Capítulo 17

A música pulsava ao nosso redor, e a energia da boate parecia vibrar dentro de mim enquanto a roda continuava a girar. Eu já tinha tomado algumas doses, mas sabia muito bem o que estava fazendo quando Julie me desafiou.

— Um beijo na pessoa que você escolher, Nicholas, mas tem que ser de verdade, sem encenação! — ela gritou, apontando para mim com um sorriso provocador.

Meus olhos imediatamente se voltaram para Isabela. Ela estava sentada, os lábios levemente entreabertos, ainda úmidos da bebida que acabara de tomar, e os olhos me encaravam com uma mistura de desafio e curiosidade. Ela sabia que eu escolheria ela, e, naquele momento, não pensei duas vezes.

Meu coração batia forte, mas não era de nervosismo — era a adrenalina, o desejo crescente que parecia estar me dominando desde que pisamos naquele lugar.

Quando me inclinei na direção dela, Isabela não se moveu. Seus olhos me estudavam, como se tentasse antecipar meus próximos movimentos, mas ao mesmo tempo havia algo diferente ali... como se ela quisesse que eu seguisse em frente.

Coloquei uma mão em sua nuca, os dedos deslizando pela pele quente e macia, enquanto a outra mão repousava na lateral de seu rosto. Inclinei-me mais perto, até que nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância.

— Nicholas... — ela sussurrou, mas não terminou a frase.

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa que pudesse me fazer hesitar, eu a beijei.

Os lábios dela eram suaves, quentes, e tinham um gosto levemente doce, talvez da bebida. No momento em que ela correspondeu, o mundo inteiro pareceu desaparecer. A música, as luzes, as pessoas ao nosso redor... tudo se apagou. Só existia ela.

Minha mão deslizou para a base de sua coluna, puxando-a mais para perto enquanto o beijo se aprofundava. A forma como ela se entregava, como seus dedos subiram para meu ombro, fazendo pressão levemente, fez meu corpo inteiro vibrar. Era como se cada fibra minha estivesse em chamas, queimando com uma intensidade que eu nunca havia sentido antes.

Quando nos afastamos, apenas o suficiente para recuperar o fôlego, nossos olhos se encontraram. O olhar dela era confuso, mas ao mesmo tempo cheio de algo que eu não conseguia decifrar... ou talvez não quisesse.

— Isso foi... — comecei, mas não sabia como terminar a frase.

— Maravilhoso. — ela completou, a voz baixa, mas sem nenhum tom de arrependimento.

Sorri de lado, passando a língua pelos lábios, ainda sentindo o gosto dela ali.

— Acho que precisamos jogar mais jogos desses... — provoquei, mesmo sabendo que aquilo não tinha sido só um jogo para mim.

Ela revirou os olhos e se levantou, indo para a pista de dança, mas eu sabia que havia algo a mais naquele olhar antes de ela se afastar. Algo que me dizia que esse beijo não seria o último.

Eu a observei caminhar em direção à pista de dança, tentando recuperar o controle da minha respiração. O beijo ainda estava gravado nos meus lábios, e meu coração parecia querer sair do peito toda vez que eu olhava para Isabela. Ela estava irresistível, e eu sabia que precisava de mais.

Sem pensar muito, fui atrás dela. A multidão na pista era barulhenta e caótica, mas eu só conseguia focar na maneira como ela se movia, como se o ritmo da música fosse feito exclusivamente para ela.

— Achei que você tivesse desistido do jogo. — ela falou assim que me aproximei, um sorriso provocador surgindo em seus lábios enquanto continuava a dançar.

— Quem disse que era só um jogo? — respondi, aproximando-me mais, até nossas respirações se misturarem.

Ela ergueu uma sobrancelha, mas não se afastou. Em vez disso, Isabela deslizou as mãos pelo meu peito, o toque leve e ao mesmo tempo eletrizante.

— Você gosta de brincar com fogo, Nicholas.

— E você gosta de atiçar as chamas.

