Ataque

Marina suspirou e lembrou que tinha uma audiência com o juiz. Pegou sua bolsa e foi procurar John, mas não o encontrou, o que achou estranho. Entrou no carro do beta, que havia ficado ali, pois era da Alcateia da Espanha, mas não sabia dirigir e usou magia para que a levasse. Chegou a cidade, que não era muito grande e logo percebeu que haviam sobrenaturais por ali.

Se dirigiu ao fórum, onde combinara com o juiz e a recepcionista indicou a sala, onde foi recebida por uma secretária que pediu que aguardasse. Logo foi acompanhada a presença do juiz e achou estranho, a sala estava toda fechada e escura. A porta se fechou atrás dela e sentiu um jato de spray em seu rosto e um cheiro estranho entrou por suas narinas, fazendo-a desfalecer.

**

Na cabana, John acordou trancado em uma das celas e olhando à sua volta, praguejou, sentindo-se um desgraçado por passar por aquilo pela segunda vez. Só que agora parecia pior, pois estava sozinho e não ouvia som algum, apenas o silêncio e as celas vazias por companhia. Sua preocupação com Marina cresceu e começou a gritar.

Marina, por sua vez, se encontrava em outro local, escuro e úmido, presa em um catre de ferro, por algas e correntes de prata. Quem a prendeu, sabia o que era e estava de conluio com o juiz. Ela acordou, mas continuou imóvel, prestando atenção aos sons. Sua audição lupina era extraordinária e conseguiu identificar algumas vozes.

— Prendemos o humano nas celas, assim que percebemos que a fêmea estava sozinha. Continua lá. — Era a voz de um homem, desconhecido para ela.

— Obrigada por trazer nossos pertences, infelizmente não poderemos utilizar mãos naquele local, pois o Alfa pode voltar com os outros, a qualquer momento. — Falou a tal cientista Campbell.

— O que a senhora quer que eu faça, doutora? — Perguntou o primeiro homem.

— Apenas fique atento para quando ela acordar, mantenha-a sedada. Ela é mais perigosa do que aquele macho e provavelmente nos dará excelentes filhotes. Nossos investidores estão ansiosos. Já vamos. Os seguranças estão de vigília lá fora. — Pelo som de saltos no chão, Marina percebeu que a mulher saiu.

Logo em seguida, o homem entrou no recinto onde ela estava e parou bem próximo e antes que Marina pudesse fazer alguma coisa, ele se curvou e passando a mão por entre as grades, espetou ela com uma agulha, injetando todo o conteúdo de uma seringa, em sua perna. Ela apagou novamente, sem ter a mínima noção de onde estava.

Enquanto isso, Soraya voltou a cabana e não encontrou Marina,as ouviu os gritos do humano e procurou de onde vinha, encontrando as celas e tirando ele de lá.

— Obrigado, dona. Pensei que ia apodrecer ali.

— O que aconteceu? Onde está Marina? — Perguntou Soraya, arrastando o humano para fora, segurando forte em seu braço.

John andava trôpego, seguindo a mulher, tentando não cair. Só quando chegaram lá em cima, ela soltou ele e parou, esperando que ele lhe contasse o que aconteceu.

— Alguém bateu forte em minha cabeça e acordei naquela cela, novamente. Eles devem ter levado Marina ou ela foi para a audiência com o juiz. — Contou John.

— Ela não me falou nada sobre uma audiência. Vocês tem algum veículo?

— Sim, é um veiculo do Alfa. Estava estacionado na lateral da cabana.

— Vamos ver se ainda está lá. — Ela foi segurar seu braco novamente, mas ele puxou e saiu pisando duro, na frente.

Mas o carro não estava, então Soraya resolveu esperar um pouco para ver se Marina voltava, afinal, ela é uma bruxa poderosa e não seria pega facilmente. Avisou o ocorrido, mentalmente, aos Supremos e disse que esperaria um pouco até que voltasse e caso contrário, iria atrás dos rastros.

