Ashlyn 1

_ Para com isso Henry, eu me sinto esquisito quando você faz isso! (Eu fiquei sem graça o olhando se despir na minha frente novamente).

_ Pensei que não ligava para isso! Você sempre fala que isso é irrelevante para você! (Henry dizia aquilo tão próximo à mim e eu me sentia desconfortável).

_ Vamos para à praia! Eu tenho que voltar para casa cedo! (Aí eu o afastei e abaixei minha blusa, eu tinha ficado daquele jeito de novo, eu não ficava daquele jeito e agora isso acontecia frequentemente, e piorava quando eu estava perto de Henry que insistia em mexer comigo, mesmo eu dizendo que não queria).

E percebendo que eu estava com os hormônios descontrolados, Henry levantou a minha blusa e sorriu para mim de um jeito malicioso, depois ele zombou de mim dizendo que eu era muito fácil de se envolver e controlar, eu não o entendi, mas ele tentou me beijar e eu o neguei, eu ficava muito nervoso quando ele fazia aquilo, eu gostava de Henry, mas eu sentia feliz e ao mesmo tempo com nojo de quando ele me beijava, nosso primeiro beijo ele me agarrou muito e enfiou sua língua em mim, eu senti muito mal, eu tinha onze anos e fiquei com receio de o ver por dias, sentia medo de que meus pais descobrisse aquilo, e como naquela época eu pensava que beijos engravidava garotas, eu ficava apavorado quando Henry tentava me beijar, mas depois ele foi me explicando as coisas e que crianças eram feitas com sexo, e ele dizia que só homens feitos que faziam aquilo. No início era estranho ouvir aquilo, mas acreditei nele e parei de ter ideias toscas, mas com o tempo ele começou a me agarrar demais, qualquer momento Henry aparecia e brigava comigo por eu estar perto dos meus amigos, ou de outras pessoas, aquilo era estranho, ele ficava transtornado, mas depois se acalmava e me pedia desculpas por estar enciumado, era assim que vivíamos e eu gostava muito de o ver, mesmo quando ele exagerava com as suas manias bruscas e suas falas grotescas. Corremos até a praia, onde nadamos por um tempo, brincávamos juntos na água morna do mar, era bom sentir a água batendo nos meus pés enquanto a inda ia e voltava, era tão gostoso as praias de Brighton!

Eu gostava de ficar na areia a sentindo, já Henry gostava de esportes, e naquele dia não era diferente, eu queimando deitado na areia via ele jogando com os outros garotos e percebia como às vezes ele sorria para mim e jogava a bola propositadamente em mim sem motivo algum, depois ele vinha pegava a bola e dizia para eu não ficar os olhando jogar, pois sentia ciúmes e mandava ficar longe dos rapazes e de seus amigos, que não era para eu jogar, mesmo o pedindo para brincar um pouco, Henry gritou comigo e disse que eu era fraco e muito bobo para jogar com garotos feito ele e eu deveria saber o meu lugar, que era quieto na areia olhando para água sem os olhar pois aquilo atrapalhava a partida e eu estava sendo chato e vulgar, eu sorria e o mandava se lascar, como eu poderia estar sendo chato e vulgar, se eu estava apenas o admirando deitado na areia? Henry era engraçado às vezes, mesmo ele franzindo o rosto dizendo aquilo, eu ria, pois, sabia que era brincadeira.

E os olhando jogando vôlei de longe, eu fui no mar me molhar mais um pouco, estava quente e era gostoso a brisa do mar. Quando voltei, eu estava todo molhado.Tentando me enxugar, vi que os garotos haviam sumido, eu não liguei muito e fui até a cabine pegar a toalha e vi um dos amigos de Henry lá, e o olhando descontraído ele sorriu para mim.

_ Você é amigo de Henry, não é? Por que não joga com a gente vôlei? Você parecia estar interessado no jogo! (Ele falava comigo gentilmente me encarando).

_ Henry não gosta que eu jogo, ele fala que eu atrapalho! (Eu o encarava me enxugando, mas na verdade estava louco para brincar com eles).

_ Se quiser eu te ensino a jogar, não é difícil! Para ser sincero, será divertido fazer isso, você aprende e eu treino ao mesmo tempo! (Ele conversava comigo empolgado e eu o encarava interessado em sua conversa, eu queria brincar e seria divertido).

