Companheiro

Marina finalmente se sentiu saciada, sua loba parecia saciada, pelo menos por enquanto, sabia que precisaria de tempo para se recuperar por completo. Levantou-se e começou a andar pelo quarto e pensar.

— Vou tomar um banho e pensar.

Foi para o banheiro e debaixo da água morna do chuveiro, lembrou tudo o que contaram. Oedo das bruxas de qualquer magia abalar a barreira que ocultava o castelo, o alçapão que Douglas encontrou e já estava entrando quando sua raiva quebrou o segundo selo e poderia ser por ali que conseguiriam sair.

Sua mente divagou um pouco ao lembrar de Douglas, pois sua loba já estava com forças suficientes para querer acasalar. Saiu do chuveiro, secou-se e conjurou uma roupa, percebendo que seu poder estava funcionando perfeitamente. Saiu do banheiro e entrou no quarto se sentindo outra pessoa. Vou Douglas também entrar no quarto e olhar para ela, admirado.

— Você é linda! 

— Obrigada, estou me sentindo inteira novamente e pensei algumas coisas.

— Que bom. — Falou ele com malícia.

— Não essas coisas, macho. Aquieta sua líbido, temos coisas mais importantes em que pensar. — Esclareceu Marina.

— Sim, é verdade. Em que pensou, Marina? — Perguntou Soraya, que também tinha se banhado e usava uma roupa justa e tinha seu chicotinho na mão e batia na bota de cano alto, parecendo doida pra bater em alguém.

— Penso que não precisamos nos preocupar com magia, se ela afetar a camuflagem ou formar falhas, melhor para nós.

— Nesse ponto, você tem razão. — Concordou Soraya.

— Não se esqueçam que eu não tenho essa magia de vocês. — Disse o lobisomem, que também andava pelo recinto impaciente.

— Douglas contou que encontrou o alçapão, antes do meu poder se expandir e causar a falha, daí caiu dentro do calabouço. Podemos tentar sair por lá. Se o feitiço de ocultação estiver mais fraco naquela área, será mais facil de passar com um feitiço simples, que não precise de sangue.

— Você está bem pata isso? 

— Sim, Soraya. De qualquer forma, você decora o feitiço de sangue e se eu não conseguir, fazemos ele.

— Está bem, vou pegar algumas coisas que precisaremos. Tem certeza de que quer sair logo?

— Tinha pensado em esperar e confrontá-lo e fingire unir a ele, para tentar descobrir seus planos, mas já perdi dois anos da minha vida, não quero perder mais tempo. Vamos logo. 

— O que vocês vão fazer com as duas bruxas? — Lembrou-as Douglas.

— Quando sairmos, desfarei o feitiço, elas estarão tão cansadas, que nem vão se dar conta do sumiço da prisioneira.

— Entendi, vou procurar uma escada p@ortátil, é alto. — Disse ele.

— Não precisa, conjuro uma, vamos logo embora  não aguento mais ficar aqui. — Disse Marina.

Desceram as escadas e Douglas mostrou o alçapão e não era tão alto assim. Ele pulou e segurou no beiral e empurrou o alçapão, deixando-o aberto e descendo para ajudar as fêmeas. Pegou Marina pelo quadril e suspendeu, ela segurou e puxou, pulando para o lado de fora e depois foi a vez de Soraya, que desfez o feitiço de lupin do tempo, liberando as bruxas e pulou. Douglas voltou a pular e saiu do lado de fora ao lado das mulheres.

Os três se olharam, esperando o que o outro faria, pois não sabiam o que aconteceria, caso tentassem sair, pois do outro lado da barreira, o castelo era invisível e ninguém sabia como entrar. Mas do lado de dentro, talvez houvesse algo para impedir de sair e não sabia se causaria um choque, queimadura ou uma ferida qualquer.

