Capítulo 15

Logo que Tadeu acabou o almoço teve que participar de uma reunião, com os seus funcionários, para lhes dar as informações de uma nova coleção de móveis planejados.

Renovar seus mostruários em algo vintage e moderno, para conquistar novos clientes e segurar velhos e grandes fiéis clientes da época de seu avô.

Deixou tudo a par no que tinha que ser feito e se retirou para ir ver Leya, para chamar para um passeio, se não fosse essa reunião já teria ido procurar por ela, ver se ela aceitava almoçar com ele, porém esse cliente é muito importante e se conseguiu ficar longe dela umas horas, uma hora a mais não iria machucar ninguém, assim imaginou. Contudo de repente sentiu uma agonia, com uma pequena fisgada em seu peito que não sabia explicar, enquanto dirigia.

— O que e isso? — perguntou pra si mesmo.

Parou seu carro no estacionamento dos visitantes do condomínio e foi barrado pelo porteiro, que não bom deixou entrar.

— Com licença senhor, com quem gostaria de falar? - era outro porteiro João, então não poderia saber quem era Tadeu.

Fazendo uma cara feia, achou que ele entendeu o seu recado e tentou entrar. Porém…

—E a norma senhor não o conheço e não posso deixar entrar a não ser que um proprietário deixe.- ele se aproximou do interfone esperando Tadeu dizer.

—E com a Leya. - ele pede para aguardar , simbolizando com a mão, enquanto ligava para o apartamento delas, mas parece que ninguém atende, porque ele tenta várias vezes .

— Você poderia verificar lá no apartamento dela? - perguntou Tadeu, ansioso.

Não sabia o porquê, mas aquela angústia no peito está aumentando e agora achava que era por causa dela.

— Senhor, sei que se trata de uma garota com problema, mas eu não tenho esse direito e nem autorização.

—Hora.. - ele não viu como foi parar no pescoço do homem, mas estava com tanta raiva e medo que se deixou cegar.

Esse cara estava o tirando do sério, Tadeu tinha esse problema de agressão, ficava cego pela raiva que o tomava e quando via já tinha batido nas pessoas, quando se sentia frustrado e contrariado.

Ele percebeu seu problema e estava melhorando depois que começou a fazer terapia, para poder trabalhar e herdar a mercenária da família, foi o acordo, assim seus parentes acreditariam que ele conseguiria sem machucar seus funcionários. Mas o tempo passou e apesar de fazer um pequeno feito, ele ainda tinha o humor escuro, contudo o melhor remédio foi conhecer ela. Ela sim o fez ficar mais calmo, e até sorrir.

Porém neste dia não estava conseguindo controlar seus nervos, ainda mais depois da dor no peito o encomendando.

— Calma, posso olhar as câmeras primeiro. As vezes está dando uma volta com a cachorra. - assim ele o tranquilizou um pouco, ele o soltou, e agora respirava mais aliviado.

João procurou por cada câmera das localidades dos condomínios, não era preciso se não quisesse, mas por se tratar de uma pessoa especial, pensou que ela poderia te se perdido, já que não a viu sair.

Quando ele verificava umas das câmeras que viu a cena, ele logo pegou Tadeu pelo colarinho da camisa, que assustou Tadeu que ia reajir com um soco, mas vendo que a intenção do porteiro ele o deixou ser arrastado para dentro, o levando direto para onde ela se encontrava aos choros com os três moleques a perturbando e um deles com a Leididi sendo largada depois de ser enforcada.

— Aghrr! — franziu o rosto, seus músculos se tensionaram, fechou as duas mãos em punho.

Na hora Tadeu queria matar os três, ali mesmo, na pancada, mas aí ver Leya ser solta, e indefesa chorando quase caindo, seu alvo no momento era ela, correu em sua direção, para afastar o moleque e abraçá-la, enquanto o porteiro os advertia.

— Felipe , isso não é certo que está fazendo ? Eu vou contar a seu pai. E esses seus colegas estão proibidos de entrar aqui.

— Não ouse fazer isso! — o menino tenta o advetir.

— Eles não são flor que se cheirem, você devia ter vergonha! - os moleques riram de desdém, e só se retiraram quando Tadeu, jogou um olhar de ódio em suas direções.

Um dos moleques bateram com a palma da mão no ombro do outro, jogando a cabeça para o lado de Tadeu, enquanto ele abraçava Leya, que estava aos prantos em seu peito.

— Vá para seu apartamento, não deixe que eu avise seu pai agora.

Felipe olhou para Leya e Tadeu, caminhou até o porteiro e o empurrou.

— Quem pensa que é? — e saiu para a rua atrás dos amigos.

Tadeu ​​sentia que ela ia se acalmando em seus braços, perguntou da sua cachorrinha, e o porteiro a socorria.

Tadeu teve que se soltar de seu abraço para pegar a cachorrinha, que João se alivia a ver viva.

— Como ela está? Eles a mataram? - assim ela começou a chorar de novo, pensando o pior, por não ter resposta.

Se esses moleques já não tivessem saído agora, sim , Tadeu os mataria

Ele a sentou, e foi até Leididi, a pegou enquanto o porteiro foi comunicar como o pai de Felipe.

Com a cachorra nos braços, Leya acalmou-se ao perceber um pequeno gemido de sua cadelinha.

Tadeu colocou Leididi no colo dela para ela sentir que ela ainda está viva.

— Vamos, venha, vamos levá-la para uma clínica. - sugeriu Tadeu, depois que o porteiro voltou com um copo de água e deu a ela, ela consentiu.

— Já vou ligar para o pai dele, e ele não vai te incomodar.

Ele tinha certeza, pois sabia como o pai do garoto era muito bravo e sistemático, se o garoto agia assim era por causa da mãe, mesmo , assim o porteiro sabia que ele iria levar uma boa punição.

Tadeu pegou a cachorra no colo novamente e Leya segurou

um dos braços de Tadeu que a direcionou até o carro.

"AH se pego esses moleques aqui de novo juro que agora os mato, isto não vai ficar assim!"

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