Eu posso sentir com todo o meu ser, que mesmo que ela não expresse em palavras, ela me deseja, tanto quanto eu.
Totalmente atraído e seduzido pelos lábios que provei pela manhã, também os olhos tentadores que me cobiçam, não me ajudam a segurar-me e mais uma vez, selo nossos lábios num beijo sereno, admitindo a mim mesmo, que nunca me senti assim antes. Totalmente rendido a ela, não tem outra boca, outro olhos, outro corpo que eu deseje mais, do que o dela.
O gosto dos seus lábios, me faz desejar aprofundar o beijo! Seguro suas costas, puxando-a para mim. Que beijo é esse? Não preciso nem respirar.
Acaricio suas costas. As mãos dela me envolve pelo pescoço, fazendo o meu corpo esquentar. Desço a mão por sua cintura estreita, e sem controlar os movimentos, aperto-a suavemente. Afastamos do beijo apenas para respirar, ainda enaltecidos pelo contato dos nossos lábios, voltamos para outro beijo, mais devastador, onde queremos extravasar todo sentimento que nos sucumbe.
Com os dedos metidos nos meus cabelos, ela está totalmente entregue nos meus braços. Puxo-a ainda mais, colando nossos corpos. O clima está tão cativante e irresistível, que gostaria de parar o tempo. Aos poucos vamos desacelerando, até permanecermos apenas abraçados, sentindo o calor um do outro.
Na tentativa de quebrar o silêncio e ter logo uma resposta, tento a encarar. — Dá uma chance pra gente, Angel.
Ainda agarrada em mim, sinto ela suspirar no meu peito. — Eu vou tentar...
Fecho os olhos e respiro aliviado, "tentar" é melhor do que nada. Minha vontade é de pular, dançar, gritar, mas os braços dela não me soltam. Ângela é carente, eu sinto isso. Com a vida solitária que leva, como não seria? A dúvida que paira no ar, é: porque ela vive assim? Tão fechada para o mundo e para sua própria felicidade?
Um instinto protetor fica totalmente ativado em mim. — Eu vou proteger você, Angel, vou cuidar de você, e se me permitir eu vou te amar.
Ela não responde, apenas me restringe mais no abraço, me confirmando do quanto ela precisa de alguém que a ame.
Uma sensação estranha passa nas minhas pernas. Quando ouço um miado, logo imagino que seja o gato dela.
Ela se desvencilha de mim e sorri. — O Boby gostou de você.
Olho o animal de pelos pretos e lustrosos, que não para de se esfregar na minha perna, me deixando constrangido, não sei lidar com animais.
— É assim que demonstram que gostam das pessoas? — comento confuso, não entendo nada de gatos.
— Sim, eles são carinhosos!
— Fico feliz que você não seja a única a me demonstrar apreço! — Dou risada.
Ela me olha fixamente, com aqueles olhos verdes e misteriosos. Como gostaria de conhecer o enigma de sua vida. Ela vive numa bolha, e não me deixa acessá-la. Vou ser paciente e esperar o seu tempo. Acho que um dia se sentirá segura para abrir seu coração comigo, vou fazer o possível para que confie em mim.
— Preciso ir, meu motorista e segurança ficaram lá fora me esperando.
— Nossa! Eles devem estar preocupados, se é que já não foram mortos uma hora dessas. — Ela está séria, não parece brincar.
Arregalo os olhos preocupados, quem sabe o que acontece nesses lugares?
Ela cai na risada.
— Não brinca comigo... — Meu coração está disparado.
— Tinha que ver a sua cara! — Ela está gargalhando? Estreito os olhos. — Por mais terrível que o lugar pareça, é "sossegado" aqui. Nunca tive problemas com ninguém. A maioria são pessoas drogadas e inofensivas.
— Se você está dizendo... — vou em direção a porta e me deparo com uma quantia de cadeados e fechaduras que não condiz com a conversa dela. — Então porque tudo isso?
— Tenho que me precaver, onde tem drogados, tem muitos furtos também. — Ela dá com os ombros.
— Estamos bem então? — Seguro os ombros dela e a encaro.
— Sim. Nos vemos na quarta-feira. — Ela sorri fazendo o meu mundo parar e seu sorriso parece tirar um peso enorme das minhas costas. Como ela pode causar tantas emoções em mim?
Ela vai até a porta e começa abrir todas as trancas e cadeados. Fico admirando as pernas torneadas naquele short minúsculo, enquanto ela balança o quadril. Vou embora, porque a respeito, quero algo duradouro com ela, mas minha vontade é de levá-la para cama e nunca mais sontá-la.
— Pronto, vou acompanhar você, assim eles não roubam o seu Rolex Daytona, ou o sapato Oxford de couro fino.
Ela quer me assustar de novo? Olho para ela com a sobrancelha levantada.
Ela dá risada. — Brincadeira... mas fica esperto, alguns tem as mãos tão leve, que pode nem perceber te roubarem a carteira.
— Está se divertindo, Angel?
— Não! — Ela responde irônica e continua rindo.
— Ah, Angel! Tenho certeza que vai se divertir ainda mais quando levá-la para minha cama.
Ela para de rir e fica vermelha de vergonha. Foi maravilhoso ouvi-la rir, mas observar ela corar foi o que me fez ganhar a noite. Deixo um sorriso malicioso escapar, é irresistível. Eu a surpreendo com um beijo, quero ter pelo menos um último gostinho da boca dela. Afasto-me sentindo sua respiração ofengante no meu rosto.
Descemos as escadas e desta vez nem reparo em todo caos que é esse lugar, a beleza e presença de Ângela, faz até o pior dos lugares, ser como o céu. Ela me acompanha até o carro, por sorte todos ainda estavam inteiro. Abraço-a mais uma vez e sem resistir dou outro beijo.
— Boa noite, Angel!
— Boa noite, senhor Ferraz!
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Valdicea Cavalcante
Autora vc está de parabéns até agora está ótima história....Apesar que sabemos que vai vim chumbo grosso por aí!!! ....bjs
2024-09-20
5
Cida Pereira
homem tira ela daí,bota ela num apartamento melhor, parabéns adoro essas histórias.
2024-09-14
1
Aurisia Ivo da Silva
fiquei sem ar também 🤣🤣🤣🤣🔥😍
2024-09-12
1