Sebastian Moretti – O Inferno em Paris
O frio cortante da madrugada se misturava à umidade das ruas de Paris quando Sebastian abriu a porta do hotel e deu o primeiro passo para fora. Sua mente estava alerta, cada músculo tenso, mas nem isso foi o suficiente para evitar o golpe certeiro.
Antes que pudesse reagir, um braço forte o prendeu pelo pescoço, e algo afiado pressionou sua lateral.
— Você achou mesmo que poderia sair impune, Moretti? — sussurrou uma voz fria atrás dele.
O ar ficou pesado. Ele não precisava ver o rosto do agressor para saber quem era. Anton Volkov, um dos últimos remanescentes da facção que ele havia destruído meses atrás.
Sebastian girou o corpo com violência, tirando o braço do oponente de sua garganta e jogando-o contra a parede. Mas Volkov estava preparado. O soco atingiu seu maxilar com força, fazendo sua cabeça pender para o lado. O gosto metálico do sangue invadiu sua boca.
— Você devia ter morrido há muito tempo, Moretti — Volkov rosnou.
Sebastian mal teve tempo de recuperar o fôlego antes que outro golpe viesse, desta vez em seu estômago. Seu corpo cedeu por um segundo, e foi o suficiente para que Volkov o derrubasse no chão, pressionando uma faca contra sua jugular.
Por um instante, a morte foi real. A lâmina gelada contra sua pele, o olhar cruel do inimigo... era assim que tudo ia acabar?
E então ela veio à sua mente.
Annyh.
Não era justo. Não era assim que ele queria ir. Ele não podia deixar essa história inacabada.
Com um impulso feroz, Sebastian agarrou o pulso de Volkov e o torceu, fazendo a faca cair no chão. O francês recuou, mas Sebastian já estava de pé, os olhos carregados de fúria. Um soco certeiro no nariz de Volkov o fez cambalear para trás, seguido de um chute na lateral do corpo.
Dessa vez, foi Volkov quem caiu.
Sem hesitar, Sebastian pegou a faca e apontou para ele.
— Se me ver de novo, eu mesmo termino o serviço — rosnou, o sangue escorrendo do canto de sua boca.
Ele não esperou resposta. Se virou e desapareceu na escuridão da rua.
Quatro anos de exílio
O tempo passou, mas a cicatriz daquela noite permaneceu. Não só no rosto dele, mas na alma.
Sebastian ficou preso em Paris, reconstruindo tudo que quase perdeu. A organização, a empresa, seu império. Mas, no meio de todas as estratégias, negociações e batalhas, havia um pensamento que nunca o abandonava.
Annyh.
Ele tentava afogar isso no trabalho, na bebida, em outras mulheres. Mas nenhuma delas era ela. Nenhuma delas tinha aqueles olhos, aquele sorriso, aquela presença que o fazia esquecer quem ele era.
No começo, ele achou que era apenas um capricho. Algo passageiro. Mas quatro anos depois, ele finalmente entendeu.
Ele não a queria porque ela era um desafio. Não porque ela tinha sido difícil de conquistar. Ele a queria porque ela era dele.
E ele a amava.
Não importava se ela tinha seguido em frente. Não importava se já não pensava nele. Ele precisava vê-la.
O Retorno
O avião pousou suavemente, mas dentro de Sebastian, nada estava calmo.
Ele olhou pela janela, observando a cidade abaixo. Tudo parecia igual, mas ele sabia que algo havia mudado. Ele havia mudado.
Assim que saiu do aeroporto, foi direto para o lugar que mais importava.
A casa dela.
Mas quando chegou, o destino jogou seu primeiro golpe.
Ela não estava lá.
A campainha tocou no vazio, a porta permaneceu fechada. Ele franziu a testa, tentando entender. Não fazia sentido. Ela deveria estar ali.
Será que ela havia ido embora? Será que tinha seguido com a vida dela e deixado tudo para trás?
Ele não sabia. E isso o estava matando.
Nos dias seguintes, tentou seguir com a própria vida. Passou mais tempo com seus pais, reencontrou os amigos. Mas algo dentro dele estava inquieto.
E então veio a realização cruel.
E se ele tivesse perdido ela para sempre?
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Danielle Pereira
se essa mulher voltar pra esse canalha e escroto ela é mais podre do ele
2025-03-31
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