Capítulo 19

Enquanto Leya  esperava Tadeu fazer uns sanduíches, sentiu uma brisa fresca, perguntou ao Tadeu se o céu já estava estrelado.

— Sim está! - ele havia balançando a cabeça pois tinha esquecido que Leya era cega, e por um momento, uma dúvida surgiu em sua mente.

"Seria ele capaz de cuidar dela?" Mas Leya o faz tirar atenção destes pensamentos.

— Como suspeitei! - e ela levanta e vai em uma direção, com cuidado, movendo uma perna de cada vez, com pé ia tocando, para não tropeçar nas pedras, e voltava a andar.

Já é à noite e onde suponha que a lua está nascendo, ela se virou.

Ela sentia o frescor que só a noite proporciona, sentia a luz da lua sobre sua pele, através da brisa, então ela supôs onde a lua poderia estar. 

Tadeu a observa radiante, os passos de Leya e como ela havia acertado o rumo da lua errando por alguns centímetros.

O coração dele enchia de alegria por um simples gesto dela, ele se derretia com a visão da mulher que achava a mais linda de todas, a pureza e gentileza, que nem a mais linda flor de um jardim competia com ela.

 Abriu seus braços e girou seu corpo para mostrar a Deus como ela estava feliz. No instante seguinte, sentiu um abraço a envolvendo, um beijo na curvatura de seu pescoço com o ombro. Ela virá a cabeça de soslaio, e ele a vira, abraçando-a, um abraço retribuído por ela, que  repousa  seu rosto no peito dele. E mesmo sem música, ela começa a se balançar, dançando.

— Cadê a música? — perguntou ele, divertido.

— Shi, escute a natureza! — sussurra ela. Assim, Tadeu fechou os olhos e escutou a canção do parque.

Ele passa, de leve, o rosto no pescoço dela,  inspira seu aroma delicioso, e ela também sente seu perfume. E os dois se embriagam com seus aromas.

— Sabe , nunca pensei que um dia poderia namorar depois do acidente ... — diz ela, sem demonstrar tristeza.

— Nunca? — pergunta ele, encarando-a, tentando ler os olhos dela. — Engraçado, você é tão forte, que achei que esse pensamento nunca havia passado por sua cabecinha linda. 

Ele segura em seu queixo e a beija, lhe pegando pela cintura e a levando com ele até o banco, ela em seu colo.

— Eu seria um doido se não quisesse namorar você. Eu te considero o meu anjo, um anjo que veio para me tirar da escuridão. — Ao passo que ele dizia, deslizava seus dedos nas mechas da franja dela, que escapuliram do penteado.

Ele passa sua outra mão, nas costas dela, ela sente o toque com antecipação sentindo o calor a acariciando. Ela resolve se abrir com ele, como ele fizera ao se abrir para ela. Suas palavras o pegam de surpresa. 

— Sabe, eu não sou forte, eu finjo ser. O que me dá alegria e força para continuar é a confiança em Deus — diz ela, e ele  lhe beija o pescoço e lhe abraça de novo. 

— Antes do acidente eu era insegura, uma piada, me sentia frágil, já que todos me julgavam assim, porém— Tadeu escuta, atento, intercalando beijos em seu pescoço e bochecha. —, não demonstrava. Eu tinha um romance, mas chato, impossível. Uma das minhas  amigas  era interesseira, se importava mais com o que eu tinha do que com o que eu era. Nunca fui de festas, mas adoro cinema, parques... E aí, depois do acidente... todos se afastaram porque eu fiquei cega. Queria morrer, mas Deus me deu outras oportunidades, porque meus outros sentidos são mais fortes, e até minha intuição, que eu não dava muito ouvidos, ficou mais aguçada. É como se fosse Deus falando comigo. — Tadeu lhe deu um beijo casto nos lábios. E desejou encorajá-la, pois ele não via a mulher que ela dizia ser. Ela é forte, sim.

— Você é mais forte do que imagina, e de não demonstrar que se sente frágil já é uma força incrível.  E os idiotas que se afastaram de você, eles que perderam.  Aposto que você está melhor sem eles — diz ele, convicto. Ela procura pelos ombros dele, e assim que os encontra, rodeia seus braços em torno de seu pescoço.

— Além do mais, você teve sorte em me conhecer! — brinca ele, abraçando forte e Leya suspira pelo delicioso aroma que adentra em suas narinas, sorri.

— Que modesto! — Ela recebe uma mordida na ponta da orelha. — Mas tenho que concordar com você.

Tadeu balança a cabeça em negativa.

— Não... Eu que tive a sorte de te conhecer! — diz, lhe dando um beijo, que foi esquentando já que o desejo dos dois estava forte.

 Ele passou a beijar seu rosto, pescoço... dando mordidinhas no ombro de Leya, que  joga a cabeça para trás em  reflexo de seu desejo. Um pequeno gemido sai de seus lábios. Ele puxa uma das alças de seu vestido e passa a língua ali. Isso a leva à loucura. Ela nunca  havia sentido esse desejo, ao ponto de o meio de suas  pernas latejarem tanto. Ele acaricia, com sua mão esquerda, a coxa esquerda dela. Suas mãos envolvem suas pernas e Leya percebe o quão grandes elas são, sente alguns calos na palma e os dedos quentes, a metade do seu corpo o inferior treme e entra em puro êxtase, seu corpo quase grita por mais. Depois de colocar as pernas dela para o lado para sua surpresa algo molha sua calcinha, um prazer atravessa seu corpo enquanto a vibração se espalha. Um nova sensação surge. Antecipando o que poderia vir depois. Leya sente sua calcinha umedecer.

— Meu anjo, não quero te possuir aqui, mas não sei se consigo parar, sua pele tem sabor de morango, suas coxas são sedosas... Só fico imaginando como elas devem ser saborosas. — Quando ele diz isso, Leya sente seu membro duro em sua perna direita. A mão dele sai de sua coxa e sobe para o seu seio, por cima do vestido.  

Ele teve que lutar com um alto controle para não possuí-la ali.

“Deus o que deveria vir depois?” Leya anseia

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