Três dias se passaram desde a noite maravilhosa que tive com Mateo. Me entrega para ele foi a melhor escolha que pude fazer em toda minha vida
Mas a tranquilidade durou pouco.
Nesses últimos dias, ouvi meu padrinho e Mateo discutindo sobre o conselho da máfia. Me escondi atrás da porta e escutei cada palavra, e o que ouvi fez meu coração disparar.
Francisco: O conselho quer que você se case com outra mulher, Mateo. Eles não aceitaram bem o fato de Mariana não ser da máfia.
Senti meu sangue gelar. Meus olhos se encheram de lágrimas e saí correndo para o meu quarto, desesperada, tentando segurar o choro. Mas, como sou desastrada, tropecei no tapete e bati a perna na mesinha de centro, fazendo um barulho infernal.
Mateo: Mariana! — me chamou, mas continuei correndo.
não queria ouvir dele que ele só ne usou me senti usada como fui burra em acreditar que um homem como ele iria se casar comigo.
Entrei no quarto, fechei a porta com força e respirei fundo, tentando processar tudo.
Mas, antes que eu pudesse me acalmar, a porta se abriu e Mateo entrou como um furacão.
Mateo: Amor, me escuta! — Ele pediu, se aproximando de mim.
Cruzei os braços, encarando-o com os olhos marejados.
Mariana: Não tem nada pra escutar, Mateo! Você vai casar com outra!
Ele soltou um suspiro exasperado, passando a mão pelos cabelos.
Mateo: O conselho queria isso, sim. Mas eu me recusei! Mariana, eu mataria qualquer um que tentasse me obrigar a ficar com outra mulher.
Arregalei os olhos.
Mateo: Você tá falando sério?
Ele segurou meu rosto entre as mãos.
Mateo: Eu mostrei a prova de que você é minha.
Mariana: Que prova? — perguntei, confusa.
Ele abaixou os olhos por um segundo e respondeu:
Mateo: O lençol sujo de sangue.
Minhas bochechas pegaram fogo na hora.
Mariana: MATTEO! Você mostrou isso pra eles?!
Ele deu de ombros.
Mateo: Era necessário. E mesmo com protestos, eles não podem mais impedir. Vamos nos casar em quatro meses.
Eu fiquei sem palavras. Literalmente. Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a porta do quarto foi arrombada.
BUM!
Seu Ramón, meu pai, entrou com uma arma apontada para Mateo, furioso, com os olhos faiscando.
Ramón: SEU DESGRAÇADO! COMO OUSA TOCAR NA MINHA FILHA?!
Minha alma saiu do corpo e voltou. Mateo permaneceu impassível, nem piscou diante da arma.
Mateo: Seu Ramón, acho que houve um mal-en...
Ramón: QUE MAL ENTENDIDO O QUÊ ? SEU SAFADO APROVEITADOR DE FILHA ALHEIA, CALA A BOCA! EU VOU TE MATAR!
Foi aí que eu lembrei: eu tinha ligado para minha mãe no dia anterior para contar tudo, mas eu não sabia que o celular dela estava no viva-voz… e que meu pai estava ouvindo!
Antes que Mateo pudesse abrir a boca de novo, minha mãe Júlia, entrou no quarto como um furacão e se colocou entre os dois.
Júlia: Ramón, abaixa essa arma!
Ramón: ABAIXAR A ARMA?! ESSE SAFADO SEDUZIU A NOSSA FILHA, MINHA PRINCESINHA JÚLIA!
Minha mãe bufou e cruzou os braços.
Júlia: Até parece que a Mariana foi abusada. Do jeito que conheço minha filha, é mais fácil ela ter abusado do pobre homem!
Mariana: MÃE?! — gritei, indignada.
Foi nesse momento que percebemos que meu padrinho Francisco e minha madrinha Silva também estavam no quarto, assistindo a cena como se fosse um episódio de novela mexicana.
Meu pai continuava bufando feito um touro, enquanto Mateo, que até então estava sério, finalmente abriu a boca:
Mateo: Eu concordo com a dona Júlia.
O silêncio no quarto foi ensurdecedor.
Ramón: O quê? — Meu pai rosnou.
Mateo cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha.
Mateo: Seu Ramón, com todo respeito… mas eu fui a vítima aqui.
Minha mãe segurou o riso. Meu padrinho tossiu para disfarçar. Minha madrinha cobriu a boca.
Ramón: É… O QUÊ?! — Meu pai ficou vermelho.
Mateo suspirou. — Sua filha não me deu chance. Eu tentei resistir, mas ela é irresistível.
Minha boca se abriu em choque.
Mariana: MATEO!
Mateo: O quê? — Ele me lançou um olhar divertido. — Você sabe que é verdade.
Minha mãe não aguentou e começou a rir. Meu padrinho também.
Ramón: EU VOU TE MATAR! — Meu pai gritou novamente, levantando a arma.
Foi quando minha madrinha, Silva, interveio.
Silva: Ramón, para de show. O conselho da máfia já aceitou o casamento, você acha que tem mais poder que eles?
Meu pai hesitou, claramente processando essa informação.
Ramón: Então… eles vão mesmo se casar?
— Sim — Mateo respondeu com firmeza. — Em quatro meses.
Meu pai baixou a arma devagar e olhou para mim.
Ramón: Mariana, é isso mesmo que você quer?
Eu suspirei e olhei para Mateo. Ele estava ali, firme, enfrentando meu pai, minha mãe, seus pais, a máfia e até o cachorro se estivesse presente.
Mariana: Sim, pai. Eu quero.
Ramón passou a mão no rosto, derrotado.
Ramón: Eu ainda prefiro a opção de atirar nele.
Minha mãe revirou os olhos.
Júlia: Pelo amor de Deus, Ramón!
Mateo sorriu triunfante.
Mateo: Então, posso chamar o senhor de sogrão?
Ramón olhou para ele com cara de poucos amigos.
Ramón: Chama e eu atiro.
E foi assim que a minha vida virou um caos. Um casamento em quatro meses, um pai furioso e um noivo que adorava provocar.
Gostaria de agradecer a cada comentário, curtida.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Celia Aparecida
legal estou gostando bastante dessa história é excelente
2025-03-06
1
Ioneide Martins
que família de loucos essa
2025-04-02
1
Thaina Violet
😂😂😂, não abusa da sorte.
2025-03-21
1