_ Parece legal, mas não irei lhe incomodar? (Ai eu pendurei a toalha o olhando pensativo).

_ Você tem quantos anos? (Ele falava me olhando de cima em baixo bem atento).

_ Vou fazer 13! (Eu o encarei confuso).

_ Pensei que tinha 15 anos! Será fácil te ensinar, se você não quiser brincar de castelinhos, e se esconder neles quando a bola vier em sua direção, vai ser divertido o jogo!(Aí eu o olhei sério, quando ele falou aquilo rindo).

_ Você acha que sou medroso assim? (Eu fiquei instigado e me senti desafiado por aquele cara).

_ Não se irrite carinha, só estava brincando e tentando quebrar esse gelo! (Ele riu para mim e eu o encarei sério).

_ Então vamos jogar, onde está os outros? (Eu falei com ele desviando o meu olhar para a praia novamente os procurando).

Comecei a andar com aquele rapaz extremamente empolgado, e quando vimos os garotos alguns já estavam se despedindo pois o sol estava se pondo. O garoto ficou sem graça me olhando, e eu fiquei chateado por todos irem embora, em seguida Henry chegou sorrindo segurando alguns drinks em suas mãos e nos olhou bem esquisito.

_ Você achou o meu garotinho Josh! Me poupou trabalho, eu pensei que ele havia sumido na areia! (Henry dizia descontraído com aquele garoto).

_ É-é o encontrei! O chamei para jogar conosco , mas infelizmente os meninos tiveram que ir mais cedo! (Sem graça aquele garoto respondia Henry e o encarei sem graça).

_ Que foi meu pequeno homem? Por que está emburrado! (Ele me entregou a bebida com um rosto um pouco esquisito e depois deu um sorriso amigável).

_ Tenho que ir embora! Dê isso para o seu amigo ali, eu não bebo! Muito obrigado, Josh por me convidar para jogar! Na próxima jogamos juntos!(Eu o entreguei de volta, e sorri para o rapaz, me despedi deles, e comecei a voltar para casa).

Já estava tarde, a minha mãe iria ficar furiosa com minha demora na rua, eu não podia chegar em casa à noite, ela iria perder a cabeça, que nem a outra vez que eu cheguei as 20:00hrs em casa, não era tarde, mas mesmo assim ela ficou desesperada.

E correndo para chegar à rua e pegar a bicicleta, senti um puxão no meu braço, e me assustei com aquilo, eu senti meus ossos estalando, aquele puxão foi muito forte. Era Henry, então puxei meu bravo de volta, estava muito atrasado para as gracinhas de Henry.

_ Eu já falei para não me chamar de pequeno homem! (Eu dizia enquanto andava rápido para pegar a bicicleta e ele me pegou pelo braço de novo).

_ Que foi em? Precisava falar daquele jeito na praia? Sua cabeça virou mingau? Nunca mais fale assim perto dos meus amigos, seu babaca idiota! E você sabe que eu odeio, quando você conversa com eles e mesmo assim teima em ficar se divertindo nas minhas costas! (Ele falou com um tom tão frio comigo, apertando meu braço).

_ Me solta, está machucando! (Eu o encarei com desprezo e ele soltou meu braço).

_ Sabe que sinto ciúmes de você perto dos outros! Eu não quis te machucar! (Ele olhou para mim um pouco envergonhado quando viu a marca de sua mão em meu braço).

_ Mais machucou, seu imbecil! (Eu gritei com ele mostrando meu braço.que agora doía).

_ Não precisa fazer drama! Daqui a pouco essa vermelhidão some! E você sabe que não é aí que eu queria deixar vermelho! (Ele me puxou para perto dele e enfiou a mão em minha calça sorrindo).

Henry era insistente nisso e eu não me sentia pronto ainda, então o afastei, mas ele me puxou de volta me beijando, e enfiando a mão em minhas genitálias novamente, eu fiquei muito assustado e acabei gritando sem querer.

_ PARA! Eu não quero Henry! Já disse que não tou pronto para isso! (Eu gritei com ele novamente, me sentia estranho quando ele fazia aquilo e com vergonha).

