia que tinha dormido ali, ou melhor, que não tinha dormido e só estava ali sentado olhando a minha casa.
_ Vai para casa Henry! Dona Abigail precisa da sua companhia, seu imbecil! Ela disse que sente medo de ficar sozinha e de que as suas más companhias tragam perigo a vocês, e pelo jeito ela está certa, você é um péssimo neto para ela!(Ela era velha, precisava de cuidados de alguém mais novo e aquele idiota a deixava só).
_ Ela está bem, eu que não estou bem! (Como ele era irritante).
E o encarando, eu continuei andando, eu tinha que ir pro curso pegar meu diploma.
_ Você me atropelou, e agora não quer falar comigo! Eu te perdoo, vamos ir para minha casa e curtir a praia! Eu faço seu chai do jeito que você gosta! (Ele me seguia insistentemente).
_ Eu que deveria perdoar-lhe! (Eu dizia apressando meus passos).
_ Dío, eu sou assim! Sabe que não gosto de pedir perdão! (Ele falava calmamente aquilo).
_ Deveria aprender a falar, você magooa as pessoas! (Eu fiquei aborrecido por não ter ido de bicicleta).
_ Não fale assim! Se é isso que você quer, eu te peço! Me perdoa, meu amor! (Assim ele puxou a minha mão se ajoelhando na rua).
_ Pare com isso! As pessoas da rua estão nos olhando! (Eu puxei a minha mão, estarrecido com aquela cena horrorosa).
_ Mas você me perdoou, não é? (Ele segurava em meu braço enquanto eu andava).
_ Me solta, estou me atrasando, por sua causa! (Eu puxei meu braço novamente).
_ Eu errei tá legal, mas porquê sentia sua falta! Foi só uma vez, você sempre será único em meu coração! Volta para mim, Dío! Me perdoa, por favor! (Ele dizia desesperado).
Eu o ouvia, então o encarei novamente, como ele me olhava fixamente e arrependido, então fiquei confuso com aquilo. Eu gostava de Henry, mesmo ele fazendo coisas estúpidas o tempo todo, parecia que ele estava sendo sincero. Então eu fiz o que deveria fazer, eu não podia esconder aquilo mais.
_ Olha Henry, eu perdoo-lhe! Mas não tem como nós ficarmos juntos, você acabou com a minha confiança em você, e isso não se recupera nem com o tempo! (Eu fiz como a tia Seli falava, confiança em alguém, é tudo que devemos ter, se isso não acontece é porquê tem algo errado, e nesse momento tinha algo errado).
_ Como faço para ter a sua confiança de volta? (Ele implorava aquilo).
_ Siga a sua vida e me deixa seguir a minha! O que tinha entre nós, acabou! (Eu dei um tapinha no seu ombro e segui a minha viagem).
Os dia passaram, mamãe já havia contado a dona Abigail que iríamos embora, Henry parou de me encher, e com tudo empacotado, me despedia da minha casa.
Eu vivi tantas coisas nela e agora eu estava indo embora, iria enfrentar o novo novamente, confesso que sentia medo daquilo tudo novamente. Sentia medo do meu futuro, queria me esconder em minha mãe, mas eu já estava grande para isso. Então enfrentei o caminho até o aeroporto, onde nossos amigos estavam, dona Abigail estava lá e Henry, Ashlyn, tia Charllote e outros amigos estavam lá também.
Eles nos abraçaram, falaram coisas boas, e nos desejaram presságios bons, eu abracei Ashlyn, a minha prima e confidente.
_ Eu queria tanto casar com você! Por que você não gosta de mulher? Ficarei tão triste aqui, sozinha! Ninguém vai me amar do mesmo jeito que amo seus lindos cabelos ondulados! Por que você tem que ir Díoman? Em quem vou fazer minhas makes e meus penteados? Quem eu vou encher a paciência com as minhas histórias envolventes? Como vou saber se você está bem ou não? Os céus, não tirei meu irmãozinho bobo de mim, leve o Joseph, mas deixe Dío comigo! (Eu a abracei novamente, como ela chorava de desgosto, como ela chorava muito eu lhe dei um beijo e ela me olhou surpresa).
