AVISO: +18
Hoje havia sido mais um dia intenso de gravações e ensaios fotográficos. Esse primeiro filme já estava quase completo e a edição estava correndo contra o tempo pra conseguir deixá-lo pronto o mais rápido possível, os fãs estavam cada vez mais eufóricos com a ideia da adaptação do livro.
Eu estava evitando um pouco o Gabriel, desde a semana passada quando ele confessou que o primeiro beijo dos nossos personagens não havia sido apenas encenação, eu não consegui encará-lo. Eu o beijei com tanta vontade, mas não conseguia admitir, achei que ele estava apenas se esforçando para fazer um bom trabalho mas, a única coisa que eu reparei foi em como ele beijava bem e parte de mim naquele momento, desejou não ser apenas encenação.
Eu já estava em casa, prestes a me deitar quando resolvi assistir a um filme, procurei por algo novo e decidi ver algumas cenas que Gabriel fez em seu último trabalho, ele interpretou um vilão de uma série, decidi assisti-la.
Ele atua tão bem, incorpora o personagem de uma forma tão simples que você consegue saber que aquele homem na tela não é Gabriel Herrera e sim Tanner Rhys, o vilão astuto que é completamente diferente do Danniel.
— Clara, o que está fazendo? — Ouço a voz do Matías do outro lado da porta do meu quarto.
— Assistindo à série! — Gritei ainda da cama.
A porta abriu lentamente, revelando o pequeno menino de cachos louros.
— A mamãe já está dormindo, será que posso tomar aquele sorvete da geladeira? — Ele perguntou apenas com a cabeça para dentro do quarto.
— Como se eu fosse falar não... — Respondi rindo e caminhando até a porta. — Pode sim, mas cuidado com a hora, mesmo que amanhã seja sábado você não pode dormir tarde.
— Está bem, obrigado! — Ele riu e saiu em direção à cozinha.
Aproveitei que estava de pé para trancar a porta do quarto. A pequena conversa com Matías me desanimou de ver a série, olhei alguns e-mails relacionados ao filme e após guardar o notebook na escrivaninha ao lado da cama, fui dormir.
[...]
— O que está fazendo? — Perguntei para Gabriel ao ver que ele havia passado da rua da empresa. — Sabe que agora vai ter que dar uma volta enorme para chegar na empresa, não é?
Ele abriu um sorriso ladino e me encarou.
— Quem disse que vamos para a empresa? — Sinto o carro acelerar ainda mais.
Depois de quase dez minutos, chegamos ao que parecia ser uma casa abandonada, com o carro parado no portão, Gabriel desceu e abriu a porta para que eu descesse.
— De quem é essa casa? — Perguntei enquanto ele abria com certa força o portão enferrujado e me estendia a mão para que o acompanhasse.
— Da minha mãe, ela parou de cuidar depois de... Começar a ter problemas de saúde. — Ele respondeu assim que passamos pelo jardim.
Não fiz muitas perguntas, apesar do lugar estar abandonado, o jardim estava lindo, não havia uma parte morta, a grama estava em um verde forte e as flores de vários tipos decoravam todo o lugar. A casa era grande e ficava no centro do terreno, o jardim fazia uma volta ao redor da casa antiga e quando eu pensei que acabaria ali, na parte dos fundos, havia um portão pequeno escondido entre ramos e galhos que crescem propositalmente para esconder o lugar, Gabriel apenas empurrou a porta e nos agachamos para passar por ela, do outro lado havia um pequeno lago e um gramado lindo, mais ao canto tinha uma sombra enorme, que era feita por uma árvore majestosa.
Nos aproximamos da árvore e embaixo dela havia um lençol de piquenique com várias comidas em cima. Olhei para Gabriel no mesmo instante e ele estava com um sorriso no rosto.
— É aqui a reunião de emergência que você me disse que tínhamos que ir? — Ele coçou a nuca e abriu um sorriso tímido.
— Era a única desculpa que eu poderia usar, mas por ser um sábado, não achei que você acreditaria. — Ele se abaixou e se sentou, retirando os tênis e os deixando de canto. — Vamos, sente-se!
