A noite estava silenciosa em minha casa. Um silêncio que, por alguma razão, parecia mais inquietante do que reconfortante.
Eu estava sentado no escritório, revisando algumas informações no tablet, enquanto aguardava o relatório que pedi sobre Mariana. Meu segurança pessoal ainda não tinha me dado notícias.
A espera me irritava.
Peguei um copo de uísque e dei um longo gole, quando meu telefone vibrou sobre a mesa.
Olhei o nome na tela e atendi.
— Leonardo Vasconcellos, como vai essa vida?
Era Renato, um velho amigo que eu não via há um bom tempo.
— Depende do que você quer, Renato. — Respondi, levando o copo aos lábios novamente.
— Quero te tirar dessa caverna e te arrastar para uma boate. Estamos todos aqui. Faz tempo que não saímos para beber como antigamente. Eu soube que está na cidade, e pensei, porque não convidá-lo?
Soltei um suspiro, recostando-me na cadeira.
— Não estou no clima para isso.
— Você não precisa beber, nem dançar, nem conversar com ninguém. Só aproveitar a noite, como nos velhos tempos. Venha cara, queremos te ver.
Inclinei a cabeça para o lado, ponderando.
Enquanto não tinha notícias de Mariana, eu não tinha muito o que fazer além de esperar.
— Em qual boate vocês estão?
Renato riu.
— Sabia que aceitaria. Vou te mandar o endereço. Estamos te esperando.
Desliguei o telefone e me levantei.
Se era para esperar, que pelo menos fosse me distraindo.
Depois de um banho quente, parei na frente do espelho. Meu reflexo mostrava exatamente o homem que eu era: frio, implacável e cada vez mais impaciente.
Peguei o aparelho de barbear e aparei a barba com cuidado. Mantive-a curta, bem alinhada. O que me deixou mais jovem. Apesar da idade que tenho, não pareço velho, me cuido bastante.
Depois, passei os dedos pelos cabelos, ajeitando-os da forma que gostava, um pouco desalinhados, mas elegantes. Peguei um frasco do meu perfume favorito e apliquei algumas borrifadas no pescoço e nos pulsos.
Escolhi uma camisa preta, justa o suficiente para destacar meus ombros largos e meu físico bem cuidado. A calça jeans escura e um relógio de couro completavam o visual.
Nada extravagante.
Mas eu nunca precisei de muito para ser notado.
Assim que terminei, saí de casa e entrei no carro.
Cheguei à boate minutos depois, e logo encontrei meus amigos.
Renato e os outros estavam em um camarote reservado, cercados por bebidas caras e mulheres interessadas. Não demorei a me sentar e aceitar o copo de uísque que me foi oferecido.
— Então, como está sendo seu retorno ao Brasil? — Renato perguntou.
Dei de ombros, tomando um gole da bebida.
— Complicado.
Ele riu.
— Quando não é?
Continuei bebendo, conversando superficialmente. Mas minha mente estava longe dali. Até que um dos amigos ao meu lado cochichou algo em meu ouvido.
— Dá uma olhada naquela gata que acabou de entrar.
Eu não me dei ao trabalho de olhar, não estava interessado em ninguém. Só havia uma mulher que eu queria.
O silêncio ao meu redor se fez presente. Meus olhos, instintivamente, seguiram a direção que me apontaram. E, merda, lá estava ela. Mariana. Eu não podia acreditar que era ela, até que continuei olhando e me certifiquei que realmente era ela.
Ela atravessava a pista de dança como se pertencesse àquele lugar, mas tudo nela dizia o contrário.
Mariana não era uma mulher que passava despercebida. Não com aquele maldito vestido vermelho que abraçava cada centímetro de seu corpo como se tivesse sido feito exclusivamente para ela.
Minhas mãos se fecharam ao redor do copo.
O decote era perfeito na medida certa.
A curva do quadril… o jeito que o tecido deslizava suavemente sobre suas pernas…
Aquela mulher não deveria estar vestida assim em um lugar como esse. E, principalmente… Não deveria estar assim diante dos olhos de tantos homens.
Vi como eles a observavam, como a devoravam com os olhos. Alguns lançavam olhares discretos, e outros, sem um pingo de vergonha, deixavam claro o interesse.
Algo dentro de mim ferveu.
Peguei o copo e virei o líquido de uma vez, sentindo a bebida queimar minha garganta. Depois, olhei diretamente para os homens ao meu redor e rosnei entre dentes:
— Essa é minha. Tirem o olho.
Eles riram, levantando os copos.
— Leonardo, você é o cara! — Renato debochou. — vai lá garanhão, pega a gata de jeito.
Mas eu não ri.
Me levantei sem mais explicações e fui atrás dela.
Eu a vi entrar no toalete feminino, assim que me viu. Esperei alguns segundos, observando as mulheres saírem.
Quando tive certeza de que ela estava sozinha lá dentro, caminhei até a porta e entrei.
Antes de fechar, virei a plaquinha na porta para "INTERDITADO - NÃO ENTRE".
