II

Dentro do palácio, mais precisamente nos aposentos reais, Arthur e Tânia discutiam o que fazer com a recente falta de recursos que assolaria caoticamente os cofres de Lindúvia.

–Os seus excessos nos custaram isso, Tânia. Você e suas jóias caras, seus tecidos árabes e suas iguarias gastronômicas nos levaram a isso agora.

–Eu?–A rainha berra enraivecida.–Você que há quase 10 anos atrás esfregou na minha cara que tinha riqueza pra quatro gerações e que nós não precisaríamos mais de apoio político de outras regiões. A culpa agora é minha, Arthur?

Arthur queria despejar a culpa em quer que fosse, mas sabia que era inteiramente sua. O ouro roubado de Calixtor durou bastante, mas estava no fim. Lindúvia não tinha nenhum apoio político porque o rei achava que manteria todo um país com o ouro que tinha. Tolo!

–O que faremos?–Questiona a rainha.–Vamos tentar casar a Rosie com um bom pretendente, que ofereça muito dinheiro e bens. Ah, e seja representante político de algum lugar.

–A Rosie?–Arthur reflete.–Ela acabou de fazer 20 anos e acredito que nem tenha toda a etiqueta para casar. Quem vai querer uma jovem que não terminou todos os ensinamentos?

–Rosalie é princesa, Arthur! Todos querem uma princesa. Deixa de ser burro, homem!–Tânia bate de leve na cabeça do marido.–Vamos, se reuna com sua cúpula e anuncie que vai casar sua filha. Ela nos fará ganhar tempo até vermos de onde tiraremos mais ouro pra continuar reinando sem que saibam da nossa situação.

Arthur assentiu, mas não gostou de um todo da ideia. Ele tinha um amor especial pela sua filha e jamais iria querer vê-la casada. A ideia o apavora, mas ele precisa executá-la. Só torcia pra encontrar um genro bem feio e bondoso para com Lindúvia.

Rosalie tomou o suco quase que gemendo em total satisfação. Só lhe era permitido tomar meio copo de dois em dois dias. Sua mãe era bem controladora quanto a isso. Joane só não permitiu que a garota comesse biscoitos recheados. Esses lhe são mimos dados mensalmente e ela já os tinha comido semana passada.

–Rosie, não se come e fala ao mesmo tempo. Sua mãe morreria se visse isso agora.

–Joane, por favor, esqueça a minha mãe. Essas aulas não vão me servir. Eu só precisaria me casar se quisesse algum apoio político, o que não precisamos, e ouro, o que temos de sobra. Não se preocupe!

Joane sorriu balançando a cabeça em negação. Ela tinha uns 45 anos, mas desde que Rosalie completou 10 anos ela tinha se tornado sua professora. Bastante tempo de convivência para saber de cor que Rosie não tem nenhuma ambição de casar. Mas a rainha Tânia ordenava o acontecimento das aulas. Ela, como funcionária, obedece as ordens.

–Você nunca pensou sobre o amor de um homem por uma mulher, Rosie?

–... Sabe que não?! Eu tenho o amor do meu pai e ele sempre disse que isso bastaria. Eu me sinto bem sendo amada por ele, Joane. Quero viver aqui para sempre.

Joane assentiu um pouco duvidosa sobre a resposta da garota. Rosie não tinha muito contato com homens, apenas seu pai e seu irmão mais novo eram bem próximos. Mas Joane sabia que o olhar do rei Arthur para sua filha era diferente. Se amaldiçoou mentalmente só por pensar nisso. Seria enforcada se soubessem o que pensa.

–Está anoitecendo. Vamos, Rosalie.

A garota se levantou e, como uma verdadeira princesa, caminhou para dentro do palácio. Os homens que trabalham no local eram proibidos de encarar ou olhar Rosalie nos olhos. Essa proibição lhe era desconhecida, por isso sempre se perguntava se ela lhes parecia chata ou ruim. Se contentava com a ideia de que não precisaria agradar ninguém, apenas a ela mesma.

Seguiu diretamente para o quarto e despediu-se de Joane na porta do mesmo. Seu banho estava pronto, apenas se despiu e entrou na banheira. Depois de um tempo, mais precisamente quando a água esfriou, Rosie saiu da banheira. Enrolou-se no seu grosso robe branco e pegou uma toalha para enxugar seus fios longos. Quando saiu do banheiro deu de cara com seu pai sentado na cama.

–Pai? Aconteceu alguma coisa?–O encarou ainda enxugando seus cabelos.

Arthur tinha entrado faz muito tempo naquele quarto e tinha passado quase todo o banho da filha observando-a. Era um dos seus passatempos favoritos.

–Papai veio conversar com você.–O rei bate no colo chamando sua filha pra sentar e ela o faz.–Adivinha o que chegou para minha princesa?

Os olhos de Rosie saltaram ao ver uma caixa que seu pai escondia atrás dele. Eram o par de sapatos da última moda em Paris que ele prometeu dar a ela.

Rosie é uma garota criada sem maldades. Seu irmão mais novo tem apenas 12 anos e seu pai é sua única referência de amor vindo de um homem. Teve diversos professores, mas as aulas eram sempre assistidas pelo Rei ou por Joane. Não eram permitidas trocas de palavras informais. O rei deixou proibido.

Arthur cercou sua filha de uma forma tão esquisita que Rosie pouco sabe sobre os homens. Na verdade sabe quase nada. E também não tem curiosidade.

–Sente na cama que eu vou colocar os sapatos nos seus pés.

Arthur deixa que a filha sente na cama e então se abaixa na frente dela. Um dos sapatos já estavam em suas mãos aguardando ela erguer a perna e calçá-lo.

–Encaixe o pé, bonequinha.

Ela ergueu a perna e, por ser serena e ingênua, mostrou sua vagin@ ao pai. Ela encaixou um pé e depois Arthur pegou o outro calçado. Enquanto ela erguia novamente o pé, ele admirava aquela carne rosada e com pêlos ruivos. Prometeu que ainda iria provar seu gosto.

–Eu amei, pai!–Andou no quarto eufórica.–Você é o melhor.

–Deixa eu sentir como tá batendo rápido seu coração de alegria.

Ele simplesmente põe a mão dentro do roupão e toca no seio da filha. Aproveita e dá uma massageada, mas rapidamente tira a mão.

–Você está muito feliz, Rosie. Realmente amou. Eu amo te ver feliz!

Ela se joga nos braços do pai e beija seu rosto. Rosie foi totalmente infantilizada pelo pai, era o seu laço para finalmente fazê-la sua um dia. Esse eram os planos doentes de Arthur. Ele queria matar Tânia e tomar Rosie como sua mulher e ter filhos de sangue puro. Precisava apenas ir convencendo-a aos poucos.

–Vim participar da festa.–A rainha aparece no quarto.–Seu pai já contou que vai casar você, Rosalie?

Rosie estanca e de cenho franzido encara o pai. Arthur se viu desejando apertar fortemente o pescoço da sua esposa até vê-la roxa. Todo o plano de amaciar Rosie foi por água abaixo.

Mais populares

Comments

malu

malu

Mas por que essa obsessão dele por ela??

2023-08-02

0

malu

malu

🤢🤢🤮🤮🤮

2023-08-02

0

malu

malu

Não vai me dizer q o pai tem interesse na própria filha.
Pelo amor!!que nojo

2023-08-02

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!