Rebecca soltou um longo suspiro, acariciando os próprios lábios com dois dedos, simulando um beijo, enquanto deitada em sua cama cujo colchão era tão macio que a engolia. Acabou subindo a mão pelas coxas magras e alvas, erguendo o vestido mais e mais, até expor a elegante calcinha vermelha de renda e seus dedos se infiltrarem dentro do monte de vênus depilado a laser.
Madeline hein. Os seios de menina dela contra os seus.
Se odiavam uma a outra por que Madeline sempre cedia quando a via chorar? E a adulava? E a compreendia? A chamando de princesa, minha amada e todas essas coisas tão íntimas e de amantes?
Por que quando estava perto dela queria apenas abraçá-la e se perder loucamente nela e no sabor ingênuo dela? Mesmo que ela se deitasse com o demônio, Madeline ainda tinha algo tão inocente. E quando estava longe queria sempre competir com ela, apenas para Madeline saber que era superior. E agora sua bela boneca humana chamada Mad cedeu mais uma vez aos seus caprichos, mesmo quando era a vez dela que sempre foi asubestimada ser o centro das atenções por ter o poder sobre Azazel. Uma coisa em que Mad finalmente podia vencê-la, entretanto, para enlouquecê-la e confundi-la ainda mais, sua amável menina, só porque a viu chorar, não cantou vitória e apenas a deu o queria como sempre. Rebecca estava comovida e sentia seu coração aquecido como quando Azazel cortou o cabelo só porque pediu a ele.
E Azazel, Azazel que sempre foi tão lindo e esteve ao lado dela a vestindo, a banhando e a penteando. Os dedos e toques dele sempre estiveram presentes nela e agora eles partilhava de afagos de amante.
A moça apenas contemplou o reboco rosa do teto de seu quarto na fraternidade, sentindo um borrão e o torpor gostoso de imaginar a língua de Madeline dentro de si e o membro de Azazel novamente a invadindo enquanto se aliviava, abrindo mais e mais as pernas a medida que ficava mais e mais molhada. A menina bela e loira que se assemelhava a uma boneca de porcelana tremeu sem ar na cama. Resfolegando. Arquejando na cama, segurando os lençóis rosas e em sons nefastos quando o líquido basicamente esguichou de sua sensível intimidade. E ela se deitou relaxada, mesmo que não totalmente saciada, e bem contemplativa. Mordendo o lábio inferior ainda bem sensível. Sempre doce, sua Mad. Sempre amável. Sempre incapaz de machucar mesmo quando profundamente magoada. E Azazel sempre sombrio e insaciável. Quando terminou de vez, lambeu os próprios dedos e os notou que os mamilos transpassavam o tecido da vestimenta. Queria Azazel dentro de si e queria Madeline também a beijando novamente com o sabor doce de chocolate quente que ela devia tomar para escrever.
Inferno! Queria tanto Madeline e Azazel agora que doía o ponto no meio das suas pernas e lembrar do beijo que deu em ambos não ajudava em nada. Madeline e Azazel... eles dois eram os únicos no mundo que sabiam quem realmente era, além de sua mãe, e ficaram. Como poderia não amá-los quando eles a acolheram mesmo ela sendo como um demônio cruel sempre tão explosiva quando perdia o seu tão estimado e difícil controle? Ambos atiçavam o pior e o melhor dentro de si.
Um alerta de mensagem no celular.
Rebecca o pegou da mesa de cabeceira. Deslizou a tela:
Madeline
Um sorriso se abriu nos lábios dela ao ver o nome da emissora da mensagem no visor.
Mensagens on
Madeline: 9:00 p.m. (Está melhor, minha amada? )
Rebecca: 9:01 p.m. (Sim, querida. Bem mais calma graças a você. )
Madeline: 9:04 p.m. ( Que bom, princesa. Isso me deixa tranquila. Te desejo tudo de melhor hoje e sempre. A gente se vê qualquer dia desses. Estude muito! Você é o orgulho da nossa família perturbada junto ao Daniel. Uma médica e um engenheiro. Vocês são meu orgulho mesmo que você só alimente meu senso de inferioridade. O normal é sermos comparados aos nossos irmãos mais velhos e não as nossas primas, mas nada na nossa família é normal. Te amo e te odeio, minha bela princesa. XD)
Rebecca: 9:05 p.m ( Te amo e te odeio. Boa noite, meu doce amor.)
Mensagens off
Rebecca se levantou da cama cheia de bonecas e almofadas cor de rosa e se despiu. Se encarou no espelho de corpo inteiro com moldura de ouro e rubis que ganhou de sua mãe quando passou para medicina. E tocou seu reflexo.
...
Madeline desligou o celular e o colocou na mesa de cabeceira marrom. Dantalion a assistia. Dante estava dormindo na almofada dele na cama de Madeline depois de ter mamado na mamadeira e na marca de Madeline. Ele estava maior. Crescia muito rápido. Madeline estava assustada.
— Você sente desejo por ela?— Dantalion a acusou com ligeira irritação.
Madeline o contemplou com um sorriso.
