capítulo 19

OLÁ ESTÃO GOSTANDO?

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O silêncio na nova mansão era opressor. Três dias haviam se passado desde a tragédia, e o vazio deixado por Mateo parecia consumir a todos. O ambiente, cercado por muros altos, guardas fortemente armados e câmeras em cada canto, mais lembrava uma penitenciária do que um lar. No entanto, por mais segura que fosse, não havia segurança capaz de preencher o buraco no coração de Mariana.

Desde a noite da explosão, ela se trancou em seu quarto. O mundo ao seu redor havia perdido o brilho. Sua faculdade? Trancada. Suas interações? Nulas. Sua fome? Inexistente. Tudo que restava era um corpo frágil, uma mente atormentada e um coração que parecia bater apenas por obrigação.

Silva também não estava muito diferente. As lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto nas madrugadas solitárias, mas ela se forçava a permanecer de pé. Não poderia ceder à dor, não agora. Mariana precisava dela. Sofia precisava dela. Era a única coisa que a impedia de desmoronar por completo.

Júlia, por outro lado, se recusava a aceitar a apatia da filha. Em todos os momentos, estava lá. Tentando puxá-la para fora daquele poço escuro. Tentando trazer Mariana de volta à realidade.

Júlia: Mariana, por favor, filha… — sussurrava, sentando-se ao lado da cama, segurando a mão fria da filha. — Você precisa reagir.

Os olhos de Mariana estavam fixos no teto, sem brilho, sem emoção. Júlia apertou os lábios, sentindo seu próprio desespero crescer. Aquela não era sua filha. A Mariana que ela conhecia era forte, destemida, teimosa. Essa versão? Era uma sombra, uma casca vazia, nem quando ela passou por tudo naquele cativeiro ela ficou assim, é como se tivessem arrancado sua alma de seu corpo.

Júlia: Eu sei que dói, meu amor — continuou, engolindo o nó na garganta. — Eu sei que você sente que perdeu tudo, mas Mateo ainda pode estar vivo.

O peito de Mariana subiu e desceu lentamente. Finalmente, piscou, como se o nome dele fosse um gatilho que ainda conseguia puxá-la para a realidade.

Mariana: E se não estiver? — a voz dela saiu fraca, rouca pelo choro incessante dos últimos dias. — E se ele nunca mais voltar?

Júlia segurou o rosto da filha com firmeza, obrigando-a a encarar.

Júlia: Então nós vamos lutar até o fim. Mas você não pode desistir. Não assim.

Antes que Mariana pudesse responder, o barulho de carros chegando ecoou pelo pátio. Como em todos os últimos três dias, Xavier, Juan, Francisco e Ramón voltavam. E, como sempre, eles não diziam nada. Não explicavam nada. Apenas seguiam direto para o escritório, deixando um rastro de silêncio e tensão por onde passavam.

Dessa vez, Júlia e Silva não estavam dispostas a aceitar mais um dia sem respostas.

Com passos firmes, elas os seguiram, ignorando os olhares desconfiados dos homens que trancavam a porta atrás de si.

Júlia: CHEGA! A MINHA FILHA ESTÀ MORRENDO AOS POUCOS! — A voz reverberou pelo ambiente, fazendo os quatro se virarem de súbito. — Nós estamos cansadas desse silêncio! Três dias, Xavier. Três malditos dias sem uma única informação concreta!

Silva cruzou os braços, os olhos avermelhados, mas cheios de determinação.

Silva: Se vocês acham que vamos ficar aqui sentadas esperando enquanto nossa família desmorona, estão muito enganados.

Os homens trocaram olhares entre si. O cansaço estava estampado em seus rostos, as olheiras profundas denunciavam as noites sem sono, e os músculos tensos deixavam claro o peso que carregavam nos ombros.

Xavier suspirou, passando a mão pelos cabelos escuros.

Xavier: Nós estamos procurando por ele, Júlia. Não pense nem por um segundo que desistimos.

Silva: Então por que não nos contam nada? — retrucou. — Por que esse maldito silêncio?!

Ramón, que até então se mantinha calado, esfregou o rosto com as mãos.

Ramón: Porque não queremos alimentar esperanças falsas. Não até termos certeza de alguma coisa.

Júlia: FALSAS ESPERANÇAS?! ESTAMOS PERDENDO NOSSA FILHA! SUA OBRIGAÇÃO COMO PAI É IR LÁ E DIZER ALGO QUE A FAÇA REAGIR! — diz aos prantos.

Ramón: EU ESTOU FAZENDO O POSSÍVEL POR ELA E POR ELE!

Mariana e Sofia estavam no topo da escada, ouvindo tudo. As palavras ecoavam pela casa como facadas no peito de Mariana. Seus pés se moveram antes que ela percebesse. Sofia agarrou sua mão, mas a soltou ao ver a determinação no olhar da sua melhor amiga.

Júlia: Eu prefiro saber a pior verdade do que viver nessa angústia! Mariana está morrendo aos poucos naquele quarto, nossa menina, Ramón! Se vocês ao menos dissessem algo…

Juan se inclinou contra a mesa, a expressão séria.

Juan: Estamos rastreando cada movimentação possível. Mateo estava vivo quando a mansão desmoronou. Temos indícios de que ele foi levado. Mas ainda não sabemos por quem.

O chão pareceu sumir sob os pés de Júlia e Silva. Mariana entrou no escritório, seguida por Sofia. Seu olhar se fixou em Xavier.

Mariana: Eu quero a verdade. Toda ela. Agora.

O silêncio preencheu o escritório novamente, mas dessa vez, não era por omissão. Era pelo impacto da revelação.

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Comments

Dulce Gama

Dulce Gama

será que o desgraçado do Joaquim levou a meu Deus ele agora está sendo torturado misericórdia 👍👍👍👍👍🌹🌹🌹🌹🌹🎁🎁🎁🎁🎁❤️❤️❤️❤️❤️

2025-03-17

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