Jean ergue a mulher em seus braços e a leva para o quarto, enquanto a beija. Ele a deita em sua cama e com a luz ainda apagada, sendo iluminados apenas pelas luzes da rua que passavam por entre as frestas da janela, ele a despe completamente.
Ana o ajuda a se despir, enquanto admira o corpo alto e forte. Ela arfa. Ele estava extasiado e a olhava com verdadeira veneração. Ele volta a beijá-la e a acariciar o corpo perfeito dela. Ele há anos não sentia-se vivo, e aquele frio na barriga, de que algo poderia dar certo.
Ana sentiu ele se introduzindo nela e trancou a respiração. Jean percebeu e parou levemente, ao se dar conta que ela era apertada demais.
- Carol… - Ele falou com a boca grudada a dela.
- Eu nunca… nunca tinha… - Jean se afasta e tenta ver os seus olhos através da penumbra do quarto.
- Virgem?
- Mais ou menos… - Ana geme. - Continua… - Ela arfa na boca dele\, que estremece.
Mais ou menos? O que isso queria dizer? Jean deixou o desejo o tomar e deixou isso pra perguntar depois, então seguiu naquele êxtase inexplicável. Ela se movia contra ele e dava gemidos contidos, enquanto ele suava em suas estocadas controladas e desesperadas. E naquele frenesi de algo que eles não conseguiam entender, se deixaram chegar ao ápice.
Jean deitado ao lado dela, abraçado, com os rostos quase colados, acariciava as costas dela. - Como assim, mais ou menos? - Jean questiona com um meio sorriso e Ana sorri.
- Em outro momento te explico. - Ele ri e a puxa para um beijo. - Você não tem que ir trabalhar? - Ela pergunta interrompendo o beijo brevemente.
- Já quer que eu vá embora? - Ele brinca descendo as mãos para as nádegas dela.
- Não. Só não quero te atrapalhar…
- Nunca me atrapalha… é um prazer estar aqui. Além do mais eu disse que não iria para a empresa hoje. Eu que mando\, afinal! Tenho de aproveitar! - Ele ri e Ana o acompanha. Então ele a puxa e a faz ficar mantada nele. - Carol… eu… não quero que seja só sexo. - Ana arfa.
- O-o que quer dizer? - Jean segura o rosto dela e a beija.
- Eu a quero como minha. Minha\, minha\, minha… - Ele começa a beijá-la e a deita\, montando ele nela. - Ana não podia conter os seus próprios batimentos. Seu coração sensível e apaixonado gritava que sim… mas… para aquela relação dar certo\, ela precisava primeiro ter coragem de contar as suspeitas dela.
- O que acha de irmos com calma? - Jean a encara e ele treme o lábio inferior. - Nunca namorei…
Jean sorri ao ouvir as palavras dela. Inicialmente achou que estava entendendo tudo errado, e ela não o queria, mas então seu coração se deixava levar ainda mais, ela era apenas inexperiente.
- Eu posso ir com calma… - Ele volta a beijá-la\, e naquela onda de calor e sedução eles se entregam um ao outro novamente.
Ana nunca havia provado daquele prazer, de sentir o seu corpo ter vida própria, de sentir-se apertada, sugada, beijada e amada, de sentir ondas de arrepios, de pernas tremendo, e suor escorrendo em pleno início de inverno. Jean já tivera muitas noites de amor, mas não poderia julgar outra melhor que aquela deitada naquela cama, daquela que gemia de olhos fechados em seus braços.
Depois de um longo tempo deitados, Ana se levanta e caminha até o interruptor.
Jean sorria ao olhar a mulher nua caminhando. Ela juntando as roupas para vestir. Ela ainda estava meio tímida, e virou-se de costas para ele, para se vestir e naquele momento, Jean franziu o cenho.
Durante a primeira infância de Sophia, ele a levou várias vezes ao médico, por ela ter uma marca em um formato, que lembrava estrela nas costas. Era uma marca avermelhada e ele pensou ser uma alergia, e depois de vários exames se contentou que era apenas uma marca de nascença.
Nunca passou pela cabeça que seria uma marca passada de mãe para filha, ou de forma genética, até aquele momento. Sentou-se na cama e abriu a boca. - Carol… - A mulher se vira para ele, já com a blusa e a calcinha colocada. O sorriso estonteante nos lábios, ele estremece. Seria ela a barriga de aluguel? Não… não podia ser… aquela mulher ele lembrava-se de se chamar Ana. - Nunca me disse o seu nome completo. - Ele força um sorriso e ela se deita ao lado dele, de barriga para baixo, os cotovelos na cama e segurando o rosto com as mãos.
- Ana Carolina Quebert. - Ela lhe dá um sorriso de menina\, os olhos brilhantes. - O seu eu já sei. Jean Paulo Clarencce. - Jean arfa e fica pálido. - Tudo bem? - Ana se senta na cama e toca no peito ainda nu do homem.
- Tudo\, ahn tudo bem… - Ele sorri.
