— Não vá, filha! — choramingava, a mãe limpando as lágrimas.
Temia por a filha ficar só quando Ana não estivesse, ainda mais em um apartamento. Ela segurava a coleira da Leididi, para quem sabe a cadela não quisesse ir e Leya era convencida de ficar.
Ela tentou argumentar com a filha, porém Leya abraçou a mãe e se despediu.
— Mãe vou ficar bem, sou saudável, pare com isso! —disse logo que se afastou dela e procurou a mão da mãe para puxar a coleira.
— Vem Leididi. —chamou ela batendo na sua coxa.
Ana Luiza abriu a porta do carro e a direcionou ao carro.
Ana desde do dia que saiu de casa já gostaria ter trazido sua irmã para morar com ela, porém como estava começando a trabalhar, ficou com medo de não dar conta de cuidar dela, apesar de convidá-la várias vezes, achou melhor e até pensava que se ela ficasse em casa, sua mãe seria mais acessível para cuidar de Leya, já que se mantém em casa o dia inteiro.
Contudo, Ana percebeu que sua mãe mal costuma cuidar de si. Seu pai é muito difícil, ele nunca ousou bater nelas, mas por ser um machista antiquado, suas palavras ferem mais do que se metesse agredir.
Foi obrigada a sair de casa, porque seu pai meio que quase a expulsou, então antes que isso acontecesse, sem ter para onde ir antes, pois seus parentes não eram permitidos ajudar, e poucos primos que tinham, tinham se mudado para fora do Brasil.
Assim, depois de procurar lugares para ficar, juntou uma graninha e logo que conseguiu achar um belo apartamento em conta, ela se mudou.
Seu pai não aceitou muito bem a informação, mas como Ana já era de maior, mesmo contra sua vontade ela se mudou, deixando para trás somente poucos enfeites do quarto antigo e sua irmã.
Isso tudo porque começaria a trabalhar como dançarina de palco de show ao vivo, com vários gêneros, ele a chamou de tantos nomes que doía só de pensar, isso porque nem é de cabaré ou clube de homens, não que ela era contra, afinal é uma profissão, onde tinham seu salários então merecia respeito, mas trabalhava sim num respeitável restaurante de família.
Sempre gostou de dançar, desde cedo, dançava às escondidas com sua irmã Leya e sua mãe sempre acobertando, quando possível, aos poucos escondida estudava por isso, até que surgiu uma oportunidade ótima, mas seu sonho era um dia se apresentar em um palco com um grande cantor, ou banda.
Deu o horário de ir na sua antiga casa, ela verificou as horas em seu celular, assim ela dizia, ela não achava digno de ser chamado de lar, pois nunca sentiu morar em um.
Entrou no seu Palio preto para buscar sua irmã, estava querendo ir bem antes do seu trabalho, para familiarizar sua irmã com a casa, um pequeno apartamento, mas muito aconchegante, que afinal é muito bom e preparar algo para elas comerem. E torcia para não se encontrar com seu pai, desejava que ele já tivesse saído, já havia ido ao seu curso então torcia para seu pai não estar em casa.
No caminho pensava como sua irmã era antes de sua cegueira, que trabalhava com moto girl, ela adorava fazer entrega na moto dela, não tinha ambições como Ana tinha, seus sonhos, era.. Não, é simples que apesar de sua cegueira ela não se deixou abalar, mesmo depois que seu pretendente a namorado ter sumido sem dar notícias. Seu pai não sabia do namoro, e a mãe ajudava acobertar. Se não, ele não permitiria nada, inclusive beijar.
Porém Ana imaginava se seu pai soubesse poderia ter colocado fim naquele crápula, contudo ele não permitiria mais nada, mesmo sendo de maiores pois ele tinha poder para isso.
E até as que se diziam amigas também logo aos poucos a abandonaram, Leya era entrosada e popular, porém infelizmente por sua ingenuidade, os que aproximavam eram interesseiros o que faziam os que gostavam dela se afastar, por causa dos outros.
Duas ainda até que iam a visitar mais frequentemente, contudo com o passar do tempo, como Leya não participava de nada elas pararam. Alegando tempo entre trabalho e faculdade.
Mas nada desses acontecimentos Leya demonstra em suas frustrações, fazendo então sua irmã acreditar que nada a abalasse as estruturas, se mostrava forte diante de todos, e mesmo que Ana não notasse, Leya se sentia triste e tão impotente.
Ana amava sua irmã mais velha, não só por ser sua irmã, mas por ter sido seu conforto nas horas que ela mais precisou, ela a ama tanto que às vezes, lhe passava um pensamento que ela merecia ter ficado cega no lugar da irmã, ela não merecia isso. Contudo, Ana não teria a coragem dela, e como ela sempre dizia: —Deus não dá o fardo de outra pessoa, para carregar! Se este fardo não te pertence.
Ana nunca foi ter amigos, gostava de afastar os interesseiros, e por ser desconfiada nunca deixou até os que não eram se aproximar muito, conversava educadamente com todos, porém sempre quando se tornava mais, se afastava.
Restando somente sua linda irmã como a melhor amiga.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
galega manhosa
amo romances em que as irmãs são amigas .Já chega de irmãs várias e trairas
2024-01-18
1
ʎqǝᗡ 🐝
Leya & Ana que amizade linda💝
2022-10-05
2
Helo...
tá doido viu
2022-08-02
2