Capítulo 08

Eu e o álcool sempre fomos uma combinação perigosa, mas que sempre rendeu histórias no máximo engraçadas. Bom, pelo menos costumava ser assim antes de uma certa mulher surgir em minha vida.

Eu estava animada demais e claro que Jéssica logo percebeu meu sorriso olhando o celular, mas meu pensamento naquele momento era de que minha boca seria um túmulo, então não falei nem deixei que ela visse minhas conversas.

— Vou com você! — disse minha amiga assim que anunciei ir embora.

— Não precisa — afirmei, mas ela insistiu. — Não dificulta minha vida ô Jéssica!

— Deixa de ser estressadinha. Se eu deixar você ir embora sozinha nesse estado é capaz de chegar lá com dois mendigos e uma garrafa de cachaça embaixo do braço, que eu te conheço bem!

— Para com isso, eu tô quase sóbria. — Tentei meu máximo para parecer bem e ela me olhou desconfiada. — É sério Jess, vou ficar bem.

Olhei a hora e percebi que já tinha passado muito tempo desde que Rafaela mandou a mensagem. Querendo ou não eu ia sair daquela casa e foi exatamente o que fiz, só que a Jéssica veio comigo até o portão e enquanto eu mandava ela voltar, Mari — que antes observava de longe — se aproximou perguntando o motivo de nossa pequena discussão.

— Besteira da sua irmã — falei, já do lado de fora do portão.

Meus olhos foram para o final da rua onde havia um mercadinho com uma ótima iluminação na frente, que me permitiu reconhecer de imediato o carro de Rafaela.

— Aquele carro... — disse Mari olhando na mesma direção que eu.

— É o da Rafaela — falei de uma vez. — Ela veio me buscar. — Me exibi.

— Por que a Rafa viria te buscar? — questionou Mari me olhando de um jeito que eu não gostei nada.

— Por que ela não viria? — foi minha resposta.

— Giulia pelo amor de Deus — murmurou Jéssica segurando em meu braço. — O pai da Gi tá namorando a mãe da Rafa, quero dizer... — Jéssica se embaralhou toda. — A mãe da Giulia tá namorando o pai da Rafa e ela pediu que viesse buscar essa bêbada aqui. Agora vem! — Jéssica praticamente me arrastou em direção ao carro. — Você pirou?

— Não gostei nada da cara dela me olhando. Ela acha que não tenho capacidade de pegar Rafaela Bianchi? Eu tenho capac... — Jéssica cobriu minha boca com a mão quando estava aumentando meu tom de voz. E foi ela também que abriu a porta do carro e me empurrou para dentro.

— Cuida direitinho dela que eu cuido da minha irmã, impedindo que dê um surto — falou minha amiga para Rafaela.

— Manda ela se tratar. — Dei tapinhas no ombro de Jéssica. — A partir de agora eu quem vou ocupar essa cama.

— Amiga, você vai se arrepender amargamente por ter bebido tanto — falou em meu ouvido antes de afastar e fechar a porta.

Virei o rosto para Rafaela que me olhava com uma expressão indecifrável, mas quando sorri ela retribuiu o sorriso, ligando o carro, mas não era um sorriso e sim um riso. Estava rindo de mim?

Bom, uma coisa era certa, eu estava me embriagando ainda mais, só que dessa vez com o cheiro dela que pairava naquele carro.

Rafaela claramente usava uma roupa de ficar em casa, blusa folgada, short curto o suficiente para que as coxas estivessem á mostra e nossa, que sexy aquelas pernas enquanto ela dirigia.

— Vai ficar me secando até quando? — Seu tom divertido veio com uma olhada de canto. — Então, para sua casa ou já prefere ocupar minha cama hoje a noite?

— Ainda pergunta? Claro que prefiro sua cama. — Dei de ombros virando o rosto. — Por mim já estaria lá há muito tempo.

— Você tem uma língua bem solta quando bebe, hein?

— Isso é ruim, eu sei pelo seu tom — afirmei.

— Não para mim, você quem pode se arrepender depois. Eu confesso que gosto, pois desconheço ser humano mais sincero que o bêbado. — Ri ignorando completamente a pior parte daquela frase.

Sinceramente eu pensei que ela me levaria para casa. Estava sonolenta demais para identificar o caminho, meus olhos pesavam e eu travei uma batalha para me manter acordada até que chegássemos na garagem de um prédio..

