A criança nasceu no dia 28 de agosto, saudável e linda. Annyh, embora ainda fraca devido ao tempo no hospital, não conseguia esconder o sorriso ao olhar para seu filho. Mesmo sem roupas adequadas, ela percebeu a situação e riu, sabendo que o caos em torno do nascimento impediu até mesmo Gabriel de comprar as roupinhas antes. A viagem que estava fazendo era para casa dos pais, onde a mãe dela a ajudaria a comprar tudo o que o bebê precisava.
Logo, seus pais chegaram ao hospital, cheios de preocupação, mas o sorriso no rosto da mãe de Annyh ao ver o neto foi o suficiente para aliviar um pouco a tensão. O avô estava ainda mais empolgado, imaginando o quanto o neto seria mimado. Annyh percebeu, então, como aquele menino já tinha mudado a dinâmica da casa, e sabia que ele seria o centro de toda a atenção dali para frente.
Com a visita das amigas, as coisas começaram a se ajeitar. Elas trouxeram roupinhas e tudo o que o bebê precisava, pois, sem elas, Noah teria saído do hospital apenas com a fraldinha. Annyh sentiu uma mistura de gratidão e cansaço. Gabriel também estava aliviado, mas não podia deixar de se sentir um pouco nervoso, já que ele, como médico de gravidez, sabia mais sobre a saúde do bebê do que sobre essas pequenas coisas do dia a dia.
Passaram-se duas semanas, e embora Annyh não estivesse totalmente recuperada, ela já estava em casa com seu filho e começando sua nova jornada. A sorte dela foi que estava de férias, o que facilitou a adaptação à vida com o bebê. Nos primeiros dias, sua mãe estava ao seu lado, ajudando a cada passo, ensinando-a sobre os cuidados com o bebê. Gabriel, sempre presente, também contribuía com seus conhecimentos médicos, embora soubesse que ser pai de primeira viagem não era uma tarefa simples.
O tempo foi passando devagar, até que, com o bebê já com 5 meses, Annyh e Gabriel decidiram ir a uma loja para comprar roupas para o menino, que já estava grandão. Durante a visita, a vendedora, sem saber a verdadeira paternidade, perguntou a Gabriel se ele gostaria de comprar roupas de carrinho ou de aviãozinho. Gabriel, como sempre, não resistiu à felicidade de ser considerado o pai de Noah, e um sorriso amplo surgiu em seu rosto.
Annyh observava, com um sorriso leve, sentindo-se tranquila, mas algo no ar parecia diferente, como se o futuro estivesse em constante movimento. Talvez fosse o destino que, de alguma forma, ainda tinha algo a mudar no caminho de todos eles. Algo que poderia interferir entre o futuro de Annyh, Gabriel e Noah. Mas, naquele instante, o que restava era apenas aproveitar o presente, sabendo que, enquanto estivessem juntos, nada mais importava.
Depois de um longo dia de compras, Annyh e Gabriel saíram da loja com sacolas cheias de roupinhas e acessórios para Noah. O sol estava começando a se pôr, tingindo o céu de laranja, e o clima leve parecia convidar para mais um pouco de diversão.
Annyh sorriu, olhando para o bebê no carrinho, que agora estava todo vestido com uma roupinha novinha. Gabriel, ao seu lado, se sentia mais do que feliz – ele estava ali, cuidando de tudo, de Annyh, de Noah, como sempre esteve, mas agora com um amor crescente que mal conseguia descrever.
– Vamos dar uma voltinha? – Annyh sugeriu, dando uma olhada para Gabriel.
– Claro, vamos. O que acha de tomar um sorvete? – Gabriel respondeu com um sorriso, querendo tornar aquele dia mais leve, mais feliz.
Eles caminharam até uma sorveteria próxima, onde o aroma doce de chocolate e baunilha se misturava no ar. Annyh pediu um sorvete de morango com cobertura de chocolate, e Gabriel, como sempre, escolheu o de pistache. Eles se sentaram em uma mesinha ao ar livre, aproveitando o frescor da noite que começava a cair.
Enquanto saboreavam os sorvetes, Annyh olhou para Gabriel e, por um momento, sentiu que a vida, apesar de todas as dificuldades, estava tomando um rumo diferente – um rumo mais feliz.
– Não pensei que um dia estaria fazendo isso – ela disse, rindo baixinho. – Mas é bom, muito bom.
Gabriel sorriu, olhando para ela e depois para o pequeno Noah, que estava dormindo tranquilamente no carrinho.
– Eu sempre soube que você iria ser uma ótima mãe. E que, de alguma forma, nossa vida seria assim... boa.
Annyh sentiu um calor no peito. A felicidade de estar ali, rodeada de pessoas que se importavam com ela, fazia tudo valer a pena. Ela apenas assentiu, tocando sua barriga com carinho.
– É, nossa vida está mudando, mas parece que está indo para o melhor caminho.
Com um sorriso, os dois continuaram a comer seus sorvetes e conversar sobre tudo e nada, sentindo-se, pela primeira vez em muito tempo, tranquilos e felizes no momento presente.
Essa história poderia acabar aqui certo? Mas não ela tá apenas começando.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Adelaide Morais
sabia que a história só está começando e espero que me surpreenda.......bem diferente!
2025-04-01
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