Douglas pegou uma pedra e jogou e parecia que havia uma parede invisível de borracha, a pedra bateu e voltou. Marina então fez o improvável, conjurou um feitiço em um dialeto antiga e enfiou a mão na parede, causando um choque e abrindo uma passagem como uma porta. Ela continuou lá enquanto nós passamos e depois saiu também e ao tirar a mão, a passagem fechou.

— Você tem que me dizer como fez isso. — Disse Soraya.

— Eu li um livro na biblioteca da escola, em dialeto antigo e aprendi. Agora é sua vez de abrir o portal para casa, a minha casa, por favor. — Pediu Marina.

Douglas só concordava com tudo e observava. Tudo o que queria era pegar sua fêmea, levar para sua cabana maata e passar uma semana acasalando. Mas precisava far tempo a fêmea. Dois anos presa em uma masmorra, era para qualquer um pirar e ela se recuperou bem rápido. Mas era melhor não forçar, esperar o tempo dela.

Passaram pelo portal aberto por Soraya, saindo direto na sala da cabana de Marina, qie ela nem conseguiu assumir como sua, pois o juiz a raptou. Todos ficaram parados como estátua, vendo Marina passar pelo portal e Douglas foi o último a passar e ninguém notou sua chegada, por isso ele se escorou em um canto da parede, continuando sua observação.

Enquanto todos se abraçavam e falavam ao mesmo tempo, ele viu como sua fêmea era amada e protegida. Conhecia os supremos, 

especificamente, o pai de Marina, quando veio visitar sua Alcateia, que era grande, mas não tinha um espaço grande para se estabelecer e por isso morava espalhada pela cidade, só se reunia na clareira da floresta  em dias de festas e rituais da lua cheia.

Quando o supremo viera, reuniu todos para que o conhecessem, mas foi só naquele dia. Ele ficou hospedado em minha cabana por dois dias e prometera verificar a possibilidade de nos ajudar com um local em que todos pudessem ficar juntos. Agora descobriu que eles parecem ser os herdeiros de todas aquelas terras, precisava confirmar, pois de Marina é sua companheira, sua Alcateia pode se estabelecer naquele lugar.

Ficou ouvindo as conversas e em momento algum ela se referiu a ele, achou que já ouviu o que precisava e se afastando da parede, foi em direção a porta e saiu. Seu carro ainda estava ali, então foi embora. Tinha muitas coisas para fazer, antes da lua nova chegar e acasalar com sua fêmea. Precisava dar prosseguimento à investigação das terras e como o juiz entrava nessa história.

Sua Alcateia também precisava ser avisada que as coisas mudariam, agora que encontrara sua companheira. Iria para sua cabana e verificaria como está o seu bando, sob a liderança do beta. Ele é eficiente, mas meio doido. Já era noite, ouviu sons que não lhe agradaram. Achou melhor parar o carro, antes de chegar a Alcateia, tomou sua forma lupina e seguiu por dentro da mata. Ao se aproximar, não ficou surpreso, mas não gostou nadinha do que viu.

A clareira era dentro da floresta, com algumas cabanas dispersas ao redor e um círculo de pedras no centro, onde faziam a fogueira da lua cheia, só que agora estava acesa e os machos loucos de tanto beber e para estar no estado que estavam, estavam bebendo há dias e tem garrafas de whisky por todo lado. Um mastro em uma ponta, tinha uma humana presa pelos pulsos, amarrados no alto e seu beta a violentava, pelos gritos que a mulher dava, não era de prazer.

Duas outras mulheres jaziam no chão, ensaguentadas e seus corpos em posições humanamente impossíveis. O lobo se transformou em lobisomem e o uivo foi ouvido a distância, mas não alertou os machos ao redor da fogueira, a tempo, pois o lobo já estava neles e o primeiro a perecer foi o beta.

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Comments

New Biana

New Biana

que de filhos da p*ta

2024-04-04

5

Fatima Monjane

Fatima Monjane

A morte ate é pouco pra eles...bando de monstros

2023-06-06

2

Joelma Oliveira

Joelma Oliveira

Mata todos eles alfa. eles só merecem a morte

2022-09-13

7

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