Enquanto subiamos, dividimos o elevador com um casal de idosos, então ficamos em silêncio e eu me apoiei na lateral, mas assim que os dois sairam Rafaela me puxou para junto, passando o braço ao redor dos meus ombros me fazendo sorrir passando o braço ao redor de sua cintura.

— Você está me fazendo sentir confortável — murmurei fechando os olhos.

— Dá pra perceber — falou baixinho, afastando meus cabelos do rosto. — Pra quem parecia nunca relaxar comigo por perto, vir para minha casa é um passo e tanto.

— Estamos em outro nível agora, não acha? — Levantei a cabeça para olhar em seus olhos e vi quando concordou.

As portas do elevador foram abertas e nós saimos daquela mesma forma, abraçadas até ela abrir a porta do apartamento e permitir que eu entrasse na frente.

Logo de cara deu para ver que o apartamento de Rafaela era a coisa mais linda e absurdamente exagerada em termos de tamanho, já que aparentemente morava sozinha.

— Estou com a boca seca — comentei enquanto ainda estava entrando observando a decoração.

— Espera um pouco. —  Ela sumiu no corredor me deixando na sala e quando voltou trazia uma garrafa pequena de água mineral. Agradeci, mas quando pretendia se afastar puxei em seu braço trazendo para perto.

— Você bem que podia umedecer meus lábios de uma outra forma... — comentei e ela sorriu colocando as mãos em minha cintura.

— Não seria nenhum sacrifício — disse antes de colar a boca na minha, dando início a um beijo gostoso que fez meu corpo reagir.

Enquanto sentia aquela língua quente deslizando pela minha, gemi em seus lábios, bem mais excitada que no dia anterior, mas ela parou o beijo aos poucos, finalizando com um selinho.

— Vou preparar um banho para você — disse dando um passo para trás, mas impedi novamente que se afastasse.

— Sério que vai me instigar e deixar assim? — Fiz um biquinho.

— Você bebeu muito, então comporte-se. — Apontou com um sorriso antes de sair, me deixando a sua espera.

Rafaela não demorou a voltar. Eu estava semi deitada em seu confortável sofá.

Segurando em minha mão guiando o caminho, ela que parecia se divertir com a situação. Me levou até o quarto que estava iluminado apenas pela luz do abajur, entramos no banheiro e meu queixo caiu diante da imensa e atraente banheira que havia alí. Atrás de mim, Rafaela começou a levantar minha blusa.

— Posso te ajudar com isso ou prefere privacidade? — questionou próximo a meu ouvido.

— Você está fazendo um jogo comigo?

— Juro que só quero cuidar direitinho de você, assim como sua amig... — Virei rapidamente e selei nossos lábios.

— Tudo bem — murmurei.

Dei um passo atrás terminando de retirar a blusa e após me livrar da peça, abri o sutiã sem tirar os olhos dela que cravou o olhar em meus seios. Logo em seguida abri o botão do short e fiz o mesmo processo, retirando a calcinha, ficando completamente livre de roupa r qualquer pudor.

— Você é maravilhosa — afirmou passeando os olhos descaradamente por todo meu corpo. — Entra na água, vou te ajudar a relaxar.

Eu queria protestar, mas não relutei em entrar naquela água morninha que tinha um cheiro gostoso devido os sais de banho.

Um suspiro escapou por meus lábios quando senti os dedos de Rafaela em meus ombros, notando que ela estava sentada na borda da banheira.

— Por que não entra? — perguntei.

— É seu momento, quero que relaxe.

Fechei os olhos apreciando o suave toque que logo se tornava firme e prazeroso. De fato, aos poucos me sentia bem relaxada, mas o som da campainha sendo tocada diversas vezes seguidas fez com que despertasse novamente.

Rafaela levantou pedindo que eu esperasse e segui ela com os olhos até que saísse.

Quando o silêncio se fez presente voltei a fechar os olhos, porém o som de uma voz feminina me fez sentar rapidamente.

O que Mari faz aqui?

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Comments

🍃_ßøřä-Chā _🍃

🍃_ßøřä-Chā _🍃

fia da mãe da Mari acabou com o clima
>:'

2024-01-07

1

Cleidiane Silva

Cleidiane Silva

essa Mari afffs

2023-06-26

0

Biah Priscila

Biah Priscila

AAAAA NÃO, NÃO FOI ISSO QUE EU PEDIR

2022-11-20

6

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