Capítulo 17

Antes que eu pudesse abrir o e-mail e revisar o relatório que Mateo havia me enviado, Mariana apareceu na cozinha. Ela estava mais calma do que na noite anterior, ou talvez apenas fingisse estar.

Fechei o notebook discretamente e voltei minha atenção para ela. Nada era mais importante do que Mariana agora.

— Bom dia. Não deveria ter acordado tão cedo. Você está bem? — perguntei, observando ela com atenção.

Mariana sorriu levemente, mas algo em seus olhos ainda carregava preocupação.

— Estou sim. Obrigada por tudo, Nardo, obrigada mesmo, de verdade.

Um sorriso puxou meus lábios ao ouvir o apelido que ela me deu.

— Olha só, me deu até um apelido carinhoso. Amei. — brinquei, esperando que isso a fizesse sorrir de verdade.

Funcionou. Ela riu baixinho, e eu senti um calor agradável se espalhar dentro de mim.

Mas então, seus olhos desviaram dos meus e ela suspirou.

— Bom… eu tenho que ir. Minha amiga já deve estar preocupada comigo.

Minha vontade era dizer que ela não precisava ir para lugar algum, mas segurei minha possessividade.

— Fique só mais um pouco para tomar café da manhã comigo. Só um pouquinho. — pedi, sabendo que se ela aceitasse, teria mais tempo para convencê-la a ficar.

Ela pensou por um segundo antes de assentir.

— Tudo bem.

Satisfeito, fui até a bancada e preparei um café reforçado. Pão, frutas, suco, café, ovos mexidos e torradas. Tudo do jeito certo para garantir que ela comesse bem.

Sentamos juntos e conversamos sobre coisas simples, coisas triviais. Era bom vê-la mais solta, mais confortável comigo.

Mas, enquanto ela falava, minha mente estava presa no fato de que, em breve, ela iria encontrar Isabel.

E eu não queria que ela saísse daquele apartamento.

— Nardo?

Mariana me chamou, me tirando dos pensamentos.

— Hã?

— Você está distante. O que tanto pensa?

Eu podia mentir. Mas Mariana sabia quando eu mentia.

— Estou pensando que não quero que você vá embora.

Ela piscou, e um rubor subiu em seu rosto.

— Leonardo…

— Fique comigo, somente diga que você me quer. Que me quer tanto quanto eu quero você. Será o suficiente para mim.

Ela mordeu o lábio, e minha atenção foi imediatamente sugada para aquela pequena ação.

Foi o suficiente para me fazer perder qualquer controle que eu ainda tinha.

Coloquei minha xícara sobre a mesa e deslizei minha mão até a dela, entrelaçando nossos dedos.

— Não fuja de mim, Mariana.

Seus olhos brilharam. Ela sabia do que eu estava falando.

O ar entre nós ficou pesado, quente. A mesma tensão da noite passada voltou a nos envolver.

A respiração dela ficou mais acelerada, e seu peito subia e descia rapidamente.

Não aguentei mais.

Ergui a mão para seu rosto e deslizei os dedos por sua bochecha antes de segurá-la pela nuca e puxá-la para mim.

Nossos lábios se encontraram.

O beijo começou calmo, mas logo se transformou em algo fervoroso, urgente.

Mariana gemeu contra minha boca, e o som fez todo o meu corpo reagir instantaneamente.

Levantei-me, puxando-a junto comigo, sem separar nossos lábios. Eu precisava dela. Precisava senti-la por inteiro.

Segurei sua cintura e a ergui, fazendo com que ela envolvesse suas pernas ao redor do meu quadril.

— Nardo… — ela gemeu, jogando a cabeça para trás quando comecei a beijar seu pescoço.

Minha boca deslizou por sua pele macia, enquanto minhas mãos subiam lentamente por suas coxas, explorando cada pedaço dela.

A leve hesitação que senti em seu corpo me fez parar por um instante.

— O que foi?

Ela mordeu o lábio e desviou o olhar.

— É que…

Percebi que ela estava nervosa.

