O carro deslizou suavemente pela longa estrada ladeada de árvores até parar diante de uma imensa mansão. Rafael olhou pela janela, o coração batendo mais forte ao ver o tamanho do lugar. Era uma construção grandiosa, com colunas de mármore na entrada e uma escadaria que levava até uma imponente porta dupla. Na frente da entrada central, pelo menos uma dúzia de seguranças armados estava posicionada, cada um parecendo mais intimidante que o outro.
— Bem-vindo à minha humilde casa, Rafael. — disse Bellucci, sua voz calma contrastando com a opulência ao redor.
Rafael engoliu em seco, sem conseguir esconder o desconforto. Cada detalhe do lugar gritava poder e controle. Ele ajustou nervosamente a gravata, tentando parecer mais confiante do que se sentia.
— "Humilde" não é exatamente a palavra que eu usaria.
— murmurou Rafael, mais para si mesmo.
Bellucci soltou uma risada leve enquanto saía do carro, sinalizando para que Rafael o acompanhasse.
— Vamos, rapaz. Não seja tímido. Quero que veja o que estou oferecendo e o que posso fazer por você, se decidir confiar em mim.
Rafael hesitou por um instante antes de sair do carro, sentindo os olhos dos seguranças sobre ele. Eles não disseram nada, mas a forma como seguravam as armas deixava claro que estavam prontos para agir a qualquer momento.
Bellucci subiu os degraus com passos firmes, como se fosse o rei voltando para o seu castelo. Rafael o seguiu, tentando ignorar a sensação de que estava sendo levado para dentro de um jogo que não entendia.
As portas se abriram antes que Bellucci as tocasse, revelando um salão espaçoso com um lustre de cristal pendurado no teto. O mármore brilhava sob os pés, e as paredes eram decoradas com obras de arte que pareciam custar mais do que Rafael ganharia em uma vida inteira.
— Impressionante, não? — disse Bellucci, notando o olhar de Rafael.
— É... mais do que impressionante.— admitiu Rafael, olhando ao redor.
Bellucci caminhou até um bar no canto da sala e serviu dois copos de uísque. Ele ofereceu um a Rafael, que hesitou antes de aceitar.
— Rafael, você viu o que está lá fora. A segurança, a grandiosidade. Não é só aparência. Tudo isso é resultado de escolhas. Escolhas difíceis, mas necessárias. É isso que estou oferecendo a você: a chance de fazer escolhas que realmente importam.
Rafael tomou um gole do uísque, sentindo o calor da bebida descer pela garganta. Ele colocou o copo sobre a mesa próxima, tentando organizar os pensamentos.
— Eu ainda não entendo. Por que eu? O que exatamente você espera que eu faça?
Bellucci sentou-se em uma poltrona de couro, gesticulando para que Rafael se sentasse também.
— Como eu disse antes, você é um quadro em branco. Não está contaminado pelas sujeiras do meu mundo, mas tem a coragem e a integridade que muitos homens perderam. Quero que seja meus olhos e ouvidos em lugares onde meu nome não pode ser pronunciado. Um intermediário, alguém que possa mover-se livremente entre dois mundos.
— Você quer que eu seja um espião?
— perguntou Rafael, sua voz carregada de incredulidade.
Bellucci sorriu, mas o olhar era sério.
— Não, mais que isso. O meu noivo.
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Atualizado até capítulo 123
Comments
Auxiliadora Silva
é sério isso? o foco não é o Dominic ? só o outro aparece.
2025-04-07
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Esther Gonçalves Felipe Gonçalves Felipe
gente cadê o Dominic? não era pra ele estar aparecendo invés do Giovanni? Geovane, Geovanni... aí não lembro!
2025-03-19
2
Esther Gonçalves Felipe Gonçalves Felipe
OI?? NOIVO??
2025-03-19
0