Assim como ele, tirei os tênis e me aconcheguei no lençol quadriculado, segurando firme o meu vestido para que não mostrasse mais do que deveria.
— Se tivesse me dito, eu teria vindo com outra roupa. — Perguntei ao pegar um cacho de uva verde de dentro da cesta.
— Você está linda e esse estilo combina muito com você. — Ele me elogiou, com um olhar travesso.
— Você também, está muito bonito.
Essa é a primeira vez que ficamos sozinhos desde o dia do beijo do filme, e confesso estar sentindo um frio na barriga misturado com uma leve ansiedade.
— Sabe que daqui a pouco começa a escurecer, não sabe? — Perguntei começando a me sentir nervosa.
— Relaxa! — Disse ao se levantar e acender um varal de pequenas lâmpadas amarelas que estavam penduradas entre os galhos da árvore.Comemos algumas frutas e tomamos um delicioso suco que o Gabriel me prometeu ter feito sozinho, estávamos conversando sobre as cenas do filme. O clima estava leve, o lago à nossa frente já estava refletindo a luz da lua e a brisa fresca indicava que a noite havia chegado.
— Nossa, já escureceu! — Exclamei ao olhar ao redor, quando voltei meu rosto para Gabriel, ele estava me olhando. — O que foi? — Perguntei sentindo o coração acelerar.
Ele manteve o corpo apoiado apenas com uma mão na grama e a outra veio lentamente na minha direção e parou no meu queixo, senti o anelar quente passar por cima do meu lábio, o ato fez eu encarar os olhos de Gabriel que estavam presos na minha boca.
— Sabe... — começou, fazendo uma pausa. — Não consegui tirar aquele beijo da cabeça. — Confessou de repente.
— Sério? — Minha voz saiu em um sussurro quase inaudível.
— Sim, só que tem um problema... — Ele disse, parando o carinho e voltando a apoiar o corpo com a mão.
— E qual seria? — Tentei esconder minha frustração ao sentir sua mão se afastando do meu rosto.
— Aquele beijo foi da Jully e do Danniel, nossos personagens. Agora preciso do nosso beijo!
Meu coração parecia sair do peito e piorou ainda mais ao ver Gabriel empurrando as coisas para o lado e se "jogando" pra cima de mim, fazendo com que ficássemos deitados.
— Não vai dizer nada? — Perguntou apoiando o cotovelo ao lado do meu rosto e afastando algumas mechas do meu cabelo.
— Não sei, Gabriel... E se nós acabarmos estragando a amizade que criamos? — Minha ansiedade estava gritando, mas precisava ser sensata.
— Ah, da minha parte já passou de amizade há muito tempo, patricinha! — Ele riu, um sorriso que me fez esquecer tudo que estávamos vivendo fora desse jardim.
Segurei a nuca de Gabriel e o puxei para perto, iniciando um beijo urgente. Ele se sobressaltou no início, mas logo se ajustou, e nossos lábios se encaixaram de um jeito que palavras não poderiam descrever.
Gabriel se ajeitou entre minhas pernas, fazendo com que elas se dobrassem, uma de cada lado do corpo dele, quando a falta de ar veio, nós nos separamos para recuperar o fôlego. Ele me olhava com um olhar penetrante e envolvente, carregado de desejo.
— Tem certeza que posso continuar? — Sussurrou com a voz entre cortada. — Por favor, Clara...
Não conseguia formar uma palavra sequer, apenas acenei com a cabeça e o assisti tirar o casaco fino que vestia, seguido da camisa e as jogarem para o lado. Minhas mãos percorreram as costas agora nuas de Gabriel e pude sentir cada músculo contraído, na tentativa de não deixar seu peso cair em mim.
Em um piscar de olhos, nossos lábios estavam colados novamente, em um beijo de completa urgência, como se precisássemos disso para vivermos.
Não demorou para que eu sentisse as mãos dele percorrerem o meu corpo e chegarem até a barra do meu vestido, o levantando e o arrancando de mim.
— Você é maravilhosa! — Elogiou com a voz ofegante após analisar meu corpo.
