Minhas mãos ainda tremiam. Eu saí do banheiro como se estivesse fugindo de um incêndio. Meu coração batia tão forte que parecia que ia saltar do peito. A música alta da boate parecia distante e abafada.
Leonardo, ele voltou, ele me encontrou.
Aquele olhar. Aquele maldito olhar intenso e penetrante, me queimando por dentro como brasas vivas. Eu não podia negar. Ele despertava algo em mim. Algo que eu não sabia nomear. Algo que fazia minha pele formigar e meu corpo reagir antes que minha mente pudesse pensar.
Me apoiei na parede do corredor, respirando fundo.
— Merda… — sussurrei para mim mesma.
Eu preciso ir embora.
Meu plano de fugir para o banheiro deu errado. Ele me seguiu. Ele me prendeu lá dentro.
E o pior de tudo? Eu não lutei. Eu não queria lutar.
Quando ele sussurrou no meu ouvido, quando me segurou pela nuca e me olhou daquele jeito possessivo e seguro… meu corpo queria ceder. Meu coração estava disparado, minha pele formigava, e a lembrança do toque dele ainda estava em mim.
Mas eu não podia. Ele era o pai do meu ex-marido.
Ele era Leonardo Vasconcellos. O que as pessoas falariam? Ainda mas ele, que é conhecido no mundo inteiro.
— Mari?
A voz de Ane me trouxe de volta à realidade.
Pisquei algumas vezes, forçando minha respiração a voltar ao normal.
— O que houve? Você está branca. — Ela se aproximou, segurando meu braço.
— Nada… eu só… preciso sair daqui.
Ane franziu a testa.
— O que aconteceu? Você encontrou alguém?
Hesitei por um momento antes de soltar:
— Leonardo.
Os olhos dela se arregalaram.
— Espera… Leonardo? O seu ex-sogro?
Assenti.
Ela piscou algumas vezes, claramente chocada.
— E o que ele fez? Ele te destratou por causa do filho dele, Foi isso? Se for, vou procurar esse senhor agora mesmo e perguntar qual é a dele.
Suspirei, passando a mão pelo rosto.
— Não é isso. — falei, segurando o braço dela, antes que fizesse uma besteira. — Ele me viu, me seguiu até o banheiro e…
Ane segurou meu pulso, me puxando para um canto mais discreto da boate.
— E?!
Mordi o lábio inferior, sentindo meu corpo inteiro arrepiar ao lembrar da forma como ele me tocou, como me olhou.
— Ele me confrontou. Disse que eu mechi com os sentidos dele, vestida dessa forma.
Ane soltou um suspiro incrédulo.
— Macho alfa típico. Mas e você? O que fez?
Meu rosto esquentou.
— Eu tentei fugir. Mas… Ane… — Fechei os olhos por um momento antes de soltar a verdade. — Eu queria que ele me beijasse, eu queria ele com toda a minha alma, eu queria senti-lo porra, entende?
Ela arregalou os olhos, soltando um grito abafado.
— O QUÊ?! Queria dar pra ele? Sua safada.
— Shhh! — Olhei ao redor, certificando-me de que ninguém estava ouvindo.
Ela segurou meus ombros, os olhos brilhando de surpresa e empolgação.
— Mariana, você tá me dizendo que quer ficar com o pai do Eduardo, seu ex - sogro, é isso mesmo?
Engoli em seco.
Não era tão simples assim. Mas… também não era tão complicado. Eu queria resistir. Queria. Mas algo em Leonardo me atraía como um ímã. Ele não é aquele homem de 50 anos, que muitas pensam ser idoso, não. Ele é atraente, seu perfume é cheiroso, ele se cuida perfeitamente, tanto que nem parece ter a idade que tem. O homem tem uma lábia, uma pegada quente que deixa qualquer uma de pernas bambas. Ele sabe dar carinho, prazer. É algo que você percebe de cara, só quando ele te toca, quando ele fala com aquela voz rouca ao ouvido, te faz estremecer por inteira.
Ele é desejo, perigo, proibido. Mas é real em tudo o que te faz sentir.
Antes que eu pudesse responder, senti um arrepio percorrer minha espinha.
Um calafrio quente, como se eu estivesse sendo observada, e de certa forma sim, eu estava.
Virei a cabeça devagar, e então vi. Leonardo estava me observando de longe. Os olhos castanhos cravados em mim, intensos, predatórios.
Ele estava encostado no balcão do bar, segurando um copo de uísque na mão. Mas seu olhar, seu olhar era só meu. Minha respiração travou.
Ane percebeu na mesma hora.
— Meu Deus… — Ela sussurrou. — Ele está te comendo com os olhos, literalmente fodendo você.
Minha mente gritava para eu sair dali. Mas meu corpo… Meu corpo queria ficar.
— Vamos embora, Ane. Vamos logo. — puxei-a pelo braço, sem olhar para trás.
Ane percebeu minha urgência e não discutiu. Caminhamos apressadas até o estacionamento da boate, e em poucos minutos estávamos dentro do carro, seguindo para casa.
O caminho foi silencioso, mas meu coração continuava acelerado, como se Leonardo ainda estivesse me olhando. Como se seus olhos ainda estivessem queimando cada parte do meu corpo.
Maldito seja ele. O que ele fez comigo? Por que eu não conseguia tirar aquela cena da minha cabeça?
— Você está muito calada. — Ane comentou enquanto dirigia.
Cruzei os braços, olhando pela janela.
— Só estou cansada.
