#Capítulo 14

...Pâmela...

(…)

Cerca de meia hora depois, finalmente chegamos ao nosso destino, fico muito surpresa e encantada quando ele para em frente ao parque de diversões, acho que nunca havia ido em um antes.

Júlio: Chegamos! — Ele diz ao estacionar.

Pâmela: Uau...aquela é a roda gigante? — aponto com o dedo ainda dentro do carro.

Júlio: É sim, você gosta?

Pâmela: Na verdade, nunca fui em uma antes, provavelmente eu teria medo, é muito alta! — Altura não era muito o meu forte.

Júlio: Hoje realmente não conseguiremos ir nos brinquedos mais radicais, mas prometo te trazer aqui um outro dia, só eu e você. — Ele deu uma risadinha para mim, e eu não pude evitar as borboletas no estômago, no fim das contas, talvez essa expressão seja mesmo real.

Descemos do carro, Júlio pega Steff no colo e eu pego a sua bolsa, seguimos até a entrada do parque, onde ele paga pelos ingressos.

Stefany ao ver tantos brinquedos de cores e tamanhos diferentes, não quis mais saber de ficar no colo do pai, pulou para o chão e começou a correr. Fomos primeiro no carrossel, havia vários cavalinhos de todas as cores, Stefany amou o unicórnio, nesse nós dois poderíamos acompanhá-la, e ela não parava de sorrir, assim também, nos fazendo rir com ela.

A todo o momento pude notar os olhares do Júlio para mim, ele tinha um brilho intenso nos olhos, era como se me admirasse de alguma forma, e tenho quase certeza que já estava igual a um tomate maduro de tanta vergonha. Eu até tentava disfarçar brincando com Steff, mas o seu olhar era tão penetrante que era impossível não olhar de volta. Estaria mentindo para mim mesma se não dissesse que estávamos flertando, porque era exatamente isso que estava acontecendo.

Passamos a manhã inteira indo de brinquedo em brinquedo, alguns eu entrava com ela, outros o Júlio ia, mas apenas os apropriados para a idade dela, nada de radicalismo e nem nada perigoso.

Júlio: Já são meio-dia, a hora praticamente voou desde que chegamos aqui, acho melhor irmos almoçar.

Pâmela: Ainda estou cheia do café da manhã, mas Steff deve estar com fome.

Júlio: Então está decidido, vamos almoçar. Tem restaurantes aqui dentro, acho que fica para aquele lado. — O acompanho.

(…)

Após o almoço, Stefany praticamente capotou no meu colo, a manhã de brincadeiras havia sido muito proveitosa, mas também muito cansativa para ela.

Júlio: Acho melhor a gente ir, duvido muito que essa mocinha vá acordar por agora!

Pâmela: Esse cochilo após o almoço é de lei, todos os dias ela dorme, você está certo, melhor voltarmos para casa! — Confesso que não queria me despedir dele ainda, mas não poderíamos mais ficar no parque com Steff dormindo.

Júlio: Nós vamos, mas não vou levá-las para sua casa ainda. — ele se levanta e a pega do meu colo.

Pâmela: An? Para onde vamos então? — Pergunto bastante curiosa enquanto vejo-o dando um sorrisinho maroto.

Julio: Vamos para a minha casa! — Arregalo os olhos surpresa.

Pâmela: Sua casa? — De repente o meu coração já estava entrando em colapso. Será isso amor?

Júlio: Sim, ainda é cedo, não pretendo levar vocês embora agora, passaremos a tarde na minha casa, assim Steff pode conhecer o quarto dela.

Pâmela: Tudo bem... — É tudo o que consigo dizer.

(…)

Algum tempo depois, chegamos há um dos bairros mais nobres de São Paulo, onde só haviam mansões chiquérrimas e de alto padrão, e preciso confessar que nunca havia vindo para esse lado antes.

