Assim que Mariana saiu, eu me vesti rapidamente e fui direto para meu notebook.
Minha intenção inicial era apenas revisar os relatórios que haviam sido enviados por Mateo na noite anterior. Mas o que eu encontrei fez o sangue fugir do corpo.
Os números eram um desastre.
A empresa estava à beira da falência. Eu estava tão focado em resolver os negócios no exterior que não percebi a merda gigantesca que Eduardo estava fazendo debaixo do meu nariz.
Uma quantia absurda foi retirada dos fundos da empresa e investida em negócios fraudulentos que falharam miseravelmente.
E, como se isso não bastasse, ele contraiu dívidas e fez empréstimos gigantescos para tentar cobrir suas cagadas.
Fechei o notebook com força, minha respiração pesada.
Peguei as chaves do carro e dirigi diretamente para a mansão da família Vasconcellos.
Assim que entrei pela porta da frente, Bianca estava lá, ela que me recebeu. Ela vestia uma camisola de seda vermelha, fina e curta demais, deixando claro o tipo de mulher que era.
O pior? Ela sorriu e se jogou contra mim sem o menor pudor.
— Sogrinho… que surpresa boa. — sua voz arrastada veio acompanhada de um olhar malicioso.
Tive que me segurar para não afastá-la de mim com mais força do que deveria.
— Onde está Eduardo? — perguntei friamente.
Ela mordeu os lábios, deslizando os dedos pelo meu braço de forma provocante.
— No escritório, sogrinho. Mas… — Ela se inclinou mais, se insinuando como uma puta barata. — Podemos conversar um pouco antes.
Minha paciência acabou ali.
Segurei seu pulso e o afastei bruscamente.
— Primeiro, não me chame assim. — Ela piscou, fingindo inocência. — E segundo… você e Eduardo se merecem. Vocês dois são farinha do mesmo saco. — continuei, vendo o sorriso dela murchar.
Eu a deixei para trás e segui para o escritório.
Não tive paciência para bater.
Arrombei a porta com um único chute.
Eduardo, que estava sentado atrás da enorme mesa de mogno, sobressaltou-se imediatamente.
— Mas que porra, pai?! — Ele se levantou abruptamente. — Não sabe bater?
Fechei a porta atrás de mim, olhando-o com a frieza de quem está pronto para destruir um inimigo.
— Você quer me dizer que porra foi essa que você fez com a empresa?!
Ele piscou, mas sua expressão de surpresa logo foi substituída por arrogância.
Cruzou os braços e se encostou à mesa, tentando parecer relaxado.
— Não sei do que você está falando.
— Não se faça de idiota, Eduardo! — rosnei, batendo as mãos sobre a mesa. — Eu vi os relatórios! O rombo nas contas! O dinheiro que você desviou.
O silêncio pesado dominou o cômodo.
Vi o suor escorrer por sua testa.
— Eu… posso explicar.
— Ah, pode? Então me diga, filho. — Cuspi a palavra com nojo. — Como você pretende explicar o fato de que gastou milhões da empresa em negócios sujos? Que pegou dinheiro do fundo da corporação e perdeu tudo?
O olhar dele vacilou.
— Pai…
— Você colocou a porra da nossa empresa à beira da falência, essa é a única explicação.
Eduardo respirou fundo e, para minha surpresa, riu. Um riso debochado.
— Então é isso? É por isso que está aqui? Para me dar sermão sobre dinheiro?
Minha paciência evaporou completamente.
— Você não sente vergonha?
— Vergonha? Eu sou um Vasconcellos, pai. Eu sempre darei um jeito de conseguir mais dinheiro.
— Você é um moleque.
Ele estalou a língua contra os dentes.
— Eu sou seu filho.
Foi aí que meu ódio cresceu ainda mais.
— E é justamente isso que me envergonha. Eu tenho vergonha de ter você como meu filho.
Dessa vez, ele se calou.
A raiva ardia dentro de mim, mas algo ainda pior me fez travar o maxilar.
As marcas. Aquelas malditas manchas roxas espalhadas pelo corpo de Mariana. A lembrança do que ele fez com ela me fez perder completamente o controle.
Com um único movimento, acertei um soco seco no meio do rosto dele. Eduardo cambaleou para trás, batendo contra a mesa.
— Porra — Ele gritou, levando a mão ao nariz, de onde já escorria sangue.
Eu não parei. Agarrei sua camisa e o empurrei contra a parede, socando sua barriga desta vez.
— Esse soco é pela Mariana, por ter encostado a mão nela — Minha voz saiu sombria, cheia de ódio. — Você não encheu a boca dizendo que é um Vasconcellos? Vamos ver.
— Eu… — Ele arfou, tentando recuperar o ar.
Mas eu não terminei.
O golpe seguinte foi um tapa forte no rosto dele, estalando pelo escritório inteiro. Ele engasgou, completamente chocado.
— Acha que pode fazer isso com Mariana e continuar vivendo essa sua vidinha de merda?
Ele tentou se soltar, mas eu o prendi ainda mais contra a parede.
