**Charlotte**
Aqui estou eu, atolada na minha mesa, revivendo cada palavra dele. Não entendi nada do que ele me pediu — droga! Levanto a cabeça e dou uma olhada na sala de reunião, e corro para lá.
Abro a porta e tudo está exatamente como deixei — perfeito! Mas, droga, os chás estão gelados! Quem é que bebe chá gelado, afinal? Sei lá, só sei que ele insistiu que tudo deveria estar impecável. Pego o bule de chá e sigo para a copa. Inacreditável que eu, Charlotte Miller, tenha que me arriscar na cozinha... Resmungo enquanto ando até que...
— Droga! — dou uma batida na maldita porta de vidro. Que ideia genial foi essa de fazer um prédio todo de vidro? Essa é a segunda vez que isso acontece. E para piorar, deixei o bule escorregar e agora está tudo no chão — chá derramado por todos os lados! Preciso fazer outro chá, e rápido!
Chego à copa e, surpresa, não tem mais chá. Merda! Vasculho as prateleiras e não encontro nem um saquinho de chá. E agora? Olho em volta em desespero, não quero ver aquele olhar fulminante. Não posso levar outra bronca. Solto um sorriso forçado e...
— Se não tem chá, vai de café mesmo — decido e corro para a máquina de café expresso, porque eu sei que essa será minha salvação.
Depois que o café expresso fica pronto, levo de volta à sala de reunião e, ao olhar meu reflexo, percebo que meu batom não está mais vermelho. Saio correndo até minha mesa, reaplico o batom e passo mais perfume. Quase sou pega de surpresa pelo meu chefinho, que não parece estar nos melhores dos ânimos. Mas quem realmente quase tem um colapso sou eu! Nem morta vou vestir aquela roupa!
Sei que ele está bravo, mas, de jeito nenhum, nem aqui nem na China, eu vou mostrar até a calcinha... Não sou louca! E mesmo eu aqui implorando, ele parece nem ouvir.
— Bom dia — olho para o lado e vejo um homem de terno preto, todo elegante, com um olhar que derrete. Mas ainda prefiro meu Romeu Andrade.
— Bom dia, em que posso ajudá-lo? — pergunto, como uma boa assistente, pois parece que meu chefe está em outro planeta.
— Sou Nicolau Fagundes, e você como se chama?
— Charlotte Miller, sou a nova assistente.
— Ok, Charlotte Miller, diga ao seu chefe que vim para uma reunião — ele olha para o Romeu, que me observa como se eu fosse um alvo. Chamo pelo meu chefe, que, finalmente, parece prestar atenção. Mas não entendo por que ele está tão carrancudo. Quando ele abre a porta da sala de reuniões, o olhar que me lança me dá medo. Ele entra e, ao lado, Nicolau Fagundes já se acomoda com um sorriso.
— Desta vez você mandou me servir café, Romeu! Será que tem veneno nele? O cheiro está ótimo! — diz Nicolau, com um sorriso intrigante, enquanto meu chefinho não pode estar mais insatisfeito. Se o Nicolau adora café, por que não servi? Fico aqui ponderando até que...
— Charlotte, sirva o café ao Nicolau. E fique tranquilo se eu quisesse te envenenar, já teria feito — responde o chefinho, e os dois trocam provocações o tempo todo. Vou até a mesa e começo a servir o café. Não sou boa nisso, mas estou me saindo razoavelmente bem. Quando chego a vez do Nicolau, ele pega a xícara, me lança um olhar e eu sirvo com toda a atenção do mundo.
— Obrigada, Charlotte, você é uma ótima assistente — diz ele, olhando para meu decote volumoso. Fico sem graça e me afasto, dando uma olhada rápida para o chefinho, que me encara como se quisesse me linchar. O que eu fiz de errado?
(...)
A reunião começa e os gritos do chefinho ecoam de longe. Ele sempre grita com razão, eu acho. Não entendo nada sobre lucros ou tecnologia, mas o que ele manda eu faço. Nicolau é o típico playboy sexy revoltado que acha que tudo é beleza só porque tem grana. Já meu chefinho, com seu jeito responsável, fala tão firme que me faz sentir um calorzinho... Ah, como eu amo um homem bravo! Pare com isso, Charlotte, que pensamentos são esses?
— A reunião acabou! — declara meu chefinho, se levantando, e eu nem percebi o que rolou, porque só estava longe em meus pensamentos. Urgentemente, preciso perder minha virgindade com ele. Meu corpo clama por isso!
— Como sempre, Romeu Andrade, você acha que só suas ideias importam! Pare de ser pessoal e escute o que eu estou dizendo! — diz Nicolau, que já está de pé e vem na minha direção. Segura minha mão e me beija.
— Foi um prazer, Charlotte Miller. Diga ao seu “pai” que em breve irei visitar-lo — Ele se retira, e eu, educadamente, retribuo o sorriso. Mas quando todos saem da sala de reuniões, e só fica eu e o chefinho, me viro para ele e vejo que ele jogou a xícara de café na parede. Ele se aproxima e fico entre a parede e ele, que está incrivelmente bravo.
— Eu disse: nada de café, e nada de peitos de fora! — ele grita na minha cara e eu quase me encolho.
— Desculpa, chefinho, não tinha mais chá! — levo as mãos aos meus seios.
— E outra, não estou assim tão exagerada, não é nada demais! — falo toda travessa, e ele passa a mão na cabeça. Quando pensei que ele iria embora, ele simplesmente bufa de raiva e me empurra contra a parede, com um braço de cada lado. E eu juro que estou com uma vontade louca de agarrá-lo, porque eu amo um homem bravo, especialmente se for meu Romeu Andrade!
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 107
Comments
vilma assis
Romeu não fique bravinho com sua Julieta 😂😂😂Charlotte não abusa que ele vai se transformar em lobo mau e te comer 😂😂😂😂😂😂😂
2025-03-10
1
Silvana Schuwanz bernardo
calma Romeuzinho 😏
pra que tanta brabesa 😀
a Charlottezinha tá fazendo tudo certinho 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2025-03-10
2
•♫•♬•𝘼𝙣𝙣𝙮•♫•♬•
Eu quase engasguei aqui 😂 será que tem veneno no café 🤭🤭tô passando mal com isso 😂😂😂😂
2025-04-10
1