Olá meninas(os), me chamo Mariana. Sou filha única de Ramón e Julia Bittencourt. Nasci na Itália, mas fui para o Brasil ainda bebê. Cresci cercada pela proteção exagerada do meu pai. Pelo menos, era isso que eu achava... até alguns meses atrás, quando fui sequestrada por Terror, um homem sem escrúpulos que transformou minha vida em um verdadeiro inferno.
Fiquei em poder dele durante 72 horas, 20 minutos e 45 segundos. Como sei? Porque contei cada mínimo segundo, esperando que a morte viesse me buscar. Cada surra, cada ferida, parecia desmoronar meu mundo. Foram as piores horas da minha vida. Ele só não me violentou. Mas, de resto, fez de tudo o que vocês possam imaginar.
Cativeiro
O lugar era escuro, úmido e cheirava a mofo e sangue seco. Eu estava amarrada a uma cadeira de madeira, com os pulsos presos por cordas ásperas que cortavam minha pele. Meu rosto estava inchado, meus lábios rachados e meu corpo coberto de hematomas.
Terror: — Você aguenta bem, princesa. Mas até quando? — Ele sorriu de forma sádica, passando o dedo pelo corte recente no meu rosto.
Eu não respondi. Meu silêncio era minha única defesa.
Terror: — Seu paizinho deve estar arrancando os cabelos. Será que ele me acha primeiro, ou você desiste antes? — Ele segurou meu queixo com força. — Diga-me, quer apostar?
Não respondi. Eu não podia demonstrar medo. Mas, por dentro, já estava quebrada.
Resgate
O silêncio opressor do cativeiro foi interrompido por tiros e gritos. O estrondo de uma porta sendo arrombada me fez estremecer. Então, vozes conhecidas.
Ramón: — MARIANA! — Meu pai entrou como um furacão, os olhos faiscando ódio. Atrás dele, seus homens derrubavam qualquer um que estivesse no caminho.
Ele me soltou e me envolveu em seus braços. Mas, naquele momento, não era o meu pai que estava ali. Era o Ramón o assassino de aluguel. O chefe do submundo criminoso do estado.
Naquela noite, ele não perdoou ninguém. Cada um dos envolvidos foi caçado e eliminado. Meu pai transformou o Rio de Janeiro em um verdadeiro inferno.
Depois do Sequestro
Depois disso, me isolei. Tentei me matar quatro vezes. Sofria ataques de pânico. Minha mãe fez de tudo para me ajudar. Lutou minhas lutas, chorou minhas lágrimas.
Diálogo com os Pais
Julia: — Mariana, você precisa reagir, filha. Não podemos te perder para isso.
Mariana: — Mãe, eu já estou morta. Só esqueceram de me enterrar.
Ela chorou. Meu pai, ao contrário, apenas cerrou os punhos. Seu rosto estava sombrio, mas seus olhos revelavam dor.
Ramón: — Quem fez isso com você já pagou, mas eu daria minha vida para apagar tudo o que você passou.
Eu queria acreditar que algum dia iria melhorar. Foi então que decidi: precisava de um propósito. Escolhi estudar gastronomia. E pela primeira vez, vi meu pai hesitar.
Ramón: — Você tem certeza? — Ele perguntou com a voz grave.
Mariana: — Tenho. Quero conhecer meu país.
Ramón: — Não. Você não vai sair daqui. — Sua voz saiu cortante, carregada de um tom inegociável.
Julia: — Ramón, ela precisa seguir em frente! — Minha mãe interveio, segurando minha mão com firmeza. — Mariana precisa respirar novos ares.
Meu pai me olhou como se eu tivesse pedido para ir para um campo de batalha. Sua expressão oscilava entre a fúria e o medo de me perder novamente.
Ramón: — Não aceito. Você vai estar longe, e se acontecer algo? Não posso proteger você do outro lado do oceano!
Mariana: — Pai, eu preciso disso. Você não pode me manter presa para sempre. — Minha voz vacilou, mas eu continuei. — Eu prometo que ficarei com os padrinhos. Não estarei sozinha.
Julia: — Ela vai morar com Francisco e Silvia. Você confia neles, não confia?
Meu pai massageou as têmporas, visivelmente contrariado. Seu olhar encontrou o de minha mãe, e ali houve um entendimento silencioso. Depois de um longo silêncio, ele suspirou pesadamente.
Ramón: — Se algo acontecer, eu não perdoo. — Ele apontou o dedo para mim. — Você me liga todos os dias, e qualquer sinal de perigo, volta na mesma hora. Entendido?
Mariana: — Entendido. — Um pequeno sorriso escapou. Eu sabia que, no fundo, ele só queria me proteger. Mas agora, eu precisava aprender a viver.
Com o jeitinho de dona Julia, ele acabou concordando, mas impôs essa condição. Isso era o de menos. Sempre amei meu padrinho Francisco e minha madrinha Silvia. Agora, estou aqui, na casa deles, tentando recomeçar.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Andrea Gama
tá repentino o capítulo
2025-03-12
1
Meire Garcia
cadê a foto dela
2025-02-14
1
Dulce Gama
Que situação tadinha ainda bem que ela não foi violentada ❤️❤️❤️❤️👍👍👍👍🎁🎁🎁🎁🌹🌹🌹🌹🌹
2025-02-11
1