Eu não sabia se era a música, o álcool ou simplesmente o desejo que parecia nos consumir, mas quando ela segurou minha mão e me puxou para longe da pista, eu segui sem hesitar. Passamos pelo corredor estreito da boate, desviando das pessoas que conversavam ou riam alto, até ela abrir a porta do banheiro.

Assim que entramos, ela trancou a porta atrás de nós. Não houve tempo para palavras. Eu a puxei para mim, colando nossos corpos, e a beijei com uma intensidade que deixava claro que eu não podia mais esperar.

Seus lábios eram urgentes contra os meus, suas mãos agarrando minha camisa enquanto eu a pressionava contra a parede fria do banheiro. O contraste entre o azulejo gelado e o calor do corpo dela era quase enlouquecedor.

— Isso é uma péssima ideia, — ela sussurrou contra meus lábios, mas sua boca logo encontrou a minha de novo, como se nem ela acreditasse no que dizia.

— Então me diga para parar, — desafiei, deslizando as mãos para a curva da cintura dela.

Mas ela não disse nada. Em vez disso, puxou minha camisa com impaciência, cada toque, cada beijo parecia incendiar minha pele. O jeito como ela suspirava quando eu beijava seu pescoço ou como suas unhas cravavam levemente nos meus ombros... tudo nela era perfeito.

— Eu quero você. — ela sussurrou, com os olhos fixos nos meus, carregados de desejo.

— Você já me tem, Isabela. — respondi, minha voz rouca, carregada de uma tensão que parecia prestes a explodir.

— Então me foda.

— Aqui? — perguntei, surpreso, mas já completamente tomado pela ideia.

— Agora.

O tom dela não deixava espaço para dúvidas. Antes mesmo que eu pudesse responder, minhas mãos já estavam em sua cintura, puxando-a para mais perto. Levantei seu vestido devagar, revelando mais de sua pele macia, até o tecido estar amontoado na altura de sua cintura. Minhas mãos deslizaram para baixo, encontrando sua calcinha fina que mal escondia o quanto ela estava excitada.

Passei os dedos levemente sobre o tecido úmido, sentindo o calor que emanava dela. Isabela arfou ao toque, os lábios entreabertos soltando um gemido suave que só serviu para me enlouquecer ainda mais. Com cuidado, puxei a calcinha de lado, expondo sua intimidade completamente molhada.

— Você é tão perfeita... — murmurei, sem conseguir me conter.

Inclinei-me, abaixando até ficar na altura dela, e coloquei uma de suas pernas em meu ombro. A posição a deixava ainda mais vulnerável, e o olhar de Isabela, misto de excitação e expectativa, fazia meu sangue ferver.

Comecei devagar, soprando levemente contra sua pele sensível, observando cada pequeno arrepio que subia por seu corpo. Ela fechou os olhos, a cabeça encostando na parede enquanto mordia o lábio inferior para conter os sons que queriam escapar.

Não resisti mais. Passei a língua por sua intimidade, saboreando o gosto dela, ao mesmo tempo em que segurava firmemente sua cintura para mantê-la no lugar. O gemido que ela soltou dessa vez foi mais alto, ecoando no espaço apertado do banheiro, e fez com que eu quisesse mais.

Minha língua explorava cada detalhe dela, alternando entre movimentos suaves e mais intensos, enquanto Isabela se agarrava aos meus ombros para se equilibrar. Sua respiração estava descompassada, e os pequenos sons que escapavam de seus lábios eram como combustível para mim.

— Nicholas... — ela gemeu meu nome, a voz trêmula e carregada de prazer.

Continuei, aumentando a intensidade, sentindo-a estremecer sob meu toque. Cada reação dela era um convite para ir além, para levá-la ao limite. Quando finalmente ela se arqueou contra mim, com um gemido longo e profundo, soube que ela tinha se entregado completamente.

Levantei-me, deixando seus olhos encontrarem os meus enquanto limpava o canto da boca com um sorriso satisfeito. Ela ainda estava ofegante, os lábios entreabertos, o rosto corado.

— Isso foi... — ela começou, mas não conseguiu terminar.

— Só o começo, — respondi, inclinando-me para beijá-la novamente, agora com ainda mais desejo.

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