— Olha bem para mim, Eduardo. — Me aproximei, encarando-o de perto. — Se você chegar perto dela de novo… eu juro que não vai sair vivo. E nesse dia, estarei pouco me fodendo se carrega meu sangue nesse seu maldito corpo. Eu juro que eu te mato.
Ele percebeu que eu não estava brincando.
Pela primeira vez em muito tempo, vi medo nos olhos dele. Empurrei-o para longe e ajeitei meu terno.
— Agora, vamos falar de negócios.
O alívio passou rapidamente pelo rosto dele. Ele pensou que a conversa sobre Mariana tinha acabado. Mas eu ainda ia destruir tudo o que ele conhecia.
— Eu... — falou com dificuldade — Eu vou consertar tudo, e mostrar que eu posso ser diferente. — avisou, achando que isso mudaria alguma coisa.
Não dei atenção ao que ele falou, apenas o encarei e disse:
— Todos os seus cartões foram cancelados. Todas as suas contas foram bloqueadas. A empresa não pertence mais a você, e essa casa também não lhe pertence mais.
Ele piscou, atordoado.
— Você… não pode fazer isso.
— Posso, não só posso como eu fiz.
O desespero tomou conta dele.
— Pai… eu sou seu filho. Você não pode fazer isso comigo. Não acredito que tudo isso, é por causa daquela mulher. Se isso for o caso, eu volto com ela, me caso novamente, mas não me tire a empresa.
— Só por cima do meu cadáver, ela volta com você. Já basta o mal que você causou a ela. Enquanto a empresa deveria ter pensado nas consequências antes de fazer merda. Agora é um zé ninguém, como você tanto queria.
Me virei para sair.
Mas antes de abrir a porta, joguei a última bomba:
— Ah, e só para constar… Bianca está aqui só pelo seu dinheiro. Agora que você não tem mais um centavo, vamos ver quanto tempo ela vai demorar para arrumar outro idiota para sustentar os caprichos dela. Porque ela adora homens ricos, agora pouco estava se esfregando em mim, como uma qualquer. Dúvido que Mariana fazia isso.
E então, saí, deixando Eduardo sozinho, enquanto ele quebrava tudo no escritório.
Meu peito ainda subia e descia com a respiração pesada. As mãos coçavam, ainda sentindo o impacto do soco e do tapa que acertei em Eduardo. Entrei em meu carro e sai dali sem olhar para trás.
O telefone vibrou no painel do carro.
Atendi no viva-voz sem desviar os olhos da estrada.
— Fale.
— Senhor, precisamos que venha imediatamente ao endereço que estou enviando.
O tom do meu segurança, frio e direto, fez meu corpo gelar.
— O que aconteceu?
— Isabel levou Mariana para um galpão abandonado.
Meu coração errou uma batida.
Apertei o volante com tanta força que meus dedos ficaram brancos.
— Estou indo para lá agora.
Pisei fundo no acelerador.
A cada quilômetro que eu percorria, mais a raiva crescia dentro de mim.
Minhas mãos tremiam de fúria no volante. Eu sabia que aquela mulher era podre, mas não imaginei que ela fosse capaz de colocar a própria filha em perigo, e tudo pelo amor de dinheiro.
Fiz a curva brusca e entrei na estrada secundária, seguindo as coordenadas enviadas pelo segurança. Meus olhos estavam fixos no ponto de destino no GPS.
Cada segundo contava.
No caminho acionei a polícia, e mandei a localização. Quando eu cheguei no local, a polícia já estava invadindo o galpão. Foi no momento que a porta se abriu, que minha visão foi diretamente para Mariana.
Ela estava ajoelhada no chão, segurando o corpo ensanguentado de Antony.
Meu sangue gelou.
— NÃO!
Mariana soluçava, pressionando as mãos contra o ferimento do pai.
Mas Isabel… aquela maldita…
Ela estava parada, olhando para as próprias mãos ensanguentadas. Quando ela viu os policiais, tentou fugir, mas não conseguiu. Assim que ela foi algemada, foi levada para fora dali.
Me agachei ao seu lado de Mariana, ela olhou para mim.
— Ele não pode morrer… por favor…
Meu peito apertou. Eu queria dizer que tudo ficaria bem, mas sabia que não havia esperança. Antony acabou de falecer.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Marilena Yuriko Nishiyama
nossa ainda bem que o Leonardo descobriu as falcatruas que o próprio filho fez a empresa,e essa Bianca morta de fome querendo dar em cima do Leonardo,mas ele não é igual ao Gustavo pamonha,um mulherengo e sim Leonardo é um homem com h maiúsculo.....fiquei feliz por ele tirar tudo do filho,que agora não tem nada por ter sido um filho patético e infantil
2025-03-24
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Anonyamor
Que tristeza, que triste fim teve o pai da Mariana, morreu com um tiro dado pela megera gananciosa da Isabel, mulher vil escrota sem coração sem caráter
Fiquei triste pela Mari mas feliz com o desfecho que o filho imbecil está tendo sem ficar com nada ficar na miséria e com a vagabundagem da amante !!!
2025-03-26
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Maria Sena
Achei que ainda foi pouco a surra que o vagabundo levou, mas só o fato que ele vai mendigar compensa o castigo dele. E que a maldita amofadinha picareta apodreça na cadeia.
2025-03-26
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