Júlio segue até o fim da rua, onde os portões se abrem automaticamente, revelando uma casa magnífica, na verdade, casa não, mansão, uma mansão muito luxuosa e moderna. Fico boquiaberta com tanto luxo.

Júlio segue com o carro direto para a garagem, onde havia mais dois carros estacionados, fico me perguntando se eram dele também. Eu sabia que ele era rico, mas agora vejo que dinheiro literalmente não é problema para ele.

Júlio: Seja bem-vinda! — Diz assim que estaciona o carro na vaga.

Pâmela: Uau... é aqui que você mora? — Descemos do carro e ele pega Steff no banco detrás.

Júlio: Sim, já faz alguns anos que tenho essa casa, mas ficou fechada no período que fiquei na Argentina. — Nos aproximamos da porta de entrada e ele digita um tipo de senha para a porta se abrir, revelando ainda mais luxo do lado de dentro. Fico ainda mais impressionada, nunca havia visto algo tão esplendoroso assim.

Pâmela: Nossa...a sua casa é.... incrível! — Não pude deixar de admirar cada detalhe, nem parecia a casa de um homem solteiro. Pois, certamente caberiam umas dez famílias aqui.

Júlio: Fique à vontade, sinta-se em casa! — Ajudo-o a fechar a porta e nos encaminhamos até o enorme sofá. — Vou levá-la para dormir no quarto dela, quer conhecer? — Assinto.

Subimos as escadas, o chão estava tão limpo que podia ver perfeitamente o meu reflexo no piso, a decoração era minimalista, com muitos quadros e vasos que eu provavelmente levaria uma vida inteira e não pagaria.

No andar de cima não era diferente, havia um corredor imenso e cheio de portas, com lustres magníficos pendurados no teto, fico me perguntando quem seria a responsável pela limpeza, e tadinha, deve passar por apuros, tendo que limpar tudo isso de canto a canto.

Paramos numa das portas e ele me pede ajuda para abri-la, se antes eu já estava boquiaberta, agora então, nem se fala.

Com bastante cuidado e delicadeza, ele põe Stefany na sua cama de princesa, ela apenas se vira para o canto sem sequer abrir os olhos.

Júlio: E então, o que você achou? — Ele me olha ansioso por uma resposta. — Sorrio.

Pâmela: É lindo...nunca vi um quarto tão lindo quanto esse, tenho certeza que ela vai amar, ficou perfeito! — Talvez ela nem queira mais ir comigo após ver o seu novo quarto.

Júlio: Que bom que você gostou, eu pedi que fosse tudo bem acessível para ela, e que eu não me preocupasse quando ela estivesse aqui dentro sozinha, mandei que instalassem câmeras de segurança também, assim posso ficar em outro cômodo da casa sem me preocupar.

Pâmela: Uau, você pensou em tudo! — Sorrio animada.

Júlio: Bem, vamos deixá-la descansar, vem comigo, vou te mostrar o resto da casa! — Ele estica o braço para que eu passe na frente, e ele sai logo em seguida fechando a porta atrás de si.

Júlio faz um tour comigo pela casa, me mostra todo o andar de cima, inclusive o seu quarto, e sim, eu sei que não é apropriado para uma moça solteira entrar no quarto de homem, mas ele não tinha más intenções, ao menos foi isso que ele demonstrou.

As demais portas realmente eram quartos, e banheiros, no andar de baixo, conheci a sala de televisão, sala de jantar, cozinha, e também a área de lazer nos fundos com uma piscina enorme e churrasqueira. Ele tinha a sua própria academia, com sala de jogos e tudo, sem contar a jacuzzi maravilhosa. É tanto luxo que dói os olhos.

Pâmela: Posso te fazer uma pergunta?

Júlio: Claro, por favor!

Pâmela: Quantas pessoas trabalham aqui? — Ele franze o cenho, mas logo abre um sorriso me deixando sem graça.

Júlio: Bem, tenho uma governanta que cuida da casa e da minha alimentação, mas, duas vezes por semana, ela tem a ajuda de uma equipe que vem fazer a faxina mais pesada, e tem também o homem que cuida da piscina.

