Leya acordou no seu primeiro dia de seu novo lar, e hoje também seria o primeiro dia de trabalho, apesar de ansiosa, acordou feliz por ter uma noite agradável, dormiu como nunca tinha dormido antes, pois teve sossego na hora de dormir, paz e tranquilidade.
Soltou a Leididi para fazer suas necessidades, no seu cantinho que Ana tinha ajeitado para ela, com cautela voltou para tomar um banho. Parou e puxou o ar com força sentindo a vibração do lugar.
O bom do seu novo emprego é que a Leididi poderia ficar com ela, não ia ser como seu emprego anterior, antes do acidente, mas foi o que conseguiu e tinha que agradecer muito a Deus.
Depois do banho e vestida com uma calça legue confortável, uma regata e uma sapatilha firme e segura.
No escuro dos seus olhos Leya sentia a emoção de novamente se sentir útil, não parecia nada para muitos, mas para ela era uma grande conquista, já que fazia tempo que não trabalhava, e pensar em poder fazer as coisas normais mesmo que fosse cega.
Ela abriu a porta destrancada, o que Ana deixou facilitado para ela. Leya saiu e chamou a Leididi, antes pegou seu pochete, que é muito mais fácil de manusear em cima da bancada ao lado da coleira, que também pegou.
Se agachou e prendeu Leididi, ao sair com as chaves na mão, teve um pouco de dificuldades em colocar as chaves na fechadura e ainda mais que Leididi não facilitava tentando puxá-la, porém ela puxou Leididi firme.
— Calma-se! — disse firme. Colocou a coleira no pulso, colocou a mão na porta procurando onde ia a chave e com a outra mão que estava com a chave, ela encaixou e conseguiu trancar, guardou a chave na pochete sorrindo satisfeita por mais um bom feito.
Leya ao descer com cautela se segurando na parede com a mão direita, Leididi ia devagar com sua dona ao lado, sabia que precisava manter cautela, se não sua dona poderia se machucar.
Quando já estava quase no primeiro andar, escutou vozes e a Leididi, arrepia os pelos a rangir os dentes e começa a latir brava, quando ela pensou em repreendê-la, um deles fala com ela:
— Olha, olha pessoal, moradora nova! Olá gatinha. -eram três adolescentes,que tinham acabado de sair do elevador. Um deles tentou abraçar Leya que foi impedido pela Ladidi, que o avançou em um deles.
—Veja Felipe, ela parece ser cega! - um deles apontou para ela.
—Parece não, é! - e riu — Como será, beijar uma ceguinha pessoal? - Leya andou mais rápido que pôde para chegar até a porta.
— ME DEIXAM EM PAZ! Vem LEIDIDI! - gritou ela.
—Ui, ui, ela não gostou da gente! - terceiro se pronunciou.
— Vem galera, depois mostramos pra ela quem manda aqui! - O que parecia ser o líder, argumentou, se virou de costas e os outros a olhavam com malícia e saíram logo seguindo o parceiro.
Leya pela primeira vez se assustou muito, é que ninguém nunca antes tinha mexido assim com ela, assim, sentiu as vibrações com ar sombrio, sentiu que aqueles rapazes pareciam novos, porém nada legais.
Chegou no térreo, achou a porta de saída aberta e pegou seu celular na pochete, tremendo ainda nervosa, respirou fundo e ouviu os cantos dos pardais, e até alguns que pareciam ser canários nas janelas próxima dali. Anunciou ao celular o número do taxista que já está acostumada a carregá-la e sua cadelinha e saiu para esperar lá fora.
Chegou na portaria e recebeu um, bom dia, de outro porteiro, mas que já tinha sido informado por Ana.
O porteiro reparou na formosura da mulher, não era seu tipo de garota, mas só saber que uma moça cheia de vida , foi privada de poder ver, se simpatizou com ela.
— Quer ajuda? Sou Hélio, estou a seu dispor! - ele saiu da guarita aproximando dela.
Ela percebeu que a voz era diferente da de ontem.
— Sua irmã falou de você! —Comentou assim que viu como Leya reagia.
Como ainda estava assustada, recuou a outra direção que vibrava as ondas da voz do porteiro, porém logo mudou seu semblante de assustada para simpática, ao ouvi-lo dizer o nome educadamente, a tranquilizando.
Respondeu um bom dia, e é neste momento também escutou uma voz familiar a chamando e ela pergunta ao porteiro se é o taxista, ele diz que sim, e ajudou Leya sair, e com agradecimento Leya o beijou na bochecha.
O porteiro passou a mão no local do beijo corado e sem graça.
— Tenha um bom dia, senhorita! - ele a desejou. E ela mesmo que não via, olhou para trás na direção da voz sorriu e abanou a mão.
Esticou a mão procurando a maçaneta do carro, já que tinha pedido várias vezes ao taxista que gostava de tentar sozinha, Leididi a esperava abrir a porta para entrar.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Alda
calça legging
2024-12-16
0
Aldenice Costa
adolescentes,aborrecentes e inconsequentes
2022-10-16
3
Stephany Ricarte
fofura
2022-07-03
1