_ No meu quarto, você parecia pronto! Com Josh, você parecia estar pronto! Qual o seu problema em? Você não é melhor que ninguém aqui, não! Pelo contrário, é um mimado arrogante! (Ele ficou irritado comigo e me puxou pelo braço até na rua, onde estava minha bicicleta).

Quando chegamos lá, eu lhe dei um tapa, aí ele me agarrou novamente pelo pescoço me enforcando, eu tentei desviar e ele me deu um soco no olho, eu fiquei muito decepcionado com ele. Nós nos gostávamos, mas vivíamos brigando, ele não me entendia, Henry sabia que eu não gostava de exposição sobre relacionamento, mas eu gostava de fazer amigos, já ele me expunha para todos e odiava quando eu me aproximava das pessoas e de seus amigos, eu não o entendia!

Depois que ele me socou eu o encarei furioso, e peguei a minha bicicleta, eu estava triste com Henry e com o rosto e o pescoço doendo. Provavelmente tinha ficado roxo meu olho, e pelo jeito parecia que tinha inchado, já que eu o sentia pesado, assim ele pegou na minha mão e eu o rejeitei, estava tão revoltado e chateado com ele, não queria o olhar e nem o ouvir.

_ Não finge que não existo, Díoman! Eu agi por reflexo, não quis te machucar! (Ele me seguia e eu o ignorava revoltado).

_ A culpa foi sua, eu te disse para não ficar vendo a gente jogando e nem conversar com nenhum amigo meu! Sabe que morro de ciúmes de você perto dos outros, porquê te amo! Você os provoca com o seu rostinho infantil, mas você sabe que tem uma mente enorme e nem parece ter a sua idade, você parece mais maduro e mais velho, eu gosto disso em você, Díoman! (Ele me seguia, falando aquilo, e as outras pessoas nos olhava com nojo).

Eu sentia vergonha e cobria o meu rosto, não queria que ninguém visse aquilo, mas todos nos olhavam com repulsão e julgamento. Eu sentia medo do que as pessoas podiam dizer da gente e do que meus pais poderiam ouvir sobre aquele incidente horroroso, eu estava péssimo, nem sabia como chegaria em casa e como me disfarçaria para minha mãe não surtar, ela não gostava muito de que eu demorasse na rua, muito menos que eu chegasse com algo diferente no corpo, e aquele hematoma com certeza a faria me fazer inúmeras perguntas incansáveis, e o pior, eu já havia usado muitas desculpas na última vez que ela me viu assim, eu já não sabia quais desculpas utilizar, eu não entendia porquê Henry sempre me batia e me tratava feito um monte de merda, não era a primeira vez que ele fazia aquilo, e não era a primeira vez que eu me sentia horrível com ele, e eu nem sabia porquê ainda insistia em ir vê-lo se ele sempre me batia.

_ Não me ignore, Díoman! Eu fico enlouquecido quando você faz isso! (Ele puxou a bicicleta de minha mão e eu o encarei espatifado).

_ Já não basta a surra que me deu e esse escândalo todo na rua, agora quer me atrasar chegar em casa, para que a minha mãe fique triste comigo também? Já não basta o meu rosto, agora o horário também? Deixa-me Henry, eu não posso conversar agora, estou atrasado! (Ele podia fazer o que quisesse, mas o horário era sagrado para mim e minha mãe).

_ Você se atrasou comigo e não fez esse drama todo! Só deu uma ligação idiota falando que não ia chegar no horário, e mesmo assim eu não fiz nada! E agora você faz esse drama, por causa de sua mãe? Me poupe Díoman, você quer se encontrar com Josh! Sua putinha de merda! Aposto que dorme com outros, e não comigo! Seu p... (Ele falou aquilo e apertou a minha boca irritado e eu o empurrei novamente e lhe dei outro tapa).

Fiquei completamente infeliz com sua fala ignorante. Henry tinha uma obsessão por mim, e um ciúmes doentio, eu gostava dele, mas isso era chato às vezes. E me xingar, e falar aquilo me deixou mais triste ainda com ele.

_ Me respeita Henry, sabe que nunca fiz isso! Eu gosto de você, mas se continuar me tratando deste jeito, vou lhe deixar! Não sou uma puta, nem isso que você pensa que sou! Estou muito infeliz com você Henry, então não me enche, pelo menos não agora! (Eu realmente estava triste, então subi na bicicleta e fui para casa).

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