Charlotte.
Após o beijo, a viagem continua neste carro lindo e maravilhoso. No entanto, o único problema é o silêncio. Ele me deu um beijo tão intenso que deixou meu coração acelerado, e não diz uma palavra? Passo a mão no meu cabelo, colocando uma mecha atrás da orelha, e sorrio, um pouco tímida:
— Então, eu amei o beijo... — Ele me olha com seriedade, apoiando a mão no queixo. — Você sabe beijar bem — digo, balançando a cabeça em um sinal de aprovação. Na verdade, depois de um beijo daquele, não tenho vontade de me comportar.
— Charlotte Miller, tenho que admitir, seus lábios são uma delícia — ele diz, um sorriso suave iluminando seu rosto. Isso me faz sorrir, plena de alegria; não é sempre que recebo um beijo de Romeu Andrade.
— Posso te dizer uma coisa? — Pergunto, um pouco envergonhada, mas não quero perder a chance de revelar o que sinto...
— Claro que pode — ele se aproxima, soltando até um botão do paletó, e como ele é encantador.
— Eu só quis ser a sua assistente porque você é lindo e... — Sou interrompida quando ele toca meu queixo com seus dedos.
— E... O que mais? — pergunta ele, me fazendo perder o fôlego.
— E eu sou uma boba, porque certamente estou vermelha de vergonha. Só queria dizer que, se você me beijar novamente, eu vou adorar — digo, olhando em seus olhos. Ele sorri, tão perfeito que me derrete, enquanto seus dedos descem pelo meu pescoço até a nuca. Dessa vez, ele não aperta; apenas toca os lábios dele nos meus, e sinto um tremor percorrer meu corpo, fechando os olhos e soltando um suspiro ao sentir a língua dele com a minha. Seus beijos são uma descoberta; a maneira como sua língua explora a minha faz meu corpo queimar. Levanto a mão para tocá-lo, mas ele segura minhas mãos atrás, fazendo-me rir porque sua segurança me provoca cócegas. Então, não consigo evitar e sorrio.
Ele para o beijo e me encara, sem entender o meu riso. Droga, não consigo parar de rir. Sua expressão se torna um tanto séria e, ai, eu estraguei o momento.
— Desculpa, eu só estava sentindo cócegas — digo entre risadas, e ele apenas sorri, sem mostrar os dentes.
— Está bravo comigo? — pergunto, preocupada, enquanto me aproximo dele. Ele me encara e levanta meu queixo.
— Não, você só é uma menina muito travessa; só precisa de algumas boas lições — diz ele, piscando para mim, e eu levanto minha mão esquerda para tocar seu peito, deslizando por dentro do paletó. Sinto como ele é forte, uma verdadeira armadura.
— Se quer me acariciar, eu sugiro que comece agora — ele pega minha mão e a coloca dentro da calça dele. Meu coração dispara ao sentir a dureza dele; minha expressão assustada o faz sorrir. Sou uma tola por hesitar diante da oportunidade de estar tão perto dele, especialmente do meu Romeu!
— O que foi? Te assustei? — pergunta ele, com aquele olhar sedutor que me faz perder o ar. Meu coração pulsa ao ouvir sua voz profunda.
— Não, só... — olho para o motorista, que sorri.
— Rogem é de confiança; o que aconteceu aqui ficará entre nós. Mas chegamos e espero que você seja uma boa assistente hoje — diz ele. Ele tem razão, chegamos à R Max e estou nas nuvens. Nunca me senti assim. Ele abre a porta do carro, sai e estende a mão para mim, me puxando e me deixando encurralada. Não digo nada, pois não quero estragar essa chance. Meu coração dispara, pois sinto seu corpo próximo ao meu, onde posso sentir o pênis duro dele rosando em mim.
— Charlotte, você não sabe como adoro uma menina sapeca como você — ele me dá outro aperto que me faz perder a razão. Jesus, esse homem é tudo. Ele me solta, mas não antes de me deixar tonta de prazer. Se sentir ele assim, preso às minhas roupas, imagina o que seria se estivéssemos apenas nós dois. Preciso de uma noite com esse homem, mais de uma, quem sabe até quatro! Ele caminha à frente enquanto eu ainda me recupero, tentando voltar ao normal.
