capítulo 13

Eduardo.

Tudo que a Nina me disse me deixou furioso. Senti como se fosse menos homem. Ela afirmou que sou incapaz de fazer uma mulher me amar de verdade, e isso me deixou completamente irritado. Se eu tivesse tempo para procurar outra mulher, rasgaria aquele contrato agora mesmo. Mas, como não tenho, parece que vou ter que ficar com a Nina mesmo.Na verdade eu não rasgaria de jeito nenhum aqurle Contrato.

Pensa só: sempre me dediquei a uma vida saudável e cheia de realizações, e agora parece que todo o meu esforço está indo por água abaixo. Para que serve isso tudo? — droga! — jogo meu paletó no chão com raiva.

— Filho, eu vi tudo, e você e a Nina estavam ótimos juntos. — Tento disfarçar meu choro de frustração, porque, no fundo, sei que ela tem razão: sou insensível e desprovido de sentimentos.

— Me deixa sozinho, mamãe! — Ela se aproxima, ficando de frente para mim e vendo minhas lágrimas.

— Dudu, o que aconteceu? — Me atiro nos braços da minha mãe.

— Eu sinto que vou desmoronar, mamãe. Você estava certa quando disse que eu me arrependeria. Eu realmente amo a Nina, mas fui um idiota todos esses anos, preferi esconder meu amor em vez de lutar por ela, em vez de tentar conquistá-la. — Minha mãe se afasta.

— Como assim, Dudu? Você e a Nina!

— É complicado, mamãe. Durante dois anos, eu a amei, mas sinto que ela não é o tipo de mulher para mim. Já percebeu como ela fala? Na verdade, ela grita! E aquele cabelo vermelho... Você sabe por que nunca a levei a um evento? — Minha mãe balança a cabeça, porque agora é meu momento de desabafo.

— Porque ela não está à minha altura! E por que eu tenho que amá-la, mamãe? — grito, atirando algo contra a parede.

— É por isso que você terminou com a Ana. — concordo com a cabeça.

— Filho, e porque está fazendo isso? Se ama a Nina, por que não diz a ela?

— Porque, mamãe, eu estou com meus dias contados, e tudo o que eu quero é passar o resto dos meus dias com a mulher que eu amo!

— Eu me apaixonei pelo meu segurança e me casei com ele, mesmo contra a vontade dos seus avós. Agora você me diz que amou a Nina todo esse tempo escondido porque tem vergonha dela? Desculpa, Dudu, mas isso não é amor — me sinto um lixo agora.

— Você mesmo questionou quando eu disse que havia escolhido a Nina.

— Eu questionei, Dudu, porque pensei que você ainda amava a Ana. Não porque eu desprezo a Nina, que para mim é uma ótima pessoa com um caráter incrível.

— E o que eu faço, mamãe? Digo que inventei essa droga de contrato, só para não assumir que ela é o amor da minha vida! Me diz, mamãe, porque eu não quero passar os últimos momentos que tenho de vida feliz para depois negar a minha morte, querendo viver uma vida com ela, a mulher que sempre amei! — eu nunca chorei como agora, parece que meu ar vai sumir.

— Eduardo, filho, eu sinto muito! Faça como você achar melhor, e a mamãe vai estar aqui ao seu lado. Eu só acho que um contrato mal assinado não vai resolver as coisas.

— Eu vou me casar com a Nina mesmo ela me odiando, afinal ela assinou aquele contrato, mesmo que seja mal assinado por mim, eu quero que ela seja mãe do meu filho.

— Só não faça a Nina sofrer, filho! Ela pode se apaixonar, aí sim ela vai sofrer também. — diz minha mãe, me dando um beijo e saindo do meu quarto.

(...)

Os dias se passaram e hoje é o dia do jantar de noivado. Manter esse plano de amar a Nina e fingir que não a amo segue perfeitamente, não sei até quando, porque ela é vingativa, e eu serei o primeiro homem da vida dela. Eu vou amá-la não da forma de um contrato, mas sendo ela o amor da minha vida.

Me arrumo, pego o anel que comprei especialmente para ela, com o toque da pureza dela e do seu jeito escandaloso de ser, sorrio lembrando do primeiro dia que a vi. Ela derrubou um chá verde em toda a minha roupa e ainda me agrediu. Aí, depois, ela descobriu que eu seria o chefe dela, e nesse dia 23/12 eu contratei Nina Garcia para ser a minha assistente. A melhor assistente que eu já tive na vida e agora será a minha esposa. — digo isso na frente de todos os convidados, me ajoelho, pego o anel do meu bolso e olho para a Nina que está de pé, em lágrimas, então respiro fundo...

— Nina, casa comigo! Porque a minha vida sem você não tem sentido. — eu estou aqui de joelhos esperando ela dizer sim, mas ela simplesmente corre em direção à saída da casa, me deixando aqui que nem um otário. Me levanto e sigo atrás dela, deixando os convidados fuxicarem, vejo ela andando logo à frente, saindo pelo portão.