Nina
Tudo o que eu escuto me dá medo e insegurança. Afinal, o seu Eduardo sempre me ajudou desde o primeiro dia em que pisei nessa empresa.
E imaginar a minha vida sem meu chefe abala o meu coração. Mesmo que seja difícil para mim me envolver com um homem, eu aceito esse contrato.
— Tem certeza que o senhor está bem? — pergunto.
— Sim, estou bem melhor! Só foi o susto mesmo. — Ele me entrega o copo de água que eu havia lhe dado. E, no impulso, eu o abraço bem forte, e as lágrimas consomem todo o meu rosto.
— O senhor não merecia esse destino! — digo, alisando as costas dele com minhas mãos, enquanto meu rosto encosta em seus ombros. Ele retribui o abraço.
— A vida às vezes é injusta, Nina, mas se ficarmos negando nosso destino fica pior. Eu vou enfrentar o meu destino da melhor forma que posso. — Deslizo minhas mãos lentamente e nossos rostos ficam próximos; sinto até o hálito dele.
Nossos olhares se cruzam e um silêncio entre nós surge. Ele alisa minhas costas e eu sinto até um arrepio, e nem sei por que sinto isso, pois ele é só o meu chefe. Então me pergunto por que ele encosta mais o seu rosto no meu?
— Dois anos ao seu lado, Nina, e eu nunca me senti tão bem ao seu lado como agora. Você, além de ser linda por fora, é linda por dentro. Obrigado! Claro, se você ainda for assinar o meu contrato. — Meus olhos não desgrudam do dele, e minha labial chega a tremer de tão perto ele está de mim.
— Eu... eu só quero que o senhor, seu Eduardo, seja feliz enquanto pode, e eu assino sim, e prometo estar ao seu lado! — Ele sorri, se inclina e meu coração acelera. Ele vai me beijar, é isso? Ele vai me beijar...fecho ate os meus olhos...
— Nossa, essa caneta está difícil! Droga, espera só um pouco. Nina, se afasta um pouquinho, por favor. — Que burra eu sou; ele se ergueu só para pegar a caneta na bolso da calça. Me afasto dele sem graça, até parece que ele iria me beijar. Que tola eu sou! Sorrio e pego a caneta da mão dele.
— Onde eu assino? — pergunto.
— Aqui, são duas assinaturas. — Diz ele, me mostrando, e eu assino!
— Pronto! — Ele sorri e pega o contrato das minhas mãos.
— Nina, nos casamos semana que vem! — Dou um pulo de susto, pois...
— Semana que vem?
— Sim, eu não tenho muito tempo!
— Mas eu... Digo pois não estou preparada!
— Nina, você assinou o contrato e eu não posso perder tempo. Amanhã é o evento do Plaza, e vai estar a mídia. Vai ser um bom momento para aparecer em público com você e te anunciar como minha noiva. — Estou assustada com tudo isso.
— Tem certeza que precisa fazer isso tudo?
— Nina, sou uma pessoa pública, claro que preciso! Leia o contrato, tem algumas instruções, principalmente a que deixo claro que ninguém deve saber da minha doença.
— Sim, claro. Quanto a isso, pode deixar, eu sei guardar segredo.
— Ótimo — diz ele, pegando sua cadeira.
— Pega. — Ele me dá um cartão.
— Não, eu não quero!
— Nina, o evento amanhã é de alto padrão, vai precisar de um vestido à altura, compre um belíssimo, de preferência um que mostre suas pernas, pois elas são lindas. — Diz ele, olhando para minhas pernas; encolho elas.
— Quer parar com isso, seu Eduardo? Eu posso comprar o vestido com meu dinheiro.
— Vai gastar 1000 dólares em um vestido? Tem certeza? — Engulo em seco e pego o cartão da mão dele.
— A senha você já sabe. — Fico confusa.
— Como?
— Sim, Nina, é a mesma do meu notebook. Eu só uso ela para tudo! 12, 23.
— Sim, senhor, pode deixar que eu só vou comprar o vestido e depois devolvo.
— Vá a um salão também! É minha noiva, quero que fique linda, e como minha assistente, quero que me mantenha todas as suas dívidas que eu vou pagar.
— Todas?
— Sim, Nina! Não quero uma esposa que deve mais que tudo! A mídia vai investigar sobre sua vida, então espero que seu nome fique limpo. Agora, pode tirar o dia de folga e ir se planejar. Nos vemos amanhã às 18:30, te pego no apartamento da Diana, esteja pronta às 18:00.
— Sim, senhor!
Assim, eu saio da sala dele, pego minhas coisas e vou para casa, pois quero ler esse contrato direitinho.
— Onde você vai? Ainda está cedo. — Pergunta Diana.
— O seu Eduardo me liberou para trabalhar em casa, não estou bem.
— Estou vendo, pois parece que chorou rios.
— Na verdade, chorei. Eu preciso ir, nos vemos mais tarde.
— Sim, até mais..
Chamo um táxi e sigo para casa, onde jogo a bolsa no chão, deito no sofá e começo a ler esse contrato que assinei sem ler. Mas o que importa é a felicidade do seu Eduardo, nem que seja por pouco tempo.
(...)
Depois de ler boa parte, algumas coisas eu destaquei. Como ter que ir a uma lua de mel; acho que isso não precisa. E outra, ele quer pular de bungee jump, não sou louca e não vou fazer isso, e muito menos pular de paraquedas. Ele só pode estar louco se ele acha que eu vou fazer isso. Ele quer um filho, então vou ter que fazer isso com ele, porque não quero ser mãe sendo virgem. E pensando bem, perder a minha virgindade com o seu Eduardo não seria tão ruim assim, claro que será uma recordação para o resto da vida, já que ele vai morrer e eu só terei o filho dele para lembrar... Esse negócio de sem sentimentos não Cola, porque é só pensar em tudo que já vivi ao lado dele que eu choro. Mas eu prometo ser uma esposa de contrato perfeita e vou cumprir tudo que diz aqui! Fazer bondade é meu segundo nome!
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Atualizado até capítulo 104
Comments
vilma assis
Dudu espero que você não faça Nina sofre só por que pensa que vai morrer
2025-01-12
1
Andreia Cristina
eu acho que rolou um clima entre os dois
2025-01-11
2
Marlene Almeida
essa doença não existe esse casamento pôr contrato vai vira amor ❤️
2025-02-06
1