Eu estava de saída do clube, ainda sem notícias de Ramón. Mierda. Isso estava me deixando puto. Não gosto de incertezas. Eu havia colocado alguns contatos para rastrear cada passo dele, e se algo tivesse acontecido, eu precisava saber. Rápido.
Entrei no Bugatti, acendi um cigarro e pisei fundo no acelerador. A noite estava quente, mas minha cabeça era um maldito furacão. Além dos meus problemas habituais, havia outro problema ainda mais irritante: Kiara. A garota tinha o dom de me tirar do eixo. Me desafiava, me testava, e isso deveria me irritar... mas só me fazia ficar atiçado. Isso era um problema. Um problema fodido. Agora, não deixaria ela mover um dedo sem que eu soubesse. Talvez eu estivesse punindo ela por ser uma pequena insuportável que adora me contrariar. Ou talvez... talvez eu estivesse fodidamente obcecado nessa garota.
Cheguei em casa. Fui direto para a cozinha. Nada dela. Apenas a comida que ela deixou preparada. Ah, Pandinha. Acha que pode fugir?
Peguei o celular e liguei. Ela não atendeu.
— Joder(droga)! — Rosnei, jogando o celular na mesa. Controle, cabrón.
Subi para o banho, mas a merda dos meus pensamentos insistiam em lembrar daqueles olhos grandes e daquela boca. Quando percebi, eu estava me masturbando, pensando nela. Maldição.
A noite foi um inferno. Eu me revirava na cama como um maldito lunático. Não aguentei mais. Me arrumei, peguei as chaves e dirigi sem rumo, fumando como um condenado. Acabei em uma boate. Pedi algo forte e deixei a música ensurdecer meus pensamentos. Algumas mulheres se aproximaram. Sorrisos maliciosos, toques suaves demais.
Uma delas inclinou o corpo, os lábios indo de encontro ao meu pescoço.
Fechei os olhos por um segundo. Poderia ser Kiara.
— Mierda. — Me afastei bruscamente. — Saiam!
As mulheres recuaram, ofendidas. Peguei meu copo e virei de uma vez. Mas então, meus olhos captaram algo no bar. Mais precisamente, alguém.
Por um segundo, achei que era o álcool me pregando uma peça. Mas não. Era ela. Kiara.
O que diabos ela fazia ali?
Meu maxilar travou. Me mantive na minha, observando, bebendo. Mas meus dentes rangiam a cada olhar lançado para ela. Então, um idiota se aproximou.
Filho da puta.
Me segurei, observando. Ela não parecia tão confortável. O rosto dela estava nitidamente incomodado. E aquele desgraçado continuava lá, sussurrando algo no ouvido dela.
Quando percebi, já estava em pé, indo até eles.
Segurei o idiota pelo ombro e soquei seu nariz com força. O desgraçado caiu no chão, o sangue jorrando.
— Caramba, senhor Martinéz! — Kiara arregalou os olhos, a mão cobrindo a boca. — Que diabos você fez?! Está louco?!
Sorri, um sorriso sombrio.
— No. Estou só começando.
Minha respiração estava pesada. Foda-se.
— Vamos, Kiara. Agora.
— Ei, quem você pensa que é para dizer o que ela tem que fazer?! — A amiga dela se meteu.
Me aproximei, minha presença sufocante.
— Quer mesmo saber? — Me inclinei ligeiramente, a voz baixa, letal.
— Parem! — Kiara se colocou entre nós. — Senhor Martinéz, por favor, vá embora!
Eu a encarei, determinado a arranca-la daquele lugar de qualquer maneira.
— Você vem comigo ou não?
Ela hesitou. Mas me desafiava com os olhos.
— Eu não vou.
Fechei os olhos por um instante. Controle. Mas quem disse que eu era bom nisso?
— Ok. Com quiser.
Peguei minha pistola e engatilhei. As pessoas ao redor recuaram, os gritos explodiram na boate quando disparei no teto. Os seguranças não ousaram se mexer. Sabiam quem eu era.
— A festa acabou! — Gritei.
O lugar esvaziou rapidamente. Kiara me encarava furiosa, o peito subindo e descendo.
— Eu odeio você! — Ela cuspiu. — Você é um maldito arrogante, insuportável e...
— Acabou? — Cruzei os braços, impassível. — Já pode subir no carro.
Os olhos dela queimavam de ódio.
— Vamos, vou te levar para casa.
— Eu não quero ir com você!
— Vamos logo, Kiara. — Me aproximei mais um passo. Ela olhou para as amigas, depois para mim. Estava furiosa. Mas, no fim, cedeu.
Bufando, passou por mim e caminhou até meu carro. Antes de entrar, olhei para as amigas dela e sorri de canto.
— Boa noite, chicas.
Entrei no carro e bati a porta, jogando minha arma no painel.
Liguei o motor e parti.
...----------------...
Eu dirigi em alta velocidade, cortando as ruas de San Sebastián como se fosse dono da cidade. E eu era. Kiara estava em silêncio, mas sua raiva era quase palpável. Se tivesse um taco de beisebol, provavelmente já teria tentado me acertar.
Ótimo. Gosto quando ela tenta.
— Señor Martinéz, por que está agindo assim? — a voz dela rompeu o silêncio, cheia de indignação. — Por que não pode simplesmente me deixar em paz?! Desde que comecei a trabalhar para o senhor, minha vida virou um inferno!
Sorri de canto, um sorriso sem humor. Ela realmente achava que eu ia deixá-la em paz? Bobinha.
De repente, freei bruscamente no acostamento, o motor roncando alto antes de silenciar. Kiara engoliu seco, nervosa. Estava escuro, apenas os faróis iluminavam a estrada deserta.
Girei no banco para encará-la, apoiando um braço no volante, minha expressão sombria.
— Sabe por quê, Kiara?
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Claudia
Porquê eu estou perdidamente apaixonado por você 🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🧿♾
2025-02-22
47
Lu e a Estante de Sonhos
Que chique!!! O banco gira!!! Ele já é perigoso com o banco fixo. Tendo mobilidade então...😱😱😱😱😅😅😅😅 tadinha dela 😓 ...ou não!!!😅😅😅😅😅
2025-03-30
1
Magna Figueiredo
Valha como já tá arreado e nem percebeu...com certeza as amigas já sacaram o motivo desse show de possessividade /CoolGuy//CoolGuy//CoolGuy//CoolGuy//Proud//Proud//Proud//Proud//Proud//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Blush//Blush//Blush/
2025-03-23
3