Capítulo 12

Observei Rafaela descendo do palco, sentindo minhas mãos suando, sem saber ao certo o que dizer além de parabenizá-la. Seria louco confessar que fiz toda aquela viagem apenas para vê-la? Bom, era louco até para mim mesma ao me dar conta disso naquele momento.

Ela se aproximava alternando olhares entre mim e as pessoas que diziam algo por onde passava, provavelmente parabenizando pelo prêmio. E quando finalmente parou diante de mim, meu impulso foi abraça-la antes mesmo que dissesse alguma coisa.

— Parabéns — falei baixinho em seu ouvido. — Eu disse que ganharia.

— Que surpresa. – Ela me apertou contra o próprio corpo. — Mas o que faz aqui? — Nos fastamos devagar.

— E-eu... queria ver com meus próprios olhos. — gaguejei logo de início e praguejei mentalmente por isso.

— Rafa? —chamou uma moça se aproximando e após dá uma olhada em minha direção ela voltou-se para Rafaela. — Tem alguém que deseja falar com você.

— Me espera um pouco? — questionou ela me olhando como se estivesse prestes a cometer um crime.

— Tudo bem, vai lá! — falei e ela se foi ao lado da outra.

Nem tive tempo de me sentir sozinha, pois Laura que estava a uma certa distância me avistou e aproximou-se quase correndo.

— Você conhece Rafaela Bianchi? — Seu tom demonstrava o quão surpresa estava e eu claro confirmei.dizendo estar trabalhando na agência. — Então consegue um desconto para mim! Quero muito um segundo casamento e seria perfeito realizá-lo com uma agência tão famosa. Vamos Giulia, consegue um desconto de funcionária, já que você nunca vai casar mesmo...

— Quem disse que nunca vou casar? — Interrompi sua tagarelice.

— Você sabe... É estranho.

— O quê é estranho, Laura? — Eu nem podia acreditar no que ela estava tentando dizer. Se possível meu olhar estaria ferindo a garota diante de mim naquele momento.

— Como assim o quê? Casamento é entre homem e mulher.

— Que absurdo!

— Ah Giulia, você teria coragem de fazer uma festa? Seu pai ia morrer de verg... — Minha mão foi rápida em alcançar o rosto da garota, esquecendo completamente que estava próxima a outras pessoas que conversavam entre si, mas que por incrível que pareça pararam assim que viram a cena.

— Talvez se não vivesse sua vida correndo atrás de fama e dinheiro, sobraria tempo para se tornar um ser humano menos medíocre. — Cuspi as palavras e virei rapidamente para sair, mas me deparei com Rafaela.

— O que foi isso? — perguntou ela baixinho, mas apenas neguei com a cabeça e segui em direção a saída. Ela me seguiu, mas parei apenas quando já havia me afastado o suficiente de todas as pessoas. — Quem era aquela garota?

— Me desculpe, vim aqui te parabenizar e acabei criando uma cena ridícula — lamentei. — Ela é só alguém que não vale a pena.

— Tudo bem, não precisa se explicar agora. Vem comigo. — Rafaela entrelaçou os dedos aos meus e me levou em direção a outra área do resort.

Minutos depois estávamos as duas descalças, com os pés dentro da piscina, nossos vestidos na altura de nossas coxas, nossos corpos levemente inclinados para trás enquanto olhavamos o céu, sentindo a brisa fria que vinha do mar alí perto. Claramente aquela área era privada e apenas alguns quartos tinham acesso, mas estava deserto, todos na festa.

— Agora você pode me explicar como veio parar aqui? — Ela quebrou o silêncio que havia se instaurado.

— Meu pai tem uma casa aqui... — falei, ainda mantendo os olhos no céu onde as poucas estrelas tentavam se destacar me fazendo lembrar aquela noite em que falei com ela na varanda da casa de Mauro.

Eu não podia imaginar que de lá para cá, teria chegado ao ponto de sair feito uma louca ao encontro dela. Aquele pensamento me fez sorrir e isso não passou despercebido por ela.

— Qual a graça? — questionou e virei o rosto para encara-la.

— Eu precisava ver com meus próprios olhos a mulher incrível que você é. — Mordisquei meu lábio sem desviar o olhar.

Notei o quanto Rafaela ficou sem jeito e sorri me arrastando um pouco para o lado, o suficiente para poder virar levantando um pouco e passar uma perna por cima dela, ficando em seu colo, fazendo com que o peso do corpo dela cedesse e com um riso divertido nos lábios fosse quase obrigada a deitar de costas no chão — comigo por cima não dando espaço para nada, pois logo me inclinei e beijei-lhe os lábios.

