Recebi uma ligação da escola que minha filha estuda, dizendo que ela teve uma queda e machucou a testa.
Embora esteja atarefado, eu mesmo vou buscá-la na escola, não envio o meu motorista sozinho. Sei que é normal crianças caírem, mas meu instinto protetor, me faz deixar tudo e ir ver como ela está.
Quando entro na enfermaria da escola, acompanhado pela coordenadora, fico impressionado com a vista. Uma linda moça segura o gelo carinhosamente na testa da Isabella, enquanto acaricia os seus cabelos de um jeito maternal.
Isabella está confortável e aconchegada no colo da moça. Meu coração derrete na hora.
Quando minha filha me vê, imediatamente exclama: — Papai!?
A moça me encara, e então, a coordenadora nos apresenta. — Essa é a Ângela, professora coadjuvante da sua filha.
Ainda paralisado com a beleza estonteante logo cumprimento. — Um prazer finalmente conhecê-la, Ângela. O que aconteceu com a minha filha?
Antes que a Ângela comece a responder, minha filha diz: — Eu tropecei e caí...
Vou até a minha garotinha e me abaixo, olhando a testa com um ponto vermelho e levemente inchado, onde a Ângela acabara de retirar o gelo.
Sinto uma fragrância inebriante e floral, só então me dou conta que estou próximo demais da Ângela, que ainda segura minha filha no colo e me olha atentamente.
— Não foi nada grave, senhor... — Ângela começa a falar hesitante, então me lembro que não me apresentei.
— Jonathan Ferraz, sou o pai da Isabella. — Estendo a mão e nos cumprimentamos.
Levanto-me e afasto-me um pouco, meu coração está tão acelerado que parece que terei um infarto.
— Foi só uma "pancadinha", mas com o gelo já melhorou bastante. Quer ir com seu pai Isabella?
Minha filha sorri e estende os braços para mim. Pego-a no colo e digo: — Obrigado pela atenção com a minha filha.
— Sua filha é muito inteligente e gentil, gosto muito dela.
— Obrigado!
Ela sorri e por um instante achei que o mundo paralisou, só para olhar seu sorriso lindo. Nesse instante meu coração erra as batidas de vez.
Limpo a garganta a fim de disfarçar o meu tormento e pergunto: — Onde está suas coisas, Belinha?
Ela se estica no meu colo descendo e diz: — Vou buscar na minha sala.
A coordenadora a acompanha, me deixando a sós com Ângela.
Ela parece perdida e tímida na minha presença, no instante que encarei os olhos verdes e melancólicos. Talvez, tão nervosa quanto eu, e sem motivo aparente. Será a nossa proximidade? Não sei, mas uma magia está no ar.
Ela vai andando em direção a saída da enfermaria e eu acompanho. De repente ela conversa sobre a Isabella.
— Senhor Ferraz, eu gostaria de pedir para vir na apresentação dos Dia das Mães, que as crianças vão participar. Não quero ser inconveniente, mas quando entreguei o convite para Isabella, ela ficou um pouco triste. Acredito que seja pai e mãe dela. Vai ser importante ela te ver aqui.
Encaro-a uns segundos e respondo: — Eu posso vir sim, se é importante para ela.
Observo a estrutura dá professora, alta, morena de olhos verdes, cabelos iluminado... Ela é uma perfeita modelo. Acabo dando um sorriso de lado e não consigo me manter calado. — Desculpa falar isso, mas quando a Isabella falou de você em casa, imaginei uma senhora baixinha, de meia idade e de óculos. — Dou risada.
— Decepcionado, senhor Ferraz? — Ela dá risada.
— Não me leve a mal, mas gostaria que minhas professoras fossem como você na minha época. — Eu tive que flertar, dou até uma piscada para ela.
Ela fica vermelha, e aposto que se tocasse seu rosto, sentiria a quentura.
Já na frente da sala de aula, Isabella aparece com sua mochila e um papel na mão.
— O desenho que eu fiz professora...
Ela pega o desenho e sorri, observando cada detalhe. São duas meninas de mãos dadas.
— Que lindo, querida, quem são?
— Eu e você, passeando no zoológico. — Isabella parece um pouco tímida.
— Eu amei! Posso ficar com ele? — Ângela exclama empolgada.
— Sim! — Ela me olha sorridente. — Pai?
— Fala, Belinha?
— Essa é a professora que desenha muito bem, aquela que eu falei pro senhor.
Agora estava ainda mais perplexo, os desenhos que via no caderno da minha filha eram de desenhista profissional.
— Faz desenhos lindos no caderno da Isabella! — elogio.
— Gosto de desenhar! — Ela sorri.
— Eu já vou. Mais uma vez, obrigado por cuidar da Isabella.
— Não tem de que, senhor Ferraz. Boa tarde!
— Boa tarde, Ângela!
Saio de mãos dadas com Isabella, e mesmo sem querer, a professora da minha filha não sai dos meus pensamentos.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 81
Comments
Ana Geraldina
Um casal muito lindo
2024-09-20
4
Aurisia Ivo da Silva
Eita o amor está no ar😍😍😍
2024-09-12
4
Disandra Azevedo Dos Santos Barboza
Ainda bem que o seu lado protetor foi ativado
2024-08-12
2