Capítulo 4

Tadeu Valder, um homem moreno alto e forte, pele bronzeada pelo sol, de olhos verdes marcantes, e quando sorria era um largo sorriso, apesar de não sorrir muito, consciente de seus atributos físicos e beleza, chamava atenção da mulherada, ainda mais por ser um CEO da empresa da família, que conquistou por seu mérito, porém ele era difícil, então nunca fez mau uso disso.

Acordou com um calor, que não conseguia dormir, rolava na cama e passava os olhos nas horas, quando eram 5:43 da manhã, ele percebeu que não ia mais dormir, além de estar muito estressado, o calor contribui para seu mau humor.

Ele foi tomar uma ducha fria, se vestiu e foi fazer seu café da manhã, enquanto comia assistia o noticiário, mas acabou adormecendo.

Despertou escutando seu celular, após cochilar novamente no sofá , outra vez seu celular tocou.

— Aló! Fala! - passou as mãos pelo cabelo e bocejou.

Escutou o funcionário do outro lado da linha.

— Então, senhor não vou conseguir fazer a entrega.

— Mas que merda! Não deixei você encarregado de fazer a entrega hoje? Seu incompetente. Já estou indo. - desligou o aparelho celular, levantou do sofá desligando a tv.

— Nem vou poder ir à academia hoje! Bando de incompetentes! - disse irritado.

Depois de mais um motivo de mau humor, Tadeu, dirigia correndo para a marcenaria, sem prestar atenção a paisagem ou até mesmo no trânsito à sua frente.

Quando perto de chegar na rua da sua mercenária, só viu uma mulher porque estava atravessando a rua, em frente ao carro, ela nem olhava para os lados.

Tadeu pisou com todas as suas forças no freio e buzinou.

Mas a mulher acabou caindo, mesmo que o carro não a encostou, ele saiu desesperado do carro quando viu a moça se levantando.

— É cega é? Não olha para onde anda? -Quando ele olha em seu rosto, assim que ela virá em sua direção, já quase em pé.

Ele sente uma corrente fria atingir seu peito e mudou totalmente sua postura, antes arrogante, para atencioso.

Quando foi abrir a boca novamente para pedir desculpas ela o respondeu:

—SOU SIM! - ela responde ríspida e ele entra em choque, quando percebe que seus olhos apesar de um brilho radiante não tinham movimento.

Leya não gostava de usar óculos então mesmo depois de cega não adotou a ideia.

— E que minha cadela escapuliu acho que por conta de um gato. - tentou argumentar ela não tendo certeza, ao fato que fez sua cachorra escapulir, além dela latir e conseguir se soltar da coleira.

Assim que ela acaba de dizer, Tadeu escutou um latido vindo em suas direções, e ela já estava de pé brincando com o cão, que a rodeava alegre.

Tadeu segurou em um de seus braços, com ternura.

— Você está bem? Vou te levar em um médico? - ele então sentiu algo lhe pulando e percebendo o cão.

—Parece que a Laididi gostou de você! - Tadeu se encantou com o sorriso que ela deu.

— Venha, vou te levar para o meu carro! - Tadeu tenta direcioná-los.

— Não precisa não!- buzinas são executadas, assim que o sinal abriu.

— Eu só levei um tombo porque tropecei no meus próprios pés com o susto da buzina, não foi nada. Vá, estão bravos! - ela se virou falando com a cachorrinha:

— E você Leididi sua danada que me matar, é? Não foi por isso que te comprei. - Falou ela brincando com a cachorra pelo nome e fêmea.

— Então posso te levar algum lugar, sua casa? - perguntou tendo um fio de esperança, já que gostou dela, indo até ela .

— Não precisa, moro aqui perto eu já estava voltando para casa, bom até logo .Tchau. - disse isso e foi embora em direção à calçada. se virando de costas a ele.

Quando ele ainda a avistava ,escutou buzinas e uns palavrões horríveis que eram para ele, já que estava parado a muito tempo, até o sinal se fechar de novo.

Leya apesar da queda, mantida um sorriso bobo no rosto, gostou do rapaz mesmo pelo mal jeito que começou um diálogo, mas algo a dizia que ele era só uma casca grossa por fora e por dentro era amolecido, pois parecia ser um amor. Ela agora achava que tinha um dom, enxergar com o coração, já que ficou cega, seus outros sentidos ficaram mais aguçados.

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