Durante o beijo as mãos dela em minhas coxas faziam carícias que desligavam minha atenção de sua língua em minha boca, fazendo com que meu corpo reagisse involuntariamente. Nem percebi que meus quadris já se movia devagar. Apenas quando Rafaela segurou minha bunda com ambas as mãos me dei conta do quanto aquele beijo havia despertado nosso desejo ao ponto de ignorarmos a possibilidade de alguém nos vê ali.

— O quê diriam se vissem a ganhadora da noite em tal cena? — murmurei em seus lábios.

Seus dedos inquietos já faziam trilhas suaves em minha coxa, subindo novamente em direção a minha bunda.

— Diriam que tenho uma muita sorte — afirmou com um sorriso e afastei um pouquinho para encara-la.

— Ah é? Por que? — Provoquei com o olhar e levemente.

— Um prêmio e um mulherão desse encima de mim, tudo isso na mesma noite... — Ri alto, mas fui interrompida pela mão dela em minha nuca puxando para mais um beijo, dessa vez claramente cheio de desejo logo de início. — Vem para meu quarto?

— Ainda pergunta?

Não foi preciso mais nada para que ambas levantassemos e juntas seguimos em direção ao quarto que ela estava hospedada.

O lugar, o clima, e a companhia, era tudo lindo e perfeito demais, eu não estava acostumada a tanta sorte assim, mas estava agradecendo mentalmente enquanto sentia o zíper de meu vestido descendo por minhas costas e logo sentia os lábios de Rafaela trilhando beijos até chegar na altura de minha cintura. Ela deslizou a peça por minhas pernas e entrelaçou os dedos nas laterais de minha peça íntima, fazendo meu interior vibrar de desejo, pois mesmo não podendo vê-la eu sabia que era a imagem mais erótica que alguém poderia ver.

Rafaela Bianchi de joelhos atrás de mim, retirando minha calcinha de forma lenta e torturante era algo que nem em sonho poderia imaginar, mas lá estava ela, passeando as mãos por meu corpo, subindo lentamente. Tão quente, suave e gostoso era aquele toque. Senti sua respiração em minha orelha e inclinei a cabeça para o lado enquanto ela brincava com meus seios que já estavam sensíveis, então foi fácil um gemido escapar por meus lábios, afinal alí era meu ponto fraco.

Entre minhas pernas já estava encharcado e ela nem tinha feito muita coisa ainda.

— Rafa... — Seu nome saiu em forma de lamúria e ela pareceu sorrir antes de mordiscar minha orelha.

— O que você quer? — sussurrou, conseguindo me deixar ainda mais arrepiada. — Hã?

— Me toca...

— Onde? — provocou, descendo um pouco a mão por minha barriga, mas não descendo o suficiente. — Aqui?

— Não seja malvada. — Sorri virando o rosto para encara-la, então levei minha mão até a dela e deslizei até entre minhas pernas e ambas soltamos pregamos quando seus dedos tocaram minha intimidade. — Por favor... — pedi, mantendo o olhar fixo ao dela que me beijou de maneira voraz.

Me desmontei inteira nos braços dela, sentindo seus dedos molhados com minha excitação, me enlouquecendo até que dois deles estivessem me enlouquecendo de prazer de maneira deliciosa.

Nossos lábios se devoravam enquanto eu rebolava.

Eu estava completamente perdida e entregue a Rafaela.

— Goza pra mim Giulia — exigiu aumentando os movimentos na medida certa para me fazer chegar lá.

Aquela voz, o calor do corpo junto ao meu, o ritmo perfeito de seus dedos, tudo me levou ao ápice sem demora. Estremeci chegando ao de forma intensa ao ponto de sentir minhas pernas bambas, mas o braço dela ao redor de minha cintura me manteve firme até que fizesse virar ficando de frente para beija-la.

— Você é tão gostosa — murmurou em meus lábios, aos poucos me empurrando para trás até que eu caísse sentada no sofá.

Ainda ofegante, sorri olhando ela em pé, me dando a bela visão ao se livrar do vestido. Apenas de lingerie Rafaela era a verdadeira definição de perfeição e quando se livrou das peças tive certeza de que eu quem era a pessoa mais sortuda alí.

Sabe quela frase: não tenho nem talher? Então, era assim que me sentia diante daquela visão maravilhosa. Por sorte eu só precisaria de minhas mãos e boca para dar conta daquele monumento delicioso.

Rafaela.encaixou-se encima de mim com uma perna de cada lado de meu corpo e me beijou com desejo até que o ar nos faltasse, então pude descer beijos por seu pescoço até chegar ao destino principal, o par de seios. Pude ouvir os gemidos baixinhos dela que entrelaçou os dedos em meus cabelos. Eu poderia mamar alí a noite inteira, mas tinha algo que minha língua desejava bem mais.

