Capítulo 18

Leya sem dúvida sabia seduzir um homem com aquele sorvete, e Tadeu duvidou que não fosse intencional. Enquanto ela lambia sedutoramente, ele comia o seu com uma colher de madeira, mas sem tirar os olhos dela, porém intercalando os olhares percorrendo o recinto da sorveteria, para ver se não tinha algum marmanjo de olho nela também.

Um anjo provocador e isso que era ela. Tadeu pensava segurando forte o desejo de se jogar em cima da mesa e pular nela.

Ela parecia experiente, e astuta no assunto, então Tadeu engoliu em seco, arranhando a garganta e coçando com a mão direita que segurava a colher, não queria pensar com ciúmes, quem quer que tenha sido o primeiro dela, já é passado.

Leya, sentia que estava conseguindo seduzi-lo, ouvia bem os suspiros aflitos de Tadeu, até um arranhar de garganta.

Não via a hora de matar sua seca e sentir novamente um corpo sobre o seu, e esperava que Tadeu não a decepcionaria como seu primeiro namorado, e ela bem que acreditaria que Tadeu não iria a decepcionar, ela queria sentir a paixão e que seu parceiro te desse o prazer que ela merecia.

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Tadeu com medo que atendesse o desejo que se tornava incontrolável em seu corpo, decidiu fazer um encontro ao ar livre e especial, em vez de levá-la a sua casa.

Decidiu fazer um piquenique no parque na praça do centro. Então antes de irem para a praça eles foram no mercado, mas Leya não quis descer do carro com medo de esbarrar nas mercadorias.

— Desce comigo? Seguro sua mão e não tem perigo. - Tadeu pedia tentando convencê-la.

— Não! - disse um pouco rude, ela não gostava de lugares apertados e abafados, e o mercado é um deles.

Vendo que disse num tom meio ríspido, ela sorriu, imaginando que ele a observava:

— Sei se você entrar sozinho, andará mais rápido, e estou ansiosa. —Deu um pequeno giro na cabeça fingindo timidez, descendo o olhar e a cabeça.

Tadeu a beijou-lhe a cabeça e fechou a porta do carro e foi correndo, a desculpa dela havia dado certo.

E mais do que depressa ele queria comprar.

E ela se lembra, de quando a primeira vez que ela foi no mercado depois de sua condição, ao entrar sem a Leididi, pois a Leididi não pode entrar, logo na entrada com dificuldades, sentiu ser derrubada no mercado, e logo tropeçou em algo, que eram um amontoado de caixas de leites da promoção, e não conseguindo se segurar caiu derrubando tudo, o pior não foi a dor que sentiu no corpo, foi na alma ao ouvir, as pessoas.

"— Pobre coitada, parece que é cega!

— Embecil, aqui não é lugar de cego!"

E outras muito mais, que a fez se sentir humilhada, com cuidado tentou se levantar, até sentir que uma criança a ajudava, e logo a mãe da criança.

"— Tome cuidado da próxima vez! — advertiu a mulher."

Leya saiu procurando Leididi, que estava presa e foi embora.

Então decidiu que as poucas vezes que saísse, iria somente na venda do Marcão.

Pois o velho, um senhor de idade e viúvo era muito gentil e simpático.

Leya limpou rápido as lágrimas antes que Tadeu visse seus olhos inchados, e colocou um sorriso no rosto, com a ajuda das lembranças do velho senhor Marcão.

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O local é lindo, e ao chegar descendo do carro ele narrava para ela, caminhando juntos ele segurando forte a mão dela com dedos entrelaçados.

Narrava, cada detalhe que conseguia, entre as árvores floridas e as mais peladas de folhas, os bancos de madeira e lajota o jardim bem podado, com lindas flores, porém ele conseguiu dizer somente o nome de uma a rosa.

Leya puxava o ar, sentindo os aromas misturados de plantas e comida e até às vezes fumaça de cigarros, de alguns fumantes que contornavam a praça rapidamente.

E como estava lindo no horizonte, o alaranjado fazendo contraste no vermelho, com pequenas rajadas desenhadas na imensidão do céu azul.

E logo o sol vai indo lentamente embora, preenchendo com a escuridão.

E seus olhinhos brilhavam, de alforria tentar imaginar, ela sentou no banco sem ajuda de Tadeu, foi em outra direção deixar os pães, o refrigerante e os frios. Leya fechou a boca em uma linha firme o esperando preparar alguns lanches, em cima da mesa de madeira de piquenique do parque.

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