Passaram duas horas e Marina não voltou, então Soraya lançou um feitiço de localização e seguiu-o até o fórum. Entrou sem que ninguém pudesse vê-la, seguindo o rastro e percebeu que ela havia saído. Pena que não conseguia farejar como os lobos, pois seria bem mais fácil. Tudo indicava que ela ainda estava no prédio, mas não sabia onde, pois nem o feitiço, conseguiu localizá-la.

Tudo estava muito estranho, ela estava camuflada na parede, dentro do escritório do juiz e ouviu quando ele falou ao telefone.

— Parece que aquela bruxa de araque tinha razão, a tal erva de gato funcionou e tiraram ela daqui com facilidade. Você me deve essa Cicilia. Diga a seu marido que vou cobrar. Tchau.

"Levaram ela, esses idiotas. Mas para onde? Preciso de um rastreador lobo".

Falou mentalmente com o Supremo e ele ficou de enviar um. Pediu que abrisse um portal, próximo ao último lugar em que ela estivera. O juiz saiu e Soraya abriu o portal, recebendo um dos machos, que imediatamente começou a fatejar. Seguiu até uma estante e parou. Soraya fez um gesto e o móvel se abriu como uma porta e viram uma escada descendo.

Passaram pela abertura e desceram pela escada, sendo recepcionados por um spray com uma nuvem de gás, que os fez desfalecer. Soraya já era tarimbada nessas coisas e se protegia com um feitiço que não deixava que ficasse desacordada muito tempo e logo que colocaram ela e o macho, em uma Van, acordou e ficou quieta, percebendo o que tinha a sua volta.

Quando, enfim, o veículo parou e os dois homens desceram e abriram a porta traseira, antes que percebessem, foram jogados longe e imobilizados pelo poder da feiticeira. Ela desceu e olhou à sua volta, percebendo que estava de volta à cabana de Marina. Chamou John, que já estava vindo correndo.

— O que houve? — Perguntou ele.

— Sequestraram Marina, pegue o celular e ligue para a delegacia, mas fale direto com o chefe de polícia. Isso não pode ficar assim, eles não estão lidando com qualquer um. — Soraya nem se incomodou que John visse seus poderes, simplesmente fez os dois homens paralisados flutuarem e levou-os para as celas.

John não viu nada, pois havia corrido para dentro da cabana e rapidamente falou com o chefe de polícia pelo celular e foi instruído a ficar no aguardo. Enquanto ele não chegava, John foi verificar a VAN e viu o macho ainda desacordado, lá dentro.

— Ele estava comigo, no escritório do juiz, encontramos uma passagem secreta e passamos por ela, descendo uma escada e nos atingiram com um gás. — Informou Soraya, voltando do porão.

— Parece que ele não é tão resistente quanto você. O que fazemos com ele? 

— Deixe ele aí para o chefe de polícia ver. Ele já está vindo, não é? 

— Sim, pediu que aguardássemos, como se pudéssemos fazer mais alguma coisa. — Resmungou John.

— Realmente. Mas fique tranquilo, vamos encontrá-la assim que aqueles dois abrirem a boca. — Consolou-o Soraya.

Logo ouviram o som do motor do veículo do chefe de polícia se aproximando e parecia estar bem rápido. Parou próximo a VAN e desceu se aproximando do veículo para examinar o macho desacordado. John percebeu que o homem parecia estar fuçando tudo, por causa do movimento de suas marinas e o inspirar ruidoso.

— Erva de lobo. Logo ele acorda. Onde estão os outros dois? — Perguntou para Soraya, sem sequer olhar para John.

— Trancados no porão, venha. — Ela foi na frente, estranhando o delegado ser um lobisomem e pelo que pôde perceber pelo seu tamanho e força, era um Alfa. 

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Comments

Marfisa Torres Ferreira

Marfisa Torres Ferreira

parece que até os policiais estão envolvidos no esquema criminoso

2024-05-10

1

Núbia Leite

Núbia Leite

Já estou ficando com raiva, parece que os inimigos são mais fortes!!!

2024-04-29

1

New Biana

New Biana

espero que dê tudo certo

2024-04-04

2

Ver todos

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