Mateo dirigiu como um demônio até seu apartamento, os dedos apertando o volante com tanta força que os nós ficaram brancos. Mariana, no banco de trás, bufava de raiva, cruzando os braços e olhando para a janela, claramente irritada. Ele não dava a mínima. Ela tinha passado dos limites, e ele não era homem de deixar as coisas passarem.
Assim que estacionou, saiu do carro e abriu a porta de trás. Mariana sequer teve tempo de reagir antes de ser puxada para fora como uma boneca de pano e jogada sobre o ombro dele sem nenhum cuidado.
— MAS QUE INFERNO, MATEO! ME SOLTA, SEU BRUTO! — Mariana gritou, se debatendo, mas ele nem se abalou.
— Fique quieta, Mariana. Você já causou escândalo o suficiente por uma noite. — Ele respondeu friamente, atravessando o saguão de entrada.
O porteiro olhou para a cena com os olhos arregalados, mas, conhecendo Mateo, apenas desviou o olhar e fingiu que não viu nada.
— Isso é sequestro! Eu vou te denunciar, desgraçado! — Mariana continuava a se debater, esmurrando as costas dele.
Mateo entrou no elevador e apertou o botão do último andar. Seu apartamento era isolado, sem vizinhos para ouvir os gritos dela. Assim que a porta se fechou, ele a colocou no chão bruscamente. Mariana tropeçou um pouco, mas se firmou, os olhos faiscando de fúria.
— Qual o seu problema, Mateo?! Você acha que pode mandar em mim? Eu não sou sua propriedade! — Ela esbravejou, empurrando o peito dele.
Ele deu um passo à frente, invadindo o espaço dela, forçando-a a colar as costas na parede do elevador.
— Você acha que pode sair por aí, rebolando na cara de qualquer idiota? Eu não fui feito para dividir, Mariana. Principalmente algo que é meu. — A voz dele era baixa, mas carregada de possessividade.
— Seu? — Mariana soltou uma risada debochada. — Desde quando eu sou sua? Você por acaso me pediu em namoro e eu não fiquei sabendo? — Ela cruzou os braços, desafiadora.
Ele rosnou, os olhos escurecendo ainda mais. O elevador apitou, anunciando a chegada ao último andar. Mateo segurou o braço dela com firmeza e a puxou para fora.
— Entra. — Ele ordenou, fazendo o reconhecimento facial para abrir a porta.
Mariana hesitou, mas ele lhe lançou um olhar que a desafiava não contrariá-lo. Revirando os olhos, bufou e entrou no apartamento. Mateo fechou a porta atrás dela e tirou o paletó com um movimento brusco, jogando-o no sofá. Seu celular tocou. Ele olhou o visor e viu o nome de sua mãe, Silva.
— Mamma… — Atendeu, massageando as têmporas.
— Mateo, o que você fez com a minha afilhada? — A voz de Silva era doce, mas com um tom de repreensão.
Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos.
— Nada demais. Só evitei que ela fizesse uma besteira. — Respondeu, lançando um olhar para Mariana, que bufava impaciente no meio da sala.
— Mateo… — Sua mãe suspirou. — Eu já sabia que você ia se apaixonar por ela. Sempre soube. Mas você tem que ir com calma, figlio. Mariana já passou por muita coisa.
Mateo fechou os olhos por um segundo. Ele sabia que a mãe estava certa. Mas calma era algo que ele nunca teve, principalmente quando se tratava de algo que ele já definia como seu.
— Eu sei, Mamma. Eu sei. — Respondeu, exausto.
— Então pare de agir como um ogro. Boa noite, filho. — E desligou.
Ele bufou e jogou o celular no sofá. Quando levantou o olhar, encontrou Mariana com os braços cruzados, batendo o pé no chão.
— Acabou a ligação? Agora é a minha vez de falar. — Ela disse, se aproximando dele. — Que merda foi essa, Mateo?! Você me arrastou para cá como se eu fosse um saco de lixo! — Os olhos dela brilhavam de raiva.
— Você acha que eu ia deixar você ficar naquela boate rebolando para aqueles imbecis? — Mateo rebateu, a irritação voltando com força.
— E por que não?! Eu faço o que eu quiser! Você não é meu dono! — Mariana gritou, empurrando o peito dele novamente.
Ele segurou os pulsos dela com força, puxando-a para mais perto.
— Eu posso não ser seu dono, mas você é minha. — Ele rosnou, os rostos a centímetros de distância.
Mariana arquejou, mas não recuou.
— Você é um idiota possessivo! Eu não sou uns de seus objetos, Mateo! Eu posso dançar com quem eu quiser! — Ela retrucou, o rosto vermelho de raiva.
Os olhos dele desceram para os lábios entreabertos dela. Ele sentiu o sangue ferver.
— Cala a boca, Mariana. — Ele murmurou antes de puxá-la para um beijo avassalador.
Ela resistiu por um segundo, mas logo se entregou, segurando a nuca dele com força. O beijo era intenso, cheio de desejo reprimido. Ele a pressionou contra a parede, as mãos explorando sua cintura.
Quando se separaram, ambos estavam ofegantes. Mariana olhou para ele, ainda furiosa.
— Isso não significa que você manda em mim. — Ela disse, os lábios inchados pelo beijo.
Mateo sorriu de lado, passando o polegar pela boca dela.
— Veremos, diabinha. Veremos. — Ele murmurou antes de puxá-la para mais um beijo.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Teresa Damásio
pensei que ele estava fingindo kkk mas caiu igual jaca podre 😂🤣😅
2025-03-30
2
Izabelle Black
O auge foi ele desmaiar, rachei de tanto rir kkkkkkk
2025-03-27
1
Dulce Gama
esse casal é pura diversão tô amando muito parabéns AUTORA linda 🌹🌹🌹🌹🌹🎁🎁🎁🎁🎁👍👍👍👍👍
2025-02-17
1