Pâmela: Entendi... — Não queria intrometida, então não fiz mais perguntas.

Júlio: O que acha de assistir um filme?

Pâmela: Por mim, tudo bem!

Júlio: Quer tomar ou comer alguma coisa antes?

Pâmela: Não, obrigado, estou cheia!

Júlio: Então, vamos ao filme.

Seguimos até a sala de televisão, onde haviam sofás mega confortáveis e um telão de cinema incrível. Nos sentamos um ao lado do outro, com uma certa distância, claro.

Júlio: Qual gênero você gosta?

Pâmela: Ah, eu...bem, gosto de romances, comédia, aventuras, e também amo filmes cristãos, tem uns baseados na vida real que são excelentes! — Falo toda sem jeito, pois ele não desviava os olhos de mim em momento algum.

Júlio: Que tal você escolher, então? Eu não sou bom para escolher filmes, raramente me sento para ver televisão, e quando assisto, só ligo o noticiário no quarto. — Confessa.

Pâmela: Não vai me dizer que...

Júlio: Não, nunca me sentei aqui para assistir nada, hoje será a minha primeira vez!

Pâmela: Júlio! Eu não acredito nisso, com um telão desses? — Jogo uma almofada nele brincando, e me arrependo logo depois, pois ele começa a me fazer cócegas. — Não, por favor, isso não vale!

Júlio: Vale sim, não se esqueça que foi você quem me provocou, quando jogou aquela almofada em mim! — Dou risadas até ficar sem ar, e ele para. — Tudo bem, acho que já fiz você rir muito por hoje.

Pâmela: Você me deixou sem ar... — Levo uma mão ao peito recuperando o fôlego, e ele se levanta indo até um frigobar que eu nem havia notado, onde pega uma garrafa de água e me entrega. — Obrigada!

Júlio: Pam, antes do filme começar, eu queria te falar algo. — Ele me olha sério agora.

Pâmela: Tudo bem, pode dizer!

Júlio: Os documentos da guarda de Stefany já saíram, o meu advogado me entregou ontem, desculpe, não quis falar isso por telefone, por isso só estou dizendo agora. — Senti uma pontada no coração.

Pâmela: Ahh... é, que bom, estou feliz! — E realmente eu estava, ele mais do que ninguém tinha o direito de ficar com ela.

Júlio: Pâmela...eu quero que saiba que, ela não vai deixar de ser sua filha, eu jamais irei afastá-la de você, sei que o elo das duas é muito forte, não quero que isso acabe nunca! — Ele toca carinhosamente a minha mão enquanto fala.

Pâmela: Tá tudo bem, Júlio, de verdade, eu estou feliz por vocês, Steff merece estar ao seu lado, e você tem todo o direito de cuidar dela...

Júlio: Você é tão especial, sabia? Fico feliz que Steff tenha você, ela te ama e dá para ver que esse sentimento é recíproco da sua parte.

Pâmela: Sim, eu a amo muito, ela é um presente de Deus na minha vida! — Não consigo deixar de me emocionar.

Júlio: Não tenho dúvidas disso. — Ele limpa a lágrima solitária que escorre do canto do meu olho e sorri para mim me deixando muito envergonhada. — Bem, então vamos escolher o filme! — ele entrega-me o controle remoto.

Pâmela: Está bem, vamos. — Falo tímida, tentando não demonstrar o tanto que estava nervosa.

Sugeri a ele um filme baseado no livro de Oséias, Amor de redenção, onde conta uma linda história de amor e superação.

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Comments

MARIA RITA ARAUJO

MARIA RITA ARAUJO

como não amar está estória autora!?

2025-01-28

3

Marcia Patette

Marcia Patette

Estou ansiosa pra ele se declarar pra ela

2025-02-27

0

marluce afleite

marluce afleite

linda história
! Parabéns Autora!.

2025-03-30

0

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