— Fale comigo, meu amor. — murmurei, segurando seu rosto para que ela me olhasse nos olhos. — Você não quer?

Ela engoliu em seco antes de finalmente confessar:

— Eu… ainda sou virgem.

O choque me atingiu em cheio.

Um sorriso de puro alívio se espalhou pelo meu rosto antes que eu pudesse evitar.

— Por que está sorrindo? — ela perguntou, tapando os olhos. — É porque uma mulher com 25 anos, ainda é virgem? — Ela continuou.

Passei a língua pelos lábios, saboreando a informação.

— Não é isso. É porque isso significa que o moleque do meu filho nunca te tocou.

Ela piscou, e então abriu um sorriso envergonhado.

— E isso te faz feliz?

Apertei sua cintura, puxando-a ainda mais para mim.

— Me faz o homem mais feliz desse mundo, Mariana. Porque significa que sou o primeiro… e o único.

Ela corou intensamente.

Eu adorava vê-la assim.

— Você quer que eu pare? — perguntei, segurando sua nuca com delicadeza. — Se ainda não se sentir pronta, eu paro.

Ela me olhou nos olhos, e vi a certeza brilhar neles.

— Não. Eu quero você.

Aquelas palavras foram tudo o que precisava ouvir.

Me afastei apenas o suficiente para levá-la até o quarto. Eu queria fazer isso direito.

Deitei ela com cuidado sobre a cama e a olhei nos olhos, procurando qualquer vestígio de dúvida. Não havia nenhum.

Beijei-a novamente, com toda a intensidade que sentia por ela. Minhas mãos desceram lentamente, explorando cada curva, cada pedaço de pele quente.

Foi então que eu vi. Manchas roxas, pequenos hematomas espalhados por seus braços, suas costelas, sua cintura.

Meu corpo inteiro ficou tenso.

— Quem fez isso com você? — minha voz saiu baixa e letal.

Ela desviou o olhar, mordendo o lábio, e meu sangue ferveu.

— Mariana. — Minha voz era fria como gelo. — vamos, me fale a verdade.

Ela suspirou, fechando os olhos por um momento antes de finalmente murmurar:

— Eduardo.

Minha mandíbula travou.

Fechei os punhos ao lado do corpo, sentindo uma fúria avassaladora me consumir. Ele não apenas a humilhou, a ignorou, a tratou como nada… Ele teve a audácia de machucá-la.

E agora, eu via as marcas disso na pele dela.

Mariana segurou meu rosto com as mãos, forçando-me a olhá-la nos olhos.

— Leonardo, não pense nele agora. Essa manhã é sobre nós.

Minha respiração ainda estava pesada, mas ao ver o brilho nos olhos dela, percebi que ela estava me dando algo muito maior do que um simples momento de prazer.

Ela estava se entregando para mim, confiando em mim, e eu não estragaria isso.

Acariciei seu rosto com a ponta dos dedos, suavizando minha expressão.

— Você é minha, Mariana. E não permitirei que nenhum canalha machuque você novamente.

Ela sorriu levemente.

— Sou sua.

E então, nada mais importou, apenas nós dois.

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Comments

Marilena Yuriko Nishiyama

Marilena Yuriko Nishiyama

ah finalmente a Mariana irá se entregar ao Leonardo.......e espero que ele dê uma surra ao cretino do filho dele🤬

2025-03-24

8

Maria Sena

Maria Sena

Gente meu celular tá extremamente louco, oh vontade de tocar ele na parede. Mas pior vou fazer com a maldita mãe da Mariana se ela se atrever atrapalhar o hot de bilhões.
Vou entrar nessa história e depenar a galinha e jogar na água quente. 😡😡😡🤬🤬😈

2025-03-26

3

Iry Silva 🔖

Iry Silva 🔖

Eduardo Eduardo, agora realmente vocey conseguiu mexer a fúria de Leonardo, e olha que ele ainda nem viu o email que Matheo lhe enviou... Sua batata tá assando .. Adoro..
Naira tenho certeza que você caprichou nesse hot 👏🏽👏🏽😃😃

2025-03-27

1

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