III

Dimitri quando atracou na ilha de Nefestus já era noite. Devido ao seu estado de abandono, ficaram à vontade nas terras conhecida por ele. Lindúvia ficava há uma hora dali e Dimitri sabia que teriam que ir aos poucos. Muitos homens chamariam muita atenção.

–Eu posso negociar a nossa cerveja velha. Posso me passar por um comerciante viajante.–Sugere Túlio.

–Eu, como mudei muito, sei que Arthur não me reconhecerá. Irei como Lorenzo, um homem estudado que está passando por Lindúvia para colher conhecimentos dessa terra tão frutífera.–Dimitri debocha usando palavras rebuscadas e a tripulação cai na gargalhada.–A cada dois dias dois homens se infiltram em Lindúvia. Entenderam? Apenas 5 homens permanecem no navio. Isso vocês decidem na sorte.

Todos concordam e então ficou decidido que Túlio e Dimitri iriam ser os primeiros a irem. Depois que todos comeram, beberam e dançaram, adormeceram mais rápidos que bebê de barriga cheia.

–Você quer matar Zanetti, capitão?–Túlio limpa a bagunça que estava na mesa que estavam bebendo.

–Acho tão rápido e primitivo isso de matar...–O homem raciocina.–Prefiro primeiro conhecer suas fraquezas de perto. Acredito que isso vai durar mais do que eu queria, mas será divertido.

–Entendi. Você quer destruí-lo.

Dimitri observa seu amigo e assente vagarosamente. Ele não tinha todo um plano meticulosamente pensado, mas sabia que teria que o fazer sofrer. E nada melhor do que tomar uma rasteira de onde menos se espera.

Depois de algum tempo todos foram dormir. Dimitri e Túlio ficaram organizando suas coisas para suas partidas ao amanhecer.

...

Rosie encarava sua mãe não entendendo nada do que tinha acabado de ouvir. Na verdade ela tinha entendido, porém começava o processo de negação.

–Você é uma cobra, Tânia.–Diz Arthur.–Bonequinha...

–A verdade, pai.–Retrucou afastando-se.–Só preciso da verdade.

–Antes vista-se.–Ordenou a mãe.–Isso não são trajes apropriados. Vá! Vá! Vá!

Rosalie engoliu o choro e foi vestir-se no banheiro. Vestiu suas roupas íntimas, a sua camisola composta e por cima seu vestido. Não teria tempo de usar espartilho.

–Vamos, podem falar. Estou pronta para ouvir tudo.

Tânia revira os olhos e faz um gesto para que Arthur fale. Ela queria se dar esse prazer de ver a Rosie chateada com o que ouvirá do pai. Sentou na cama, cruzou os braços e aguardou.

–Estamos ficando sem dinheiro, filha. O único jeito que encontramos de ganharmos tempo enquanto arrumamos um jeito de contornar essa situação seria casando você. O dinheiro e o apoio político nos ajudaria muito agora.

–Vocês me deram a falsa esperança de que eu poderia muito bem ficar solteira porque tinha dinheiro suficiente em Lindúvia. Agora não há mais dinheiro suficiente, o que aconteceu com todo dinheiro então?–Rosie estava furiosa.

–Não fale assim, sua arrogantezinha.–A rainha interrompe a conversa.–Você acha que manter Lindúvia tão maravilhosa como contam nos livros não requer dinheiro? Dar conta de você e do Henrique não requer dinheiro? Você tem tudo que quer, até professores particulares e ainda questiona o que aconteceu com o dinheiro? Vontade de te bater agora.

–Nem ouse, Tânia.–Arthur range entre os dentes.–Sua mãe também tem parte de culpa por todos esses excessos, mas isso não convém agora. Precisamos de um noivo que aceite nossos termos e nos proporcione alguma vantagem para podermos pensar com mais tempo. Eu sinto muito. Não queria que fosse assim, bonequinha.

Rosalie teve vontade de chorar, mas não fez. Isso não se deu devido aos inúmeros ensinamentos dados por Joane sobre não mostrar vulnerabilidades ou fraquezas, mas por estar anestesiada. Ela não conseguia reagir agora.

–Ok. Então em breve me casarei.–Falou mais para si do que para os presentes ali.–Como isso vai ser? Vão me leiloar e ver quem dá mais?

Tânia se levantou para agredir Rosalie, mas foi jogada longe por Arthur. A mulher acabou batendo a cabeça na madeira da cama e o sangue logo começou a escorrer. Inacreditada, Rosalie corre até sua mãe, mas é empurrada. Sem dizer nada, Tânia se retira do quarto.

–Por que você fez isso, pai?

–Ela iria te bater. Eu quis te proteger. Droga! Me desculpe.

Arthur saiu do quarto indo atrás do sua mulher. Rosalie trancou o quarto e se direcionou até a pequena varanda. Observou o tempo lá fora e sentiu um aperto no peito. Se recusava a acreditar que sua realidade iria mudar tão rápido.

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Comments

uma otaku pirada

uma otaku pirada

continua continua continua por favor por favor por favor 🙏🙏🙏

2021-02-10

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