— Minha história com ela começou antes de eu sequer pensar em invocar você, querido. — Ela revidou, lembrando-se da fala dele sobre Lilith ter sido antes dela nascer, o gosto da vitória nos lábios dela. Mas Mad ainda estava pensativa e se sentia muito culpada sobre o que havia acontecido com Rebecca na sala de estar. Soava tão errado. Tão errado. Tinham o mesmo sangue nas veias e as duas eram garotas. Seu senso ainda era muito cristão e para Madeline, já era profanidade mais que o suficiente ter se deitado com o demônio. — Achei que era só loucura da minha cabeça, mas vi hoje que não eram tão acidentais os toques quando brincávamos. — Mad falou isso simplesmente dando o assunto por encerrado. — Por que não tem ido ver a sua peça? Não tem curiosidade em saber como está ficando?
— Quero que seja uma surpresa. — Dantalion argumentou, sentando-se na ponta do colchão dela e analisando as gotas de uma leve chuva se aglomerarem na janela. O barulho de gotas no teto também era agradável.
A colcha da cama de Madeline era laranja. A iluminação do quarto tênue porque só havia um abajur ligado. A menina o estudou vendo o cabelo longo e prateado dele. Ela deixou as mãos irem aos fios dele. Dantalion aceitou o afago, mesmo estando um tanto chateado com ela pelo beijo em Rebecca e pelas conversas longas que andava tendo com Ryan.
— Você tem estado diferente esses dias. — Dantalion observou e a mirou sério. — A fama já tem subido a sua cabeça? Tem conversado bastante com aquele garoto. E hoje o beijo em Rebecca.
— Eu estou tentando fazer amigos. — Mad admitiu. — Não é legal ter como única amizade o demônio que invoquei. — Ela revidou. — É triste demais até para mim que odeio socializar. Ryan é legal, ele também tem um pacto e até uma familiar que é uma coruja chamada Gwen. Ele tem um pacto com um tal de Asmodeus. Sabe quem é? — Mad apenas mudou de assunto.
Dantalion assentiu num meneio da cabeça. As garras dele se fecharam no pulso dela e o rasgaram exigindo sangue. Mad deixou e o cedeu o pulso, o guiando a boca dele e deixando que ele bebesse.
— Você está irritado por que acha que se eu me apaixonar não te cederei mais o meu corpo? — Mad perguntou cuidadosa. Abraçou-o deixando o rosto repousar no ombro dele enquanto ele bebia o sangue. — Não, querido. A gente tem até nossa criança juntos. Eu tenho andado magoada que me pediu para escrever sobre Lilith, mas... como é a sua história...
— Não gosto do garoto assim como você não gosta de Lilith. Mas Lilith é o meu passado e ele pode ser seu futuro. — Dantalion a notificou. — Ele não é como você em nada, ele é um ator e se adapta ao que os espectadores esperam dele. Ele está te seduzindo com isso. — Dantalion admitiu. — E agora tem Rebecca só está abertamente te manipulando para conseguir o que quer.
— Quanto a Rebecca, eu sei sobre a manipulação dela desde que éramos meninas. Eu cedo a ela porque gosto de vê-la feliz. — Madeline confessou-o dando de ombros. Dantalion a estudou confuso.
— Você a ama tanto quanto a odeia, não é? — Dantalion pronunciou-se estudando Madeline.
— A competição foi instaurada por nossas mães. — Mad deixou escapar num fio de voz, ela fez um bico com os lábios. — Mas quando erámos só nos duas, não havia uma tentando ser melhor que a outra. Havia duas crianças que gostavam da companhia uma da outra e eram amigas. Meu amor é sim do tamanho do meu ódio quando se trata dela. Por isso, Rebecca tem partes minhas que até eu mesma desconheço. Só que um mero olhar triste dela e eu desisto de tudo apenas para vê-la contente. E não é como se fosse difícil abrir mão de Azazel. Seria difícil abrir mão de você. Se fosse você que ela pedisse, minha resposta seria definitivamente não. — Selou os lábios nos ensanguentados dele. Dantalion deixou as garras irem aos fios dela e o pentearem gentilmente como um pente depois dessas palavras. — Quanto a Ryan, admito que ele realmente é um mistério. E de complicado já basta você para mim. Mas gosto de poder conversar com ele, ele me ensina outro ponto de vista sobre a vida. Mas eu te invoquei e sempre vou arcar com a responsabilidade de tê-lo feito. Eu nunca vou me esconder atrás de uma cruz, quando sei as consequências do que eu fiz adorando um demônio e partilhando minha cama com ele.
Dantalion a estudou.
— Diz isso por agora. — Ele deixou escapar. — Em algum momento vai ficar horrorizada com sua escolha e vai querer fugir dela.
— Não. Eu escolhi estar nas trevas com você. — Mad declarou convicta.
Dantalion apenas fez ela descansar a cabeça nas pernas dele e acariciou os fios dela.
— Sobre Rebecca e Azazel... Abrirei uma exceção e sempre te perdoarei caso caia em tentação. Rebecca porque ela tem uma parte complexa do seu coração e Azazel porque querendo ou não, o maldito é um carma que você tem que carregar e pode haver coisas que ele pode te conceder e eu não. — Dantalion beijou a testa dela muito docemente. — Mas o garoto não. Eu realmente não gosto nada dele. E mesmo Asmodeus sendo um antigo companheiro meu, ainda sim, eu não gosto de Ryan. Ele é falso. Pode ser bom ator justamente porque não sabe nem quem é de verdade e esses são os tipos mais perigosos. Não quero que se relacione com ele. Ele só vai machucar seu coração. E se alguém machucar você, conseguirá minha fúria eterna. Agora durma. Você tem que acordar cedo amanhã. — Dantalion pediu.
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Atualizado até capítulo 82
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