Agora ninguém nos incomodaria.
O ambiente era pequeno, iluminado por luzes brancas e com um perfume floral no ambiente.
Mariana estava diante do espelho, de costas para mim. E pelo reflexo, eu vi o exato momento em que ela percebeu minha presença.
Seus olhos se arregalaram, sua respiração vacilou.
Ela virou-se de repente.
— O que você está fazendo aqui?
— E eu ia perguntar, porquê sempre que me vê, sai correndo?
Ela cruzou os braços sobre o corpo, como se quisesse esconder o vestido. Como se, de alguma forma, tivesse noção do que estava fazendo comigo ao usá-lo.
Aquela visão me desgraçava.
O vestido vermelho abraçava cada centímetro da sua pele, e agora que estávamos sozinhos, eu podia ver com mais atenção o quão malditamente perfeita ela estava. Seu olhar evitava o meu. Suas mãos apertavam a pia para conter o nervosismo. Ela tentava controlar a respiração. Mas eu via o arrepio na pele exposta de seus ombros.
Aproximando-me devagar, deixei meu olhar cair sobre cada detalhe dela. O contorno da cintura, a curva do quadril, o decote que tentava esconder.
— Eu deveria perguntar, Mariana… — murmurei, me aproximando o suficiente para que ela sentisse meu calor. Encurralei ela entre meus braços e a pia de mármore. — Para quem você está tentando se exibir desse jeito?
Ela arregalou os olhos, e seu corpo ficou ainda mais tenso.
— Eu não estou tentando me exibir para ninguém!
Soltei um riso baixo.
— Não?
Meu olhar desceu lentamente pelo corpo dela, e o rubor subiu por seu rosto.
Ela estava nervosa. E eu adorava vê-la assim.
— Não me venha com esse seu joguinho, Leonardo, por favor — Atropelou as palavras. — me deixe passar.
Minha mandíbula travou.
— Joguinho? Vestida dessa forma, me deixa completamente louco. Acho que é você quem está jogando com meus sentidos.
Ela não percebia?
Não via que, desde que cruzei aquela porta e a vi vestida assim, nenhum outro pensamento cruzou minha mente além da certeza de que ela era minha?
Minha mão se ergueu antes que eu pudesse controlar. Deslizei os dedos pelo tecido fino do vestido, sentindo o calor da pele sob ele. Mantive meu olhar nos dela, explorando cada parte do seu corpo, enquanto ela fecha os olhos.
Ela estremeceu.
— Leonardo… — Sua voz saiu falha.
Ela sentia o mesmo desejo.
Encostei minha boca em seu ouvido.
— Você pode até tentar fugir, mas, no fundo, sabe que sente o mesmo desejo que sinto. Você sabe disso tanto quanto eu. E sei o quanto sua böcëta está molhadinha agora. Louca para sentir meu pau enterrado em você.
Ela virou o rosto, ficando cara a cara comigo.
O desejo estava ali, estampado no olhar dela.
Mas também havia confusão. E eu queria apagar qualquer incerteza que ela tivesse.
Ergui a mão até sua nuca, envolvendo os dedos em seus cabelos macios, puxando-a levemente para mim.
Seu corpo cedeu, seus lábios entreabriram-se.
O momento se estendeu, tenso, elétrico.
Então, em um último momento de resistência, ela empurrou meu peito.
— Eu não posso, não quero.
Aquelas palavras acenderam algo dentro de mim.
Mentira, ela sabia tão bem quanto eu. Mas se Mariana queria jogar, eu entrarei nesse jogo.
Inclinei a cabeça, deixando meu olhar cair sobre os lábios dela antes de responder:
— Tudo bem, mas faça algo para mim. Assim que tiver deitada em sua cama essa noite, explore seu corpo, imagine minhas mãos em cada parte. E quando finalmente estiver louca de prazer, chame pelo meu nome, Mariana. Só quero que você constate que é louca por mim. Se não for, a deixo em paz.
Dei-lhe espaço para que ela respirasse, ela se segurou na pia, sei que suas pernas estavam bambas. Mostrei um sorriso ajeitando minha camisa e sai do toalete deixando ela sozinha.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Maria Sena
Eita autora, agora sim, a coisa vai começar a ficar bom demais. Caracas, que pegada esse homem tem hem, aqui sentir um fogarel na perseguida, imagina a coitada. Deve ter ficado toda molhada do de ouvir as sacanage que ele foi no ouvido dela. UUUIIIIIII PAPAI!!!😜😜😜😜😜
2025-03-25
8
Marilena Yuriko Nishiyama
depois dessa Mariana,se entregue a ele,pois esse sim é um verdadeiro homem
2025-03-24
2
Iry Silva 🔖
Ui ui que foi isso Leonardo, deixou a pobi da Mariana sem açãoe de calcinha molhada e pelo jeito o homi tem uma pegada de levar a mulher a loucura 👏🏽👏🏽👏🏽
2025-03-27
2