Leonardo estava perto, perto demais.
Eu podia sentir seu cheiro amadeirado, misturado ao leve toque do uísque que ele ainda segurava. Seu corpo quente irradiava uma presença forte, dominante, como se me puxasse para dentro de um abismo do qual eu sabia que nunca mais sairia.
E eu não queria sair.
Levei o copo aos lábios e bebi um gole do uísque, sentindo a ardência descer pela minha garganta, mas nada se comparava ao fogo que queimava dentro de mim. Era insuportável.
Os olhos de Leonardo estavam fixos nos meus, penetrantes, esperando… desafiando.
Eu não fugi.
Antes que minha mente pudesse registrar o que meu corpo já havia decidido, eu deixei o copo sobre o balcão de mármore e avancei.
Minhas mãos tocaram o rosto de Leonardo e, sem arrependimento, capturei seus lábios com os meus. Ele não se moveu por um segundo, como se estivesse me testando. Mas então… ele reagiu.
E quando reagiu, foi como um incêndio incontrolável.
Leonardo largou o copo dele, deixando-o bater na mesa, e agarrou minha cintura, me puxando bruscamente para si. O impacto dos nossos corpos fez meu coração disparar. Sua boca tomou a minha com urgência, seus lábios macios, quentes, explorando cada canto meu. Era faminto, desesperado, como se tivesse esperado por isso por tempo demais.
E talvez tivesse.
Minha língua deslizou contra a dele, e Leonardo gemeu contra minha boca, segurando minha nuca com uma das mãos enquanto a outra desceu lentamente até a curva da minha bunda.
Meus dedos cravaram em seus cabelos, puxando-o ainda mais para mim. Eu já estava sem fôlego, mas não conseguia parar.
Ele me ergueu de uma vez, me fazendo envolver suas pernas ao redor da sua cintura. Seu corpo forte sustentava o meu como se eu não pesasse nada. Caminhou comigo até o balcão da cozinha, me colocando sentada ali, suas mãos deslizando por minhas coxas até subirem por dentro do vestido, encontrando minha intimidade latejante.
— Você não faz ideia do quanto eu sou louco, completamente louco por você — ele murmurou contra minha boca, sua respiração quente.
Eu gemi quando senti seus dedos pressionando minha buceta ainda coberta pela calcinha.
— Leonardo ... — gemi puxando seu cabelo suavemente.
Ele rosnou ao ouvir meu gemido, seus olhos escurecendo ainda mais.
— Diga meu nome de novo.
Ele puxou minha calcinha para o lado e deslizou um dedo entre os lábios molhados, explorando cada parte sensível da minha buceta. Meu corpo arqueou instintivamente, buscando mais contato, mais pressão, mais dos seus dedos.
— Leonardo… — gemi novamente, minha cabeça caindo para trás enquanto ele brincava ali, provocando, torturando.
— Porra, você está tão molhada. — sua voz saiu rouca, cheia de desejo. — O que eu faço com você, Mariana?
Eu não podia negar, eu queria ele. Mas eu estava com medo. Aquela seria a minha primeira vez, como foi o meu primeiro beijo. O beijo mais gostoso da minha vida.
Desci minhas mãos pelo seu peito, sentindo seus músculos rígidos por baixo da camisa. Minhas unhas arranharam seu abdômen quando comecei a abrir os botões, desesperada para sentir sua pele contra a minha.
Leonardo pegou minha mão e a guiou até seu membro rígido dentro da calça.
— Sente isso? — ele sussurrou contra minha boca, mordiscando meu lábio inferior.
Eu engasguei com o ar ao sentir o tamanho da sua ereção, pressionada contra o tecido do terno. Ele era grande, grande demais eu diria, o que me apavorou mais ainda.
— Isso é tudo culpa sua, bebê. Você desperta em mim todos os desejos e pensamentos mais impuros que possa existir.
Meu corpo inteiro estremeceu.
Eu já não tinha mais controle sobre nada.
Deslizei a mão pelo zíper da calça, pronta para finalmente senti-lo por inteiro, mas então, o som de um celular tocando interrompeu o momento.
Minha mente estava tão nublada pelo desejo que demorei um segundo para perceber que era o meu telefone.
Leonardo rosnou de frustração quando eu tentei afastá-lo para ir atender.
— Ignore.
— Tenho que atender.
Com o coração ainda acelerado e o corpo em chamas, deslizei para fora do balcão e peguei o telefone na bolsa.
Quando olhei para o visor, senti todo o meu desejo se evaporar em um segundo. Era um número desconhecido. Mas algo dentro de mim dizia que eu precisava atender.
