Nina.
Acordo, me espreguiçando e, ao me sentar na cama, vejo um lindo vestido vermelho, e ao lado dele, um bilhete.
— "Se arrume com esse lindo vestido e venha me encontrar na praia. E só para deixar claro, eu amo vermelho, eu só não queria admitir." — Sorrio e corro para o banheiro, pois eu tenho certeza de que hoje ele assume que me ama.
Tomo meu banho, visto o vestido, prendo meus cabelos e me sinto linda. Sigo ao encontro dele. Quando chego na praia indicada pelo recepcionista do hotel, meu sorriso se abre ao vê-lo sentado, olhando para o mar. Ele está lindo. Respiro fundo e sigo até ele. Tampo os olhos dele com minhas mãos, e ele segura e beija minhas mãos.
— Você demorou! — diz ele, me puxando para sua frente.
— Eu tirei um belo cochilo, mas olha, estou impressionada, preparou tudo isso! — digo, referindo-me à mesa posta de frente para o mar.
— Você merece! — diz ele, puxando a cadeira para mim, onde me sento com um sorriso enorme, porque agora sinto que ele vai admitir que me ama.
— Eu já pedi o jantar porque sei que você ama pimenta, então pedi que trouxesse várias pimentas.
— Meu Deus! —digo impressionada são muitas pimentas.
— O que foi? Sei que você ama pimenta? — diz ele, me servindo um vinho.
— Eu agradeço, mas acho que da última vez que eu comi muita pimenta, não me trouxe boas memórias, então — afasto as pimentas. — É melhor deixar elas para lá.
Jantamos entre sorrisos e eu nunca vi seu Eduardo assim, com esse sorriso e falando de suas viagens, e como ele era na infância. Olho para ele admirada.
— Estou falando sério, meu pai dizia que eu deveria ser jogador de futebol, porque eu era fera! — diz ele.
— Não duvido. Quando eu era pequena, eu adorava dançar.
— Sério?
— Sim, o meu sonho sempre foi viajar o mundo sendo dançarina.
— Nossa, isso me surpreendeu, mas me diz, porque saiu da Colômbia? — ele me faz ficar em silêncio nesse momento, pois a lembrança da minha mãe me expulsando por causa do infeliz do Gregório, do marido dela, volta à minha mente.
— Foi algo entre eu e minha família. — fico triste e ele segura minha mão.
— Pode confiar em mim.
— Quando eu tinha 15 anos, minha mãe se casou novamente, aí o meu padrasto sempre foi daquele tipo, folgado, a minha mãe se matando de trabalhar enquanto ele só gastava o dinheiro que não tínhamos com jogo. — ele fica surpreso.
— Eu odiava isso, mas para minha mãe, ele era um rei, aí ela engravidou e ainda trabalhou grávida porque o folgado só queria era comer todo o dinheiro dela. — falo brava, porque tudo o que passei não foi moleza. — Eu odeio tanto aquele homem, seu Eduardo, porque tudo o que eu tive que enfrentar sozinha foi por culpa dele.
— Nina, eu sinto muito, nunca imaginei que você havia passado por tudo isso.
— Pois é, o pior foi eu quase ser abusada pelo safado e minha mãe dar ouvidos a ele, nas mentiras dele — limpo minhas lágrimas, pois choro angustiada.
— Ela me humilhou! Me jogou na rua, me bateu, me xingou, todos os vizinhos me vendo de pijama, como uma mulher qualquer. Se não fosse a minha amiga Flora, eu não havia chegado aqui, porque eu não queria nunca mais olhar para a minha mãe.
— Você não tem mais contato com ela? — nego.
— Não, e não quero ter! Ela me renegou como filha, e eu fiz o mesmo!
— Eu nem sei o que te dizer, Nina, eu sempre tive bons pais e tudo o que você me diz é algo que me dá raiva, porque nenhuma mãe deveria fazer isso com um filho.
— Eu comi o pão que o diabo amassou quando cheguei aqui sem dinheiro, sem roupas. Eu dormi na rua por um mês, pedi comida! Como uma verdadeira sem-teto, até que um dia a mãe da Diana me deu o que comer. Aí ela me ouviu e, daí, ela me apresentou para a Diana, que não é só uma amiga, mas sim uma irmã.
— Nossa, agora eu admiro mais você! — limpo novamente as minhas lágrimas.
— Agora eu quero saber de você, me diz como você está de verdade com relação a tudo. Eu surtaria se soubesse que teria pouco tempo de vida. — ele sorri, servindo mais vinho para nós dois.
— Eu surtei, eu só queria ir trabalhar, viver a minha rotina, mas o que eu recebi logo de manhã foi a pior notícia da minha vida. Eu fiquei sem chão, pensei que só poderia ser uma piada, mas na verdade era tudo real.
— Nem posso imaginar!
— Eu me tranquei no quarto e só queria esquecer as falas do doutor Federico, deitei na minha cama e lá fiquei. Eu pensava em tudo o que eu não havia feito, em tudo o que eu neguei fazer. Foi aí então que eu me lembrei de você.
— Eu?
— Sim, Nina, você!
— Seu Eduardo, não estou entendendo!
— Há dois anos atrás, eu estava noivo da Ana, feliz, querendo realmente ter uma família, mas tudo mudou quando você invadiu os meus pensamentos e a minha vida com seu jeito franco de falar o que pensa, o seu jeito escandaloso, coisa que eu odeio em alguém — diz ele sorrindo, como se lembrasse de momentos e isso faz eu chorar. — Você me encantou e, Nina, você tem razão, eu amo tanto você que uso aquela senha, porque eu não quero nem por um momento esquecer cada detalhe do que vivi com você, desde o primeiro dia.
— Seu Eduardo, eu também te amo!
— Eu sei, e por isso que me sinto um idiota, por negar durante dois anos que eu só seria feliz se estivesse com você ao meu lado. Me perdoa, Nina, por ser egoísta ou chato, o pior chefe do mundo, mas naquele momento eu só não queria assumir que te amava. Mas agora eu não quero perder tempo, que se dane! O sofrimento, eu só quero ser feliz com você, aqui e agora, enquanto estou vivo, e por Deus eu desejo tanto a sua companhia. Então, deixa eu ser o primeiro homem da sua xoxota?
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 104
Comments
Barbara Mendes
Kkkkkk Sedeclara já que comer a xoxota dela
2025-03-28
2
vilma assis
🤣🤣🤣você vai ser o primeiro e único da xoxota dela🤣🤣🤣🤣
2025-01-13
2
Rosilene Narciso Lourenco Lourenco
até que enfim ele foi sincero com Nina e se declarou pra ela.
2025-01-27
1