Ajusto minha saia, pego minhas coisas e vejo meu carro ainda estacionado no mesmo lugar. Eu poderia furar um pneu de novo só para ter mais caronas como essa. Sorrio travessa e entro no elevador. Hoje, ninguém estraga meu dia. Ninguém!
(...)
O dia passa como um sonho, e me pego sonhando acordada, pois Romeu Andrade sempre foi o que eu quis. Agora que senti seus lábios, só quero mais. Ele não toca no assunto, e mesmo quando estamos a sós na sala dele, a atmosfera parece carregada de expectativas. Ao entrar na R Max, ele se torna apenas meu chefe. Prometo ser boazinha, então me arrumo para a faculdade; e graças a Deus, hoje é sexta-feira. Coloco um vestido que considero graça, mas que depois do beijo não quero deixá-lo furioso. Passo o batom vermelho e meu perfume, e antes de sair, vou até a sala dele para me despedir, apenas para ele ver que sou obediente.
— Desculpa, chefinho — digo ao abrir a porta. Ele está sozinho, falando ao telefone, mas assim que me vê, seu olhar se ilumina. Ele se levanta e me observa de cima a baixo, encostando na mesa e colocando as mãos nos bolsos da calça. Eu estou ali, com as mãos unidas segurando meu casaco, toda comportada.
— Gostei de ver, que menina boazinha — ele fala, caminhando em minha direção, ficando atrás de mim. Suas mãos carinhosas brincam com meu cabelo e ele segura uma mecha, controlando com delicadeza, enquanto a outra desliza por meu ombro e me dá um beijo suave na nuca, demorado e cheio de significado.
— Gostei desse vestido; assim, tudo de bom em você está escondido, mas falta algo — um sorriso surge nos meus lábios, pois ele fala tão próximo do meu ouvido. Sinto cócegas pelo corpo inteiro... Mas seguro o riso, não quero interromper esse momento especial, onde ele está tão gentil.
Ele junta meu cabelo e me surpreende ao retirar um elástico do bolso , um detalhe simples, mas que torna tudo mais especial.
— Para que esse elástico? — pergunto sem graça, mas ele se inclina, colando seu rosto ao meu ouvido.
— Quero que use cabelo solto quando estiver perto de mim; longe de mim, você pode amarrá-los. — Ele prende meu cabelo em um rabo de cavalo, e eu, sem entender, tento resistir.
— Sério? Eu odeio cabelo preso, sinto muito — e com um movimento, desfaço o rabo, ajeito os cabelos, mas ele parece um pouco irritado, pegando o elástico das minhas mãos e segurando-me novamente.
— Gostou do beijo que te dei? — Confirmo com a cabeça.
— Ótimo então, mantenha o cabelo preso se quer ganhar outro! — E assim, ele prende meu cabelo novamente. Estranho isso, mas talvez seja seu jeito; decido deixar passar, para não estragar o momento. Ah, só um dia com isso não vai me matar.
— Ok, chefinho, vou pra faculdade de rabo de cavalo. Já estou atrasada, então até amanhã! — Começo a me afastar, mas ele segura a maçaneta antes que eu possa sair.
— Tenha uma ótima aula, minha florzinha! — É a segunda vez que ele me chama assim, e isso me faz arrepiar. Já disse, hoje ninguém estraga meu dia.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
Silvana Schuwanz bernardo
Romeu soube que Charlotte tem uma veneração por ele, e agora tá se aproveitando disso pra domar ela devagarinho, se fazendo de bonzinho, só pra ter ela de submissa, mal sabe ele que é ele que vai ser submisso a ela 🤣🤣🤣🤣🤣
bom pelo menos é isso que acontece nas histórias kkkkkk
2025-03-11
3
Flavia Oliveira
kkkkkk jesus apaga a luz e joga um balde de água fria nessas leitoras KKKKK, porque sei que não estou sozinha nessa kkkkkkkkkk
2025-03-12
4
Flavia Oliveira
Ele é possessivo e controlador, traumas do seu passado
2025-03-12
3