Respirei fundo e aceitei a chamada.
— Alô?
Do outro lado da linha, uma voz feminina e fria soou como um maldito gelo.
— Querida!
Meu coração parou.
Era minha mãe.
Meus dedos apertaram o celular com força, e meu coração acelerado pelos toques de Leonardo agora batia por um motivo completamente diferente.
Medo, Ódio, Dor.
Eu me afastei dele, respirando com dificuldade. Eu não queria que ele ouvisse.
— O que você quer? — minha voz saiu trêmula, mas tentei mantê-la firme.
Do outro lado da linha, minha mãe soltou uma risada baixa, fria e venenosa.
— Direta como sempre. Estou surpresa que atendeu.
— Eu só atendi porque ligou com número restrito. Então não tenho tempo para os seus jogos, senhora Isabel. Diga logo o que quer.
Houve um breve silêncio, e então ela suspirou.
— Quero te ver.
Meus músculos travaram.
— Nem morta.
— Oh, minha querida, tenho certeza de que você mudará de ideia depois do que vou dizer.
Meu peito subia e descia rapidamente. Eu sabia que não vinha coisa boa.
— Estou ocupada.
— Mariana. — A doçura forçada na voz dela desapareceu, substituída por algo muito mais cruel. — Preciso vê-la amanhã mesmo, acha que eu não saberia que você se divorciou? Sua ingrata. Garota burra. — rosnou.
— Pense o que quiser, já sou bem grandinha para decidir o que é bom ou ruim para mim.
— Eu tirei seu pai da clínica.
Minha mente se desligou por um segundo.
— O quê?
Ela riu novamente, mas dessa vez o som foi mais baixo, mais vicioso.
— Adivinha só? O querido Antony não está mais recebendo os cuidados que você tanto se esforçou para bancar. Eu o tirei de lá.
Meus joelhos cederam, e eu tive que me segurar na beira do balcão para não cair.
— Você está mentindo.
— Querida, eu nunca minto sobre coisas tão sérias. Ele já está velho mesmo, não presta para mais nada. Porque não deixamos ele dar uma murridinha?
Fechei os olhos, sentindo a bile subir pela minha garganta.
— Onde ele está?
— Ah, eu te conto… Amanhã.
Meu corpo inteiro ficou tenso.
— Amanhã?
— Sim, às dez da manhã. Eu escolhi um local perfeito para nosso reencontro. Anote nessa sua cabeça de vento.
Fiz que não com a cabeça, como se ela pudesse me ver.
— Não. Me diga agora onde ele está!
— Não seja dramática, Mariana. Você quer saber onde seu pai está, não quer? Então nos encontramos amanhã.
Senti as lágrimas queimarem meus olhos.
— O que você fez com ele? O que você fez com ele?
— Ainda nada. Mas se você não aparecer… bem você já sabe.
Ela deixou a ameaça suspensa no ar, e meu coração bateu descompassado.
Ela era capaz de qualquer coisa. Qualquer coisa.
Meu corpo inteiro tremia.
— Diga onde ele está, Isabel. Agora. Meu pai não pode ficar muito tempo longe dos cuidados dos médicos.
— Amanhã, garota estúpida. Às dez.
E antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, a linha ficou muda. Ela havia desligado.
Fiquei paralisada, encarando a tela do telefone. Minhas mãos estavam suando. Meu corpo inteiro tremia.
— Mariana?
A voz de Leonardo me trouxe de volta à realidade.
Quando levantei o olhar para ele, não consegui conter as lágrimas.
Elas caíram.
— O que aconteceu? — Ele perguntou, sua voz agora carregada de preocupação.
Mas eu não consegui responder.
Apenas desabei em prantos. Ele me segurou antes que eu pudesse desabar completamente, e me abraçou. Me abraçou forte.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Marilena Yuriko Nishiyama
essa megera da Isabel 🤬🤬🤬.....espero que a Mariana conte para o Leonardo sobre o que está acontecendo pois ele pode ajudar
2025-03-24
6
Maria Sena
Autora do céu, eu não acredito no que tô vendo, logo agora no exato momento que eu ia ver o cavalo puro sangue em ação, a maldita enviada pelo capeta atrapalha. Ah não, agora já tô no puro ódio, vou entrar nessa história e depenar essa galinha. 😡😡😠😠🤬🤬😈
2025-03-26
3
Ivelise Rodrigues
Leonardo tem que fazer alguma coisa para proteger tanto Mariana quanto ao pai dela.
Essa mulher agora vai querer ser sustentada pela filha
2025-04-07
0