- Que tal um café ou um cházinho?
- Chá… de camomila. - Jean diz e ela se levanta indo em direção a cozinha.
Jean se levanta da cama e sua cabeça gira. Não podia ser… não podia ser! Ele para em frente ao espelho e se encara. Teria o destino feito aquela brincadeira com eles? Caminhou lentamente até a cozinha e viu-a de costas cantarolando. Aquela voz… era ela! Arfou.
- Ana Carolina… - Ela vira a cabeça por sobre o ombro e sorri.
- Jean Paulo… ?
- Eu … eu vou precisar ir até a empresa\, mandaram uma mensagem. É importante. - Ana fica séria e larga o que está fazendo.
- Ah! Claro. - Sorri e vai até ele\, que a puxa para um abraço\, enquanto funga o pescoço dela\, gravando aquele perfume. Se afasta e segura o rosto dela entre as mãos. Eram os mesmos olhos de Sophi\, a mesma cor de cabelo\, tirando as mechas loiras… até o formato da boca. Sorriu.
- Podemos vir jantar com você?
- Claro! - Ana estava achando o homem estranho\, mas não comentou nada. Não seria uma mulher pegajosa. Ela que pediu para irem com calma. E seu coração deu uma pirueta ao ouvir ele dizer para ele e Sophi jantarem ali. - O que você quer que prepare?
- O que tiver\, estará ótimo! Sua companhia é o principal.
- Tá bom. - Ana sorri afundando o rosto do peito dele e sentindo o perfume que a tonteava.
Ele saiu dali e ela correu ajeitar a casa, e ir ao super mercado. Estava eufórica de animação. Ela tinha feito amor com aquele homem! E ela estava apaixonada por ele e... talvez, eles tivessem uma filha...
Jean saiu da casa de Ana Carolina Quebert e foi direto ao escritório de advocacia que contratou há mais de sete anos atrás. Depois de uma hora esperando foi atendido. A advogada da época não trabalhava mais ali, mas eles mantinham as documentações arquivadas.
Depois de cerca de meia hora, encontraram os contratos. Jean segurava a pasta e tremia sentado no banco de seu carro. Na primeira página tinha o nome dela. Ana Carolina Quebert. Chegou a sentir uma náusea. Lembrou-se da médica dizendo que a jovem era virgem, e de Ana Carolina dizendo mais ou menos virgem… Colocou a cabeça no volante. Mais de sete anos depois, ele a encontrou e ela ainda não tinha dormido com um homem! Mais de sete anos, e ela parecia ser outra pessoa. Olhou a foto três por quatro do relatório. Os olhos eram mais tristes, os cabelos eram retos e longos. Socou o volante. E agora? O que faria? Sua cabeça rodava sem saber como agir, como ela agiria ao saber daquilo… será que o perdoaria por ter sumido e nunca ter dado notícias? Mas era o contrato!
Buscou Sophia na escola e a menina não parava de tagarelar, em casa ele ajudou-a no banho e a marca estava lá, para lhe relembrar. Então resolveu conversar com a filha.
- Você gostaria de conhecer a sua mãe biológica?
- A moça da barriga? - Sophia deu um pulo da cadeira.
- Isso… - Jean engole seco.
Sophia sorri. Ela gostaria de conhecer a moça da barriga, que era a sua verdadeira mãe. Mas… e se ela fosse malvada? E ao invés de uma princesadrasta como a prof Carol ela tivesse que ser obrigada a conviver com uma bruxa?
Jean observava o sorriso da menina diminuindo. - Nós vamos jantar lá na prof Carol, né pai? - Jean franze o cenho.
- Sim… mas eu quero saber…
- Não! Eu só quero você! - Sophia diz séria e Jean engole seco.
- Porque? Pensei que gostasse da ideia…
- Você disse que não sabia onde ela estava! - Sophia diz com o rostinho enrugado\, parecendo zangada.
- É\, mas eu posso encontrá-la.
- Eu quero ir na casa da prof Carol! - Sophia cruza os braços e Jean assente\, então ri. Se essa menina souber que a Prof Carol\, na verdade é a Ana Carolina Quebert a barriga de aluguel que a carregou\, irá surtar!
Ele só pensava em como faria para resolver essa situação agora… Porque não pensava em abrir mão da paixão que tinha por ela. Nem que isso colocasse em risco aquele maldito contrato! Ele poderia rasgar aquilo, fora um erro! Ou talvez um acerto…
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Atualizado até capítulo 77
Comments
Maria Socorro Netos
jente, tô apaixonada por esta estória muito boa 💯💞💞💞💞
2024-10-13
1
Josi Gomes
QUE BOM QUE O JP NÃO SE REVOLTOU E QUIZ SE AFASTAR DA CAROL E AFASTAR A FILHA DELA .AGORA CAROL E JP JÁ SABEM DA VERDADE, SÓ FALTA ELES CONFESSAREM.
2023-08-23
1
juliana peçanha de oliveira
muito bom! poste mais
2022-12-12
2