capítulo 13

Mateo entrou silenciosamente na suíte, o vapor do banho ainda preenchia o ambiente com um aroma relaxante dos sais de banho. Mariana estava recostada na banheira, os olhos semicerrados, aproveitando cada segundo daquele momento de paz. Sem dizer uma palavra, ele deslizou para dentro da água quente ao lado dela. Seu toque era suave, seus dedos traçando caminhos preguiçosos sobre a pele úmida de Mariana. Não precisavam de palavras naquele instante; apenas o som do champanhe sendo servido e a respiração entrecortada de ambos preenchiam o silêncio confortável.

Após um longo tempo trocando carícias silenciosas, Mateo se levantou, saindo da banheira. Pegou uma toalha macia e se dirigiu ao quarto, onde cuidadosamente retirou o lençol marcado pelos minutos anteriores. Ele dobrou o tecido com precisão, guardando-o em um local seguro. O conselho da máfia exigiria uma prova de que a pureza de Mariana agora pertencia a ele, e Mateo sabia que não poderia deixar margem para dúvidas. Sua intenção era clara: Mariana seria sua esposa, e ele protegeria o que era dele a qualquer custo.

Quando voltou ao banheiro, encontrou Mariana ainda envolta no calor do banho, sua pele rosada pelo vapor. Sem dizer nada, ele se ajoelhou ao lado da banheira, estendeu a toalha e, com toda a delicadeza que um homem como ele poderia oferecer, começou a secá-la. Mariana observava seus movimentos, sentindo-se envolta por um misto de conforto e fascinação.

Ele a vestiu com uma de suas camisas brancas, que ficou absurdamente larga em seu corpo pequeno, e a carregou até a cama. Deitando-se ao seu lado, envolveu-a em seus braços fortes, sentindo o cheiro adocicado de sua pele. Mariana se aconchegou em seu peito, seus olhos se fechando lentamente ao som da respiração ritmada dele. Assim, adormeceram juntos, como se o mundo lá fora não existisse.

Como de costume, Mateo despertou cedo. Observou Mariana dormindo profundamente, sua expressão tranquila, o rosto sereno contra o travesseiro. Um sorriso leve curvou seus lábios antes de ele sair da cama com cuidado, cobrindo-a com o edredom para que não sentisse frio.

Ele caminhou até a cozinha e começou a preparar o café da manhã. Cortou frutas frescas, torradas, preparou café e suco, tudo com um toque especial. Queria que ela soubesse que, apesar de sua natureza possessiva e dominante, ele também sabia ser cuidadoso e atencioso.

Com a bandeja pronta, voltou para o quarto. Colocou o café da manhã na mesa ao lado da cama e inclinou-se sobre Mariana, roçando os lábios suavemente contra sua pele. Ela murmurou algo inaudível antes de abrir os olhos, encontrando o olhar intenso de Mateo sobre si.

— Buongiorno, amore mio — sussurrou ele, sua voz rouca pelo sono.

Mariana sorriu, espreguiçando-se preguiçosamente antes de ser recebida por mais beijos suaves e carinhosos. Mateo passou os dedos por seus cabelos bagunçados, a expressão completamente entregue.

— Você acordou cedo — ela murmurou, a voz sonolenta.

— Queria te mimar um pouco. — Ele indicou a bandeja ao lado dela. — Coma algo, quero que recupere suas forças.

Mariana sentiu o coração aquecer com o gesto inesperado. Apesar da noite intensa e do jeito possessivo de Mateo, ele ainda tinha aquela capacidade de surpreendê-la com sua doçura oculta.

— Obrigada — disse baixinho, pegando uma das frutas da bandeja e mordendo-a lentamente, enquanto Mateo a observava com aquele olhar predatório que sempre a fazia arrepiar.