_ Para de chorar Ashlyn, quando sentir a minha falta, passa a mão na boca, eu sempre vou estar do seu lado! (Eu sussurrei no ouvido dela e ela me ouvia atenta).
_ Vou sentir a sua falta também! Manda mensagens, vou te ligar à noite! E vou fazer de tudo para aparecer lá nas férias! Eu vou arranjar um homem bonito e te mostrar lá, só não vai roubá-lo de mim, porquê você é lindo também e sei que você é um cara atraente até para as garotas! Eu vou morrer de saudades suas, Dío! Dos seus cílios grandes e diferentes, nunca vou achar um irmãozinho feito você, que beija bem mesmo sendo rápido! (Ela dizia empolgada e melancólica, mas depois sorriu para mim e eu ri para ela, Ashlyn era louca e faladora e minha melhor amiga, minha irmã).
Depois me despedi da da tia Charllote e da dona Abigail, conversei com uns amigos, antes do avião chamar a gente, pensei que aquilo iria ser triste, mas eu me sentia feliz com eles ali. E por fim Henry veio até meus amigos e me olhou aborrecido.
_ Ei Dío, vou sentir muita a sua falta! Me desculpa mesmo, por ter feito aquela borrada! Eu ainda... você sabe, sinto muito! Se eu soubesse que você iria ir embora, tinha te levado para curtir o mar uma última vez! (Henry dizia me olhando nos olhos fixamente).
_ É... Valeu Henry! (Eu me despedi dele).
_ Vou te conquistar de novo Díoman, e um dia vamos voltar a ser o que éramos, e tenho certeza que você não vai fugir de mim como está fazendo agora, pois quando eu te encontrar no Brasil, e te reconquistar você vai ser só meu, e seremos muito felizes juntos! (Ele sussurrava em meu ouvido, e eu fiquei um pouco perturbado com a sua fala).
Assim fomos chamados, e subindo naquele avião senti que tudo iria dar certo, pelos presságios das pessoas que nos abençoaram, e com avião decolando, me sentia perdido e feliz com aquilo tudo, sabia que a minha vida iria recomeçar.
Eu sentia medo do que Henry havia dito, mas eu não disse nada para os meus pais e nem para Ashlyn, havia coisas que ninguém precisava saber da nossa vida, e isso era uma dessas coisas, Henry me tratava feito um lixo, mas ainda mexia em minha cabeça como se eu fosse a sua marionete, ele tentava me controlar, e as vezes eu penso que ele conseguia me tirar do meu senso de si. Suas últimas palavras a mim ainda me deram certa ânsia e desconforto, ele me perseguiu durante a semana toda e só parou quando o pedi misericórdia.
Ahanae olhava enquanto eu pensava e ela me cutucou um pouco preocupada,pois eu enfiava o meu rosto nos braços, eu sentia medo de ser amaldiçoado no Brasil também e que a praga de Henry caísse em mim, isso me desesperava, eu não queria ver Henry nunca mais, eu gostava dele, mas ainda conseguia ver nitidamente ele seminu com uma outra pessoa em seu quarto sofrendo uma orgia, isso era revoltante e nojento, ele me culpou dizendo que eu o fiz fazer aquilo, mas ele nunca respeitou o meu tempo e sempre me molestava mesmo eu dizendo que não queria nada, eu sentia tanta vergonha de mim quando me olhava e lembrava que ele me tocava sem consentimento, eu me arrepiava de nojo e desprezo dele.
_ Está tudo bem, Díoman? (Ahana me perguntava, e minha mãe me olhou séria).
_ Está! Só estou com medo de que eles não gostem de mim, de que minha maldição pegue lá também! (Eu tinha medo, a Inglaterra tinha mares tão gostosos, e agora eu estava indo para um desconhecido, eu havia perdido tudo e tinha certeza que isso era a culpa do meu desejo sexual, por isso Henry estava me maltratando e as pessoas me desprezava com os seus olhares, Daí Patrício estava se vingando aos poucos de mim e das minhas escolhas malditas).
_ Você não é amaldiçoado, eu já não te disse, você é um homem bom! (Katherine me respondeu séria e eu a encarei concordando).
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Atualizado até capítulo 71
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