Capítulo 18

Nina.

Ele sai furioso, e eu só quero ir em algumas lojas que pesquisei na internet, pois esta noite promete. Eu passei dois anos aturando ele gritando comigo e me fazendo até fazer o número dois na roupa, e ainda andar nas ruas com minha xoxota de fora. Ele precisa de uma vingança.

Chamo um táxi e mostro para ele no Google onde quero ir. Ele me olhou com uma cara estranha...

— O que foi, moço? Eu estou de lua de mel, é cada uma, hein? — digo, pois ele ficou me encarando só porque eu quero ir a uma loja de sexy shopping, porque só lá tem o que eu quero!

Pago o táxi e entro na loja...

— Boa tarde, moça, você me entende? — pergunto, pois eu falo também inglês.

— Sim, eu entendo, em que posso lhe ajudar?

— Eu preciso de algo que anime meu marido. Sabe, estamos de lua de mel, mas ele não dá conta do recado. — digo, e a moça sorri.

— Desculpe, senhora, mas vem por aqui que eu posso te ajudar com isso, pois a nossa loja é reflexo dos seus desejos mais sombrios. — abro meu sorriso quando ela me mostra cada um dos afrodisíacos que tem na loja.

— Qual o mais potente? — pergunto.

— Esse aqui, o PIU PIU, é o mais vendido aqui, mas não pode usar muita quantidade senão a senhora que vai pedir socorro. — sorriso por dentro e pego meu cartão.

— Eu vou levar esse! — a moça coloca numa sacolinha, mas eu vejo algo que me chama a atenção. Porque isso me traz uma lembrança; pois o seu Eduardo disse uma vez ao seu amigo, Lucas, e eu ouvi assim escondida, que ele adora uma mulher fantasiada de leoa, e olha só o que eu achei!

— Moça, eu vou levar essa fantasia aqui também.

— Ótimo, fica 100 reais.

— Eu vou pagar em dólar, pode ser?

— Sem problema!

E assim eu pego minhas comprinhas e sigo de volta ao hotel, onde já passou a hora do almoço.

Subo e vejo que o Eduardo dorme; também ele passou a noite no banheiro. Ver ele dormindo me faz admirá-lo, pois ele é lindo até dormido. Mas eu preciso focar no meu plano! Porque esta noite promete.

E assim eu me arrumo, porque ele ainda dorme, e já são cinco horas, e eu reservei um horário no restaurante aqui perto do hotel às 18:30.

E nada dele acordar, então vou chamar ele.

— Dudu, acorda, amorzinho! — digo no ouvido dele, que se remexe.

— Não, eu só quero dormir. — eu falo novamente em seu ouvido.

— Que pena, porque eu não estou com calcinha! — menina, ele deu até um pulo da cama.

— O jantar, eu prometo ser rápido. Nossa, você está linda. — diz ele, me analisando, e vai ele pensando que eu durmo em serviço. Enquanto ele se banha, eu vou conferir se o recepcionista do hotel reservou direitinho a minha reserva, porque eu não quero que nada essa noite dê errado, pois eu já planejei tudo.

— Senhora, está tudo certo, pode ficar tranquila. — diz o recepcionista.

— Ah, Quebom! Eu vou ver então se o meu marido já está pronto, obrigada, senhor.

— De nada.

Sigo até o quarto de volta e o Eduardo já está penteando os cabelos, todo lindo e charmoso. Depois desta noite, se ele admitir que me ama e que quer viver seus últimos momentos sendo feliz ao meu lado, eu me entrego para ele.

— Podemos ir? — ele sorri.

— Claro! — ele está todo sorridente, e eu estou louca para ele provar do meu ingrediente especial.

— Deixa eu pegar a minha bolsa, aí podemos ir. — sigo até a minha bolsa, onde eu guardo meu kit de socorro e meu remédio para dormir, porque hoje ele vai estar louco preso neste quarto comigo, morta, dormindo como uma leoa. Pula a janela e ele não vai para poder matar sua vontade...

— Pegou tudo? — pergunta ele.

— Sim, peguei. — assim saímos e seguimos até o restaurante, e ele está sendo até um cavalheiro, puxou a cadeira para mim, me serviu um vinho, ele está incrível.

— Nossa, pega para mim, Nina, por favor. — diz ele, pois o relógio dele soltou do pulso e caiu, que estranho, mas eu me abaixo e pego.

— Aqui!

— Nossa, obrigada, esposa linda. Aqui seu vinho.

— Nossa, estou admirada, que cavalheiro.

— Eu costumo ser com belas mulheres.

— Então você me acha bela?

— Nina, você é linda e encantadora.

— Por que você não tira essa máscara de chefe durão e deixa eu conhecer você de verdade? Me diz como se sente com tudo isso! Deixa eu saber o que o seu coração deseja. — digo segurando a mão dele.

— Nina, você trabalhou comigo esses dois anos e acho que você sabe de mim mais do que eu.

— Não, Eduardo, na verdade eu pensava que sabia que era o senhor, mas me diz uma coisa, por que 12/23? — ele sorri.

— Porque foi o dia em que nos conhecemos, aí eu pensei que seria mais fácil você lembrar da senha, já que é minha assistente.

— Sério? Eu pensei que fosse porque você me ama tanto, que cada detalhe que viveu comigo está aí na sua memória, e você faz de tudo para sempre me ter por perto, mesmo me querendo longe. — ele sorri e bebe um pouco de vinho; aí eu lembro que preciso colocar na bebida dele meu pressentindo.

— E você, Nina?

— O que tem eu?

— Por que o cabelo vermelho?

— Porque você odeia essa cor! — ele sorri com a mão no queixo.

— Eu odeio o vermelho? Certo, você é incrível, Nina, extraordinária, PIU PIU, sério?

Ai, eu coloquei a taça de vinho na mesa após beber todo o vinho dela, e enquanto ele sorri, eu procuro na minha bolsa o tal do PIU PIU. E ele, com os cotovelos na mesa, chama o garçom.

— É melhor a gente subir, não acha? — ele pisca, me fazendo ser uma idiota, pois agora eu sinto meu corpo queimar.

— Podemos ir, amorzinho! Às vezes o feitiço vira contra o feiticeiro. — ele sorri, esse desgraçado, enquanto eu choro, pois a minha xoxota hoje pega fogo.

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