Capítulo 17

Leya tomava banho, lentamente massageando seu corpo tentando imaginar as mãos de Tadeu, sobre ela em cada canto, seu. Seria magnífico, a sensação de sentir seu tato e cheiro e ouvi-lo, e até mesmo, se permitir sentir sua língua aveludada e doce sobre seu corpo.

— Ele deve ser uma delícia! —exclamou ela em alto, toda molhada de desejo ardente.

Saiu do banheiro, caminhou, o ouviu brincar com Leididi, e foi até o quarto, encontrou a cama com as pernas, se sentou e pegou o vestido que tinha separado, antes de entrar no banheiro, e sua calcinha, a vestiu, passou a mão na borda o ajeitando, sentindo com os dedos para ver se não estava do avesso, fez o mesmo com o sutiã, e depois com o vestido, se levantou descalça, chegou perto da cômoda, encontrou o lápis de olho, passou a mão que segurava o lápis nos dedos percorreu o olho, com o indicador e logo com o lápis, e magicamente sem se borrar fez no outro.

Largou o lápis e procurou a única sombra que tinha para não misturar as cores, e depois o batom, fez o mesmo, percorreu o dedo nos lábios, e logo em seguida o batom.

Amarrou o cabelo e procurou algo para calçar e saiu escutando a porta abrir, porém sentia que Tadeu ainda estava na sala, ouvi ele conversando e pelo jeito com a irmã.

E Leya surgiu no corredor, Ana com a faca de pão na mão, se afastou e colocou a faca no balcão, em cima de um pão.

— Maninha você já chegou! Vejo que já conheceu o Tadeu! - ela sorriu para eles mesmo não acertando onde estavam, e Tadeu foi em sua direção, enquanto sua irmã finge que sorria em conhecê-lo.

— Bem eu e sua irmã estávamos falando que minha intenção é pura e verdadeira, e se depender de mim, não vou te magoar, porque gosto muito de você. - Leya o abraçou e deu um beijo casto no canto dos seus lábios, errando a mira, enquanto sua irmã parecia que não ficou muito satisfeita com a resposta.

Tadeu imaginou que ela só estava a protegendo e preocupada com a irmã, por isso não ficou magoado, nem reagiu à ameaça, porém gostaria que ela não se intrometesse nas decisões de Leya, afinal ela é bem grandinha para saber o que quer. Assim ele pegou em suas mãos e a direcionou até a porta de saída.

— Com licença mas gostaria de levar sua irmã para sair! - Ana revirou os olhos, mas não os impediu nem fez alguma exigência, ou aviso. Que deixou Tadeu satisfeito.

— Venha mana me dá um beijo de boa sorte! -Leya pediu a ela e ela assim ela fez, deu um beijo na testa dela e disse:

— Daqui a pouco deixo Leididi na Tereza. - Ana ,avisou.

Já que a cachorra não podia ficar sozinha, Ana perguntaria a Tereza se não tinha problema, em deixá-la, lá.

Já que Tereza era um amor de pessoa e uma vizinha muito boa.

—Vai com Deus! - Ana desejou e Leya ficou satisfeita.

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Como ainda eram umas quinze para seis, Tadeu resolveu levá-la para tomar sorvete. Ela estava tão linda num vestido de alcinha azul rodado até o joelho, com um rabo de cavalo frouxo prendendo seus cabelos, com uma sandália de salto baixo, com lápis em contorno nos olhos, com uma leve sombra marrom e um batom rosinha que logo ele pensaria em tirá lo, ela fez sem depender de ninguém, passava a mão no olho e seguia com o lápis e a sombra. Ana a ajudou muito a chegar na perfeição, para fazer sozinha.

Com o braço esquerdo Tadeu, apoiou nas costas dela para direcioná-la a uma mesa, ao afastar uma cadeira para que ela pudesse se sentar, não resistiu e abaixou, para lhe dar um beijo de tirar o fôlego, com a mão esquerda, ela apoiou em seu peito e o afasta.

— Vai com calma rapazinho, se não você me devora em vez do sorvete! E pelo calor ainda é cedo, e deve ter crianças. - ela disse divertida ao ouvir burburinhos de crianças se divertindo, provavelmente com a mãe ou pai, ou todos juntos.

— Mas quem pensas que sou, algum esfomeado? - ele se fez de ofendido e colocou a mão no peito e riu.

Mas Leya nem notou, afinal ela não conseguia o ver, porém ainda sorria.

— Eu errei? — ela levantou uma de suas sobrancelhas, como se o investigando.

— Mas essa é a intenção! - ele disse beijando a mão dela e se sentando.

Ela sorriu com toda graça que só ela tem, com uma pequena timidez, que deixou Tadeu ainda mais apaixonado.

A conversa ia florindo bem, até que ele acabou sendo sincero com ela e se abrindo um pouco mais sobre si, coisa muito difícil de se fazer, depois que sua mãe morreu, e seu pai o abandonou. Pois é essa é a culpa que o corrói, pois acha que a culpa foi dele.

Ele contou a ela, que fez pela primeira vez, contar de sua mãe, Leya fica triste e ele não gostava dessa sensação que sentia ao vê-la triste, que ele acabou desabafando que ela não saia da sua cabeça desde que a viu, quase atropelamento, mudando o foco da conversa, fazendo assim ela sorrir novamente.

Ela então também o confidenciou que também não parava de pensar nele, então ambos ficaram mais felizes, e o peito cheio de ternura.

— Minha intenção hoje - segurou a mão dela por cima da mesa fazendo um carinho com os dedos. —, era um jantar romântico… depois minha cama. -as bochechas de Leya apesar de moreninha ficou vermelha, e tímida mordeu no canto interno da boca esquerda, sentindo seu rosto queimar, como seu corpo se acendia de desejo.

O desejo de ambos era nítido, porém Tadeu ainda achava que era muito cedo.

— Quero que a nossa primeira vez seja especial, e não só para sustentar meus hormônios, e os seus. - ela caiu na gargalhada.

— Mas e se eu quiser hoje?! - ela passou o pé esquerdo na perna direita dele o provocando.

— Não provoque mocinha, não vamos deixar que nossos desejos tomem a rédea e perdemos a cabeça. - Leya fez um muxoxo. E Tadeu se levantou, curvando em cima da mesa para lhe dar um beijo.

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