Minha mente já estava em outro lugar, meus olhos só conseguiam ir do peitoral de Gabriel até sua boca, necessitada de mais.
Ele se afastou um pouco mais e eu me apoiei nos cotovelos para ver o que ele faria.
— Tire o sutiã, patricinha! Não vai me dar o prazer de vê-los? — Sussurrou, me olhando por cima da sobrancelha, enquanto suas mãos desciam lentamente a peça de roupa fina que cobria minha intimidade.
Assim que senti minha calcinha, passando pelos meus pés, retirei a última peça que me cobria, sentindo o olhar dele queimando sobre mim.
O calor entre nós se intensificava a cada toque. Gabriel deslizou os dedos pela minha pele, provocando arrepios que percorriam meu corpo inteiro. Seus lábios que haviam acabado de encontrar os meus, começaram a trilhar um caminho perigoso pelo meu pescoço, distribuindo beijos e pequenas mordidas que me faziam prender a respiração.
Meus dedos se enroscaram nos fios da sua nuca, puxando-o para mais perto, como se já não estivéssemos colados o suficiente. Ele sorriu contra a minha pele, satisfeito com a minha reação, e deslizou a boca até o meu ombro, mordiscando de leve antes de descer pelo meu colo.
— Você não faz ideia do quanto eu te quero! — murmurou, sua voz rouca me fazendo estremecer. — Do quanto eu te desejei desde o primeiro dia em que a vi.
Suas mãos firmes seguraram minha cintura enquanto ele explorava meu corpo com beijos lentos e provocativos. Eu sentia cada centímetro do seu toque, cada respiração entrecortada, cada olhar carregado de desejo.
Quando nossos olhares se encontraram novamente, havia um silêncio denso entre nós. A respiração acelerada, os corações pulsando no mesmo ritmo frenético, e a eletricidade no ar diziam tudo o que palavras não precisavam dizer.
Gabriel deslizou os dedos até a lateral da minha coxa e a apertou, arrancando de mim um suspiro involuntário. Seu olhar brilhou, intenso e satisfeito, antes de me puxar para um beijo profundo e desesperado, como se aquilo fosse a única coisa que realmente importava no mundo.
Gabriel havia me pedido permissão mais uma vez, mas agora, não era para um simples beijo, algo maior iria acontecer e eu tive que dar a certeza de que não me arrependeria. O observei tirando as roupas que lhe restaram e vi seu membro saltar para fora, meu coração acelerou de ansiedade e medo ao mesmo tempo.
Senti uma mão descer lentamente para o meio das minhas pernas e logo senti o seu toque, que era pura tortura. Primeiro, um roçar lento e provocante com os dedos, como se quisesse me fazer implorar. Depois, a invasão deliciosa, afundando dentro de mim e arrancando um arrepio que percorreu todo o meu corpo, Gabriel abriu um sorriso ladino, como se tivesse ganhado um prêmio ao sentir meu corpo arfar embaixo dele.
O beijo voltou a acontecer, mas dessa vez um beijo lento, que já estava me levando a loucura. Sua mão saiu de dentro de mim e puxou minha nuca para si, sua boca desceu mais um caminho pelo pescoço e parou em um dos meus seios, abocanhando sem aviso prévio e arrancando gemidos altos de mim.
Gabriel ficou por completo por cima de mim e me encarou de uma forma que quase me fez prender a respiração, coloquei meus braços em volta do seu pescoço e acenei pra ele, ouvindo o barulho de embalagem de camisinhas, sabendo o que viria a seguir. Ele estava rígido contra mim, a prova do seu desejo inegável. Minha pele estava quente e úmida sob seus toques, cada arrepio intensificando a sensação. Ele deslizou para dentro de mim, lenta e profundamente, como se quisesse me fazer sentir cada investida. Seus lábios envolveram minha pele, explorando com uma provocação tentadora e quase sufocante.
Aquilo poderia ser apenas um sonho, ou mais um de meus devaneios, mas não era. Eu havia transado com Gabriel Herrera.
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Atualizado até capítulo 21
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