Aos poucos fiz com que ela deitasse no sofá e com um sorriso travesso diante daquele olhar cheio de desejo, desci o rosto para entre suas pernas onde primeiro toquei com a ponta dos dedos e ela gemeu toda manhosa arqueando o corpo.

— Caramba Rafa... — gemi baixinho antes de deslizar minha língua sentindo seu gosto.

Não tinha como descrever o quanto era bom sentir cada movimento do corpo dela. Os gemidos de Rafaela ecoavam pelo quarto e suas mãos eram severas puxando meus cabelos comandando os movimentos.

Rafaela não demorou a chegar ao ápice estremecendo e chamando meu nome. Céus, era o melhor som que eu poderia ouvir.

Devo afirmar que a noite foi longa e prazerosa. Não nos cansamos fácil, mas quando aconteceu, bebemos e conversamos um pouco antes de partimos novamente para mais um round.

Já era quase manhã quando após um banho morninho, lençóis trocados por nós entre risos idiotas, deitamos bem confortáveis e adormecemos.

Quando voltei a consciência ouvi a voz de Rafaela falando com alguém, abri os olhos e avistei ela na varanda, andando de um lado para o outro falando ao celular. Usava um vestido longo azul claro, de tecido leve.

Daquele ângulo estava linda. Apesar de que de todos os ângulos ela era linda, mas eu ainda conseguia confirmar que era possível me maravilhar mais e mais.

— Te acordei? Desculpa. — Assustei-me quando ela entrou falando aquilo, afinal havia ficado perdida em meus pensamentos. — O café já está aqui, então que tal levantar e aproveitar? — Apontou para a mesa na varanda, mas me resumi a esconder meu rosto com o cobertor.

— Você está linda, toda cheirosa e eu parecendo uma morta viva — resmunguei.

— Para de bobagem! Só não estou nessa cama ainda porque precisei falar com o pessoal da revista. — Ela puxou a coberta e tive que usar as mãos para esconder o rosto, mas por entre os dedos pude ver seu sorriso. — Está linda.

— Mentirosa! — Apontei e a esperta aproveitou para me puxar da cama.

Rendida, segui até o banheiro e após fazer uma rapidamente higiene, prendi os cabelos em um coque e usando roupão mesmo segui para a varanda onde Rafaela me esperava, concentrada no próprio celular.

— Mulher de negóci... — gritei ao ser puxada por ela caindo em seu colo. — Tá doida? Que susto... — Fui calada com um beijo que me tirou o raciocínio e fez desejar voltar para aquela cama, mas acabou antes que minha safadeza falasse mais alto.

— Você volta hoje, não é? — questionou e concordei, me inclinando para pegar um pão de queijo que estava me chamando. — Volto amanhã, hoje a tarde ainda tem alguns eventos bobos da Work It.

— Estou te atrasando, não é? — Ela sorriu trazendo o polegar até o canto de minha boca onde limpou.

— Vale a pena o atraso. — Sorriu me deixando sem jeito, então tive que virar o rosto para não suspirar feito idiota diante de tanta perfeição.

Tomamos café conversando sobre o que ela faria naquela tarde. Também decidi contar o que realmente aconteceu entre mim e Laura na noite anterior, então consequentemente o assunto "meu pai" entrou em questão e como isso não era algo que eu gostaria de falar, decidi finalizar o café e a conversa. Aproveitando também para deixar de roubar o tempo dela.

— Nos vemos na terça? — perguntei enquanto caminhavamos saindo do quarto.

Seguiamos em direção a um caminho que eu não pude ver na noite enterior. Diante de nós havia uma pequena ponte com um rio artificial, tudo tão lindo que eu só queria ter mais tempo para ver mais daquele lugar.

— Sim — confirmou, mas seu olhar não estava em mim. — Nos falamos depois.

Rafaela afastou-se e notei que ao atravessar a ponte ela ia em direção a mesma mulher da noite anterior. A estranha mantinha o olhar em mim, antes de voltar-se para ela e sorrir recebendo-a com um abraço.

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Comments

Yofanfictions

Yofanfictions

.....
Sem mais
quero viver esse momento em algum dia da minha vida

2024-01-05

0

Diva

Diva

Extra, extra...
Caminho sem volta, tomar chá na fonte.

2022-12-29

5

daniele cleffs da silva

daniele cleffs da silva

Não sei prq mais essa mulher vai dar trabalho ou pra Gi ou Rafa 🤔.

2022-11-10

3

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