Eduardo Miller
Cinco dias antes!
Estou tão furioso comigo mesmo. Eu fui até o Flórida Clube para garantir a droga do contrato e consegui ele? Claro que não! E a culpa é da Nina, sem calcinha? A maldita! A filha de uma égua! Certeza que nunca mais vai querer nenhum projeto feito pela Miller Designer.
Chego em casa e espero que minha mamãe esteja dormindo, porque não quero ouvir ela dizer tanta besteira. Estou farto e surtando, só quero um chá verde para acalmar.
— Dudu, é você? — São meia-noite. O que ela faz acordada?
— Oi mamãe, sou eu! — Eu ia entrar no meu quarto para tomar um banho e relaxar, mas a mamãe vem logo atrás.
— Me diz Dudu, funcionou?
— Funcionou o quê?
— A blusa! Fala para a mamãe, a moça que você transou hoje e a camisinha estourou, tem uma personalidade gentil e agradável?
— Que palhaçada é essa, mamãe! Eu tive um dia de cão. — digo furioso, jogando essa camiseta que torei na pura raiva.
— Então não funcionou? — fala mamãe, pegando a camiseta do chão, toda triste eu em?
— Mamãe, quem dera eu tivesse transado; ao invés de passar raiva e ainda perder um contrato importante.
— Eu pensei que a benzedeira fosse das melhores, Dudu. Entenda a mamãe, pois eu só quero um neto!
— Mamãe, eu tô de saco cheio dessa conversa! Entenda de uma vez por todas que eu nunca vou te dar um neto! — grito na cara dela porque estou com uma dor de cabeça tremenda e de saco cheio desse assunto.
— Mas Dudu, a mamãe só quer ser vovó! — fala ela chorando. Eu seguro no braço dela e coloco ela para fora do meu quarto.
— Desculpa, mamãe, mas já disse que nunca serei pai nessa vida! — bato a porta. Sei que fiz errado, pois ela é minha mãe. Respiro fundo e abro a porta novamente para pedir desculpas e vejo ela andando e chorando no corredor. Passo a mão nos cabelos e puxo ela para um abraço.
— Desculpa, mamãe, mas pare com esse assunto, pois já disse que ainda não estou pronto para me casar e ser pai.
— Mas Dudu, estou ficando velha. Quando eu vou ser avó? Quando eu estiver com um pé na cova?
— Claro que não, mamãe! Me dê um tempo, ok? Quem sabe daqui a dez anos? — Ela se solta de mim, furiosa, e bate até a porta do quarto. E eu fico aqui parado, e quando penso em voltar para o meu quarto, dando meia-volta, a porta se abre e eu olho para trás...
— Ai, mamãe, isso dói. — Ela me jogou uma sandália, que acertou bem no meu amigão.
— Se ele não me serve para me dar netos, que não sirva para mais nada! — Ela joga outra sandália e eu corro, pois de onde já se viu eu ficar sem meu amigão para me satisfazer, é ruim, hein?
Tranco a porta e ela ainda grita!
— Eu tenho um plano B, Dudu! Me aguarde!
— Ui, me deu até um medo, mas eu só quero que essa noite passe logo!
Tomo um banho e logo apago...
(...)
No dia seguinte, o despertador toca como todos os dias e já são 6:00 da manhã. E eu já estou pronto para ir trabalhar, pois preciso pensar no que dizer ao Lucas e a todos da empresa que o projeto de meses não vai mais rolar!
Depois de arrumado, desço as escadas para tomar meu café e espero que mamãe esteja menos brava hoje!
— Mamãe, a senhora acordada essa hora? — pergunto, porque ela está na mesa do café, bem séria.
— Bom dia, Dudu! Senta, pois temos uma visita. — Ela começa a chorar e eu não estou entendendo nada.
— Mamãe, que visita? — pergunto já me sentando.
— Eu, Eduardo! — Me viro e vejo o médico da família, o doutor Federico.
— Doutor Federico?
— Desculpe a visita logo cedo, mas assim como já disse a sua mãe, o assunto é importante e grave. — Meu coração acelera nesse momento, pois eu fiz exames há três semanas atrás a pedido da mamãe, porque desde a morte do papai com câncer, ando me prevenindo.
— Não, me diga que essa visita tem a ver com os exames que eu fiz?
— Sim, e precisamos ter uma conversa, Eduardo. — Com as duas mãos na cabeça, me preocupo, pois a mamãe está chorando e o doutor está triste.
— Diga logo de uma vez! É sério?
— Filho, a mamãe não quer perder você também — diz ela me abraçando e chorando e eu só quero...
— Me diga, doutor, qual foi o resultado dos exames!
— Sinto muito, Eduardo, mas você está com um tumor no cérebro que não tem mais como tratar. — Ele me entrega os resultados dos exames e eu leio. Enquanto mamãe chora aos gritos, eu leio tudo e parece que isso é só um pesadelo.
— Mas eu não sinto nada, doutor. — digo, pasmo.
— Em alguns casos, não existem sintomas, mas o seu estado é crítico. — Me levanto tentando entender.
— Doutor, quantos meses temos? — pergunta minha mãe, mas eu só queria entender o porquê disso estar acontecendo comigo.
— Infelizmente, Eduardo, você tem pouco tempo de vida. — As lágrimas começam a sair e meu coração acelera. Sinto o abraço da mamãe.
— Quanto tempo, doutor? — pergunto.
— Uns seis meses ou mais, podendo ser antes.
— Não! O meu filho não! — grita mamãe e eu estou com tanta confusão de sentimentos pois, como assim, eu posso morrer em breve?
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Atualizado até capítulo 104
Comments
Valdileia Silva Castro
mais se for um plano b é muito pesado afinal com doença não se brinca ainda mais essa que é a pior doença que vai te comendo aos pouco e a dor deve ser insuportável, pois convivi com duas pessoas com câncer e os gritos de dor delas me cortava o coração sem poder fazer nada pra aliviar a dor das, essa parte da história não gostei , mas é muito bonita
2025-04-15
1
Angela Rodrigues
É o plano b da mamãe é tudo por um Neto,eu sempre quis um Neto,meus filhos eu não quero filhos, aí eu fiquei na minha,meu primogênito estava com trinta e dois anos, aí em dois mil e vinte e três ganhei o melhor presente da minha vida,minha pequena Maya amo de paixão 🥰🥰
2025-03-03
6
Daisy Conceicao
que brincadeira de mal gosto, pois inventar uma doença seria só pra o filho dar netos. misericórdia!
2025-03-06
1