Ela riu baixinho.
— Cansada ou abalada?
Fiz uma careta.
— Ane…
— Tá bom, tá bom! Sem julgamentos. — Ela levantou as mãos em rendição. — Mas que ele estava te devorando com os olhos, isso estava. O cara nem parece ter cinquentão, é um baita homem, bem comestível.
Engoli em seco, tentando ignorar a onda de calor que percorreu minha pele.
Sim, ele estava me devorando. E eu senti isso em cada célula do meu corpo.
Assim que chegamos, saí do carro e entrei direto, sentindo como se finalmente pudesse respirar.
Ane foi para a cozinha, e eu a segui. Fizemos algo leve para comer enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias. Depois que terminamos, Ane foi para o quarto falar em chamada de vídeo com o namorado, e eu fiquei na cozinha, lavando meu prato. Meus movimentos eram automáticos.
Após terminar de lavar o prato, me dirigi até meu quarto. Entrei no banheiro, tirei o vestido e deixei-o cair ao chão. O reflexo no espelho mostrou minhas bochechas ruborizadas e os seios empinados, os mamilos duros. Meu corpo ainda estava reagindo ao que aconteceu.
Liguei o chuveiro e entrei, sentindo a água quente deslizar pela minha pele. Deixei que lavasse não apenas o suor da noite, mas também as sensações que ainda queimavam dentro de mim.
Mas foi quando passei o sabonete entre minhas pernas que percebi.
Meu corpo já tinha me traído.
Meus dedos deslizaram pela minha intimidade e senti a umidade escorrer.
Uma gosma quente, prova irrefutável do desejo que eu não queria admitir.
Minha respiração vacilou, e a vergonha me atingiu.
Maldito desejo.
Mordi o lábio, corando ainda mais. Me enxuguei depressa e saí do banheiro, vestindo apenas uma camisola leve e me jogando na cama.
Mas não importava o quanto eu tentasse afastar as imagens, elas voltavam.
A voz dele, o toque, os olhos escuros prendendo os meus. E então lembre do que ele havia me dito:
"Assim que tiver deitada em sua cama essa noite, explore seu corpo, imagine minhas mãos em cada parte. E quando finalmente estiver louca de prazer, chame pelo meu nome, Mariana. Só quero que você constate que é louca por mim. Se não for, a deixo em paz."
Eu não devia.
Mas minha pele estava quente, minha intimidade pulsava, e o calor entre minhas pernas era insuportável.
Deixei meus dedos deslizarem pela pele, escorregando pelas curvas do meu corpo. Minhas mãos eram tímidas no início, mas, aos poucos, fui deixando a vergonha de lado.
Fechei os olhos e imaginei as mãos dele no lugar das minhas. Lentamente, deslizei meus dedos sobre os seios, apertando suavemente, sentindo o bico enrijecer. Uma onda de prazer percorreu meu corpo, e um gemido baixo escapou dos meus lábios.
Meu corpo inteiro formigava, ansiando por mais.
Meus dedos desceram pela barriga, explorando a pele macia, até chegarem ao centro pulsante entre minhas pernas.
Mordi os lábios assim que toquei meu clitóris, sentindo a eletricidade percorrer meu corpo.
— Ah… — ofeguei, movendo os dedos em círculos lentos, sentindo o prazer se intensificar.
Na minha mente, não eram os meus dedos, era os dele.
Senti um arrepio percorrer minha espinha quando imaginei sua boca, seus lábios quentes explorando cada parte minha.
Seus dedos…
Seus beijos…
Sua voz rouca sussurrando no meu ouvido:
"Você gosta disso, Mariana?"
Minha respiração ficou mais rápida. Minhas coxas se contraíram. A pressão aumentava, meu corpo inteiro fervia.
O prazer subia em ondas, me levando a um limite que eu nunca tinha experimentado antes.
Eu estava prestes a gozar pensando nele.
— Leonardo… — seu nome escapou dos meus lábios sem que eu percebesse.
E então, tudo explodiu.
Meu corpo se arqueou, e um tremor percorreu minha espinha. Uma onda intensa de prazer me atingiu, arrancando um gemido abafado enquanto meu orgasmo tomava conta de mim.
Minhas pernas ficaram fracas, minha respiração falhou, e eu afundei no colchão, sentindo o calor do pós-prazer se espalhar por minha pele.
Meus olhos estavam pesados, minha mente confusa. Mas uma coisa estava clara.
Eu o queria, desejava, e não importava o quanto eu tentasse negar, meu corpo já tinha tomado a decisão por mim.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Maria Sena
Noooossa mãe, que capítulo elétrico foi esse minha gente. Será se mais alguém aí sentiu calor nos países baixos? Autora querida, responda uma dúvida, prometo que não volto pra ninguém. Como fica sua cabeça e corpo depois de escrever um capítulo desse, principalmente a parte que o gostosão fala aquelas palavras no ouvido da Mariana? Porque só eu lendo já fiquei uma fogueira, imagina a autora hem? 🤔🤔🤔😅😅😅😅
2025-03-26
13
Marilena Yuriko Nishiyama
Mariana se entregue ao Leonardo mulher,vc e ele se querem e isso é inegável
2025-03-24
5
Iry Silva 🔖
Tá esperando o que mesmo minha filha, se joga nesse homenzarrão, e se formos analisar a situação ele nunca foi seu sogro mesmo, seu casamento foi só um mero papel assinado mesmo ...Vai se deliciar nessa delícia garota😀😀😀
2025-03-27
1