capítulo 18

Assim que Mariana entrou no seu quarto, foi em direção ao banheiro, entrou no box e ligou o chuveiro, deixando a água quente relaxar seus músculos tensos. Um barulho estranho ecoou por todo o ambiente. Seu coração acelerou e um arrepio percorreu sua espinha. Algo estava errado. Sem hesitar, ela saiu correndo do box, pegando a toalha e se secando rapidamente antes de vestir um roupão.

Foi nesse momento que sua porta foi escancarada com pressa. Silva, Júlia e Sofia entraram ofegantes, trancando a porta desesperadamente.

Júlia: Filha, a casa está sendo invadida! — exclamou , segurando firme o braço de Mariana.

Antes mesmo que Mariana pudesse reagir, outro som ecoou pela mansão. Dessa vez, um estrondo ensurdecedor. O impacto da explosão fez as paredes vibrarem, janelas tremerem e um cheiro forte de fumaça invadir o ar.

Mariana: Meu Deus! — levou as mãos à boca, sentindo o coração martelar. — Onde está o Mateo?!

Silva trocou um olhar rápido com Júlia e depois com Sofia.

Silva: Eu não sei! — respondeu , a voz mais dura do que o normal. — Nem sabia que ele já estava em casa.

Nesse momento, passos pesados foram ouvidos se aproximando dos quartos. Elas ficaram em silêncio absoluto. Mariana percebeu a tensão nos olhares de todas e, só agora, notou um detalhe importante: elas estavam armadas.

Sofia, sem dizer nada, destravou uma arma silenciosa e a entregou para Mariana.

Sofia: Sabe usar? — perguntou baixinho.

Mariana hesitou por um segundo, mas pegou a arma. — Sim. Meu pai me ensinou.

Silva respirou fundo, apertando o cano de sua pistola com firmeza.

Silva: Precisamos ir para o quarto do Mateo. Tem uma passagem secreta lá que nos levará a um local seguro. Mas é longe.

Os passos do lado de fora ficaram mais altos. Elas trocaram olhares rápidos e se posicionaram. Assim que um dos invasores tentou abrir a porta, Silva fez um gesto com a cabeça e Júlia disparou pela fechadura. O corpo caiu sem vida do outro lado.

Com movimentos calculados, elas saíram do quarto e seguiram pelo corredor. Cada inimigo que surgia em seu caminho era abatido com precisão. Os tiros silenciosos impediam que os outros percebessem de onde vinha o ataque.

Os minutos se arrastavam como horas. O coração de Mariana estava acelerado, sua respiração entrecortada, mas ela se mantinha focada. A cada passo, sua mente gritava apenas um nome: Mateo. Será que ele estava bem? Vivo?

Quando finalmente chegaram ao quarto dele, Silva correu diretamente para o closet com as outras três mulheres atrás dela. Com um toque rápido em um painel oculto, uma porta secreta se abriu. Uma sala escondida, repleta de monitores, revelou-se diante delas. As câmeras de segurança exibiam o caos absoluto que tomava conta da mansão.

Mariana olhou desesperada para as telas, os olhos vasculhando cada canto.

Mariana: Onde está Mateo?! — exigiu saber, a voz embargada pelo medo.

Silva, ainda analisando as imagens, balançou a cabeça.

Silva: Ele não aparece em nenhuma das câmeras...

O sangue de Mariana gelou. Seu peito subia e descia rápido, a ansiedade tomando conta. Ela se virou para Silva, os olhos marejados.

Mariana: Precisamos encontrá-lo! Eu não posso perdê-lo! — disse, a voz quase falhando.

Sofia colocou a mão no ombro dela.

Sofia: Vamos achá-lo, Mariana. Mas primeiro, temos que sobreviver a isso.

Lá fora, outro estrondo ecoou. A guerra estava apenas começando.

Júlia: Filha, preciso que você se acalme. Respira devagar. — pediu.

Um filme passava na cabeça de Mariana, como se estivesse voltando ao cativeiro. Sua respiração ficou irregular, uma crise de ansiedade tomou conta dela. Não saber de Mateo tornava tudo ainda mais caótico. Ela tentou fazer o que sua mãe pedia e, em alguns segundos, sua respiração começou a voltar ao normal.

Mariana: Eu preciso ir atrás do Mateo! Brigamos minutos antes de tudo isso começar, ele precisa saber que eu o amo! — disse desesperada.

Sofia: Eu preciso que você se acalme! Nesse estado, você só vai atrapalhar, não só a nós, mas também Juan e Xavier! — disse , segurando Mariana, que tentava sair.

Com muito custo, Mariana resolveu fazer o que as outras falavam e ficou quieta olhando para a tela. Foi quando ela viu o corpo de Mateo sendo jogado longe e, antes mesmo dela alcançar a porta, outro estrondo aconteceu, agora maior e mais intenso. A mansão estava desmoronando junto com sua vida. Sua última imagem foi Mateo sendo arrastado antes de tudo desmoronar.

Xavier: Venham por aqui! Temos que sair daqui! — disse, aparecendo por uma outra passagem. — Esse quarto não vai aguentar por muito tempo!

Mariana: Cadê o Mateo? Eu preciso dele! — disse em prantos antes de desmaiar.

Logo após Mariana desmaiar, Ramón, Francisco e Juan ajudaram Xavier a tirar as mulheres daquele pequeno cômodo. A cada passo, parecia que tinham acabado de sair de uma guerra. Assim que estavam no carro, Mariana acordou chorando, implorando para voltarem e pegarem Mateo. Mas, assim que se afastaram um pouco, toda a mansão explodiu.

O grito de dor de Mariana ecoou pelo ar. Silva e Sofia imploravam para voltar. A cena era devastadora.

boa noite até amanhã.....

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