CAPÍTULO 04

— Mãe? Alô? Onde você se meteu? — Falei ao ouvir apenas a risada bêbada dela no telefone. — Eu preciso ir para a empresa, não pode me dar trabalho essa hora da manhã!

Soquei a parede ao ouvir o som da ligação sendo desligada, minha mãe parecia fazer de tudo para me irritar, desde quando meu pai a traiu e nos abandonou por uma mulher mais rica que minha mãe, ela se afundou nas drogas e nas bebidas e já está nessa vida há mais de cinco anos e eu? eu tenho que fingir que a grande modelo Adriana Herrera está vivendo a aposentadoria e apenas cuidando da carreira do filho promissor no ramo da atuação, mas, a realidade é completamente diferente, ela me deixou cuidar de tudo sozinho, da casa, dos negócios e da minha carreira, nem dela mesma ela cuida, então eu sempre tenho que procurar me desestressar.

[...]

Assim que passei pela porta dos fundos da empresa, fui surpreendido por Melissa Sanchez, uma garota de apenas dezoito anos, que está a meses se oferecendo para mim, que sou sete anos mais velho que ela.

— Olá, Gab! — Ela disse quase em um sussurro, me empurrando contra a parede da escada de emergência. — Você está um deus grego nessa jaqueta e nesse look preto!

Suas mãos passearam pelo meu peitoral, os olhos negros de Melissa foram para os meus lábios e eu sabia bem o que ela queria.

— Já disse que se fizermos isso, você não terá nada mais, será apenas um vez e acabou. — Falei afastando ela e começando a subir as escadas, sabendo que ela não me seguiria com aqueles saltos. — E você é emocionada, não aguentará ter apenas uma vez... — completei antes de ouví-la sair.

Me sentei no degrau e acendi um cigarro. Fazia tempo que eu não transava com alguém, Melissa era bonita, mas ainda não tinha demonstrado que gostaria de ter apenas um sexo casual, então já estava pensando em afastar ela de vez.

Sinto meu celular vibrar no bolso, o tiro e a notificação na tela é um vídeo de Melissa se tocando no banheiro.

Sabia bem em qual banheiro ela estava, pois um dia a desafiei a fazer exatamente isso que ela está fazendo. Me instigar a querer ela.

Subi as escadas o mais rápido que consegui, dei bom dia para Darla e fui em direção aos banheiros e como imaginei, ela estava no feminino, seus gemidos estavam altos, me apressei e abrir a porta encontrando Melissa com a saia justa levantada até a barriga, ela estava de pé completamente desajeitada, se tocando e seus olhos pararam em mim.

— Me deixe continuar!

Afastei a mão dela e a toquei, Melissa não era virgem. Pude sentir na hora e ela estava tão... Aberta? Ela havia mentido pra mim, me falou tantas vezes que não dormia com qualquer um e que nunca havia feito sexo nada vida. Mas claro, ela queria ter uma noite comigo e o jeito que ela conseguiu foi mentindo. Eu jamais tiraria a virgindade de alguém, isso é muito especial e eu não merecia tal ato.

Comecei a tocá-la, Melissa já estava completamente molhada e logos os gemidos dela aumentaram alarmando que não demoraria muito para gozar, mas fomos interrompidos por alguém dando descarga na cabine ao lado.

— Tem gente que é sem noção, não é mesmo? — Ouvi uma voz doce falar alto o suficiente para que nós dois ouvirmos.

Melissa não se aguentou e riu, cobri a boca imediatamente.

— Merda, fica quieta! — Sussurrei para ela, que saiu com raiva do banheiro.

Não posso vacilar com o Miguel esse ano, já aprontei demais com as funcionárias que ele contratava para "cuidar" de mim, mas prometi que esse ano seria diferente, então nada poderia me atrapalhar.

Saí da cabine e ajeitei o cabelo no espelho, torcendo para que a pessoa que estava no banheiro já tivesse saído. Assim que passei pela Darla, a mesma nem sequer me olhou, focada em seu computador, fui direto para a porta da sala do Miguel.

— Ele não está aí! — Darla disse antes que eu abrisse a porta. — Ele chega daqui uns minutos, espere ele chegar.

Voltei para a escada, torcendo para que Melissa não estivesse lá e para minha sorte, a Patricinha de cabelos pretos não estava lá, as escadas eram escuras e estranhas demais para alguém com ela.

Tirei mais um cigarro e o acendi, não aguentei, acabei batendo uma ali mesmo, tentando puxar na memória a última vez que fiz sexo. Acontece que, cada vez mais eu não conseguia sair com alguém sem o rosto dessa pessoa sair nos tabloides e páginas de fofocas no dia seguinte, desde o último escândalo, eu preferi sossegar um pouco, mas isso está me matando, nem dormindo estou.

[...]

Depois de alguns minutos ali e três cigarros apagados no chão, ouvi o barulho do elevador se abrindo indicando que o Rosa havia chegado. Saí das escadas e assim que atravessei a porta, a vi vestindo um lindo sobretudo, os olhos em tons de azul e verde dava um lindo contraste com o cabelo loiro escuro. Clara ainda não me conhecia, mas eu adoraria saber qual perfume ela usava.

O que estou pensando?

A voz do Sr. Rosa me tirou dos meus devaneios.

Ele me apresentou para Clara e minhas mãos suaram antes mesmo do olhar dela cair sob mim, ela me analisou como se estivesse lendo meus pensamentos.

— É um prazer conhecer a senhorita, estou muito ansioso para ser ser par romântico. — Eu disse estendendo a mão com um sorriso tentando parecer o mais meigo que consegui.

Ela me olhou com um olhar que jurei ter sido de deboche, e era a coisa que eu mais odiava, gente esnobe e metida.

— Seu zíper está aberto! — Ela falou ao encarar o meu rosto, ignorando tudo que eu disse antes.

Meu rosto ardeu. Mas de raiva.

Tão linda, mas com a personalidade que eu mais odeio na vida. Não sei o que serão dessas gravações.

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