Ayla
O momento mais difícil da minha vida pareceu levar séculos em câmera lenta. Parecia que as primeiras vinte e quatro horas após a cirurgia de James nunca iriam passar por completo. Foi um sofrimento muito grande para mim e meus pais.
Uma semana depois ele voltou para o quarto, ainda precisava de cuidados especiais, mas meu irmão sobreviveu, ele teria sua segunda chance para ter uma vida o mais normal possível e tudo isso graças ao diabo em pessoa, Devon Storn.
Ao ver o sorriso que James abre para mim ao abrir seus olhinhos e me ver sinto que meu sacrifício valeu apena, meu irmão não vai mais morrer... Faria tudo de novo só para ter esse momento com ele mil vezes se fosse necessário.
Mas os dias passaram, passaram rápido demais. Chegou o dia que eu não queria, o dia que eu tenho que cumprir minha palavra e me entregar para o mal encarnado. Estou trabalhando e já recebi duas mensagens dele que fiz questão de ignorar.
Avisei para ele que quando estou na empresa quero ser tratada como uma funcionária normal. Mas parece que ele está ansioso para acabar com a minha vida, porém felizmente graças a ele meu irmão tem uma vida para continuar vivendo. Esse é o combustível que me mantém na vida de Devon.
— Ayla? Ayla, está me ouvindo? — Gaab chama por mim.
— Oi? Ouvindo o que?
— Eu disse que preciso sair agora! Vou ter que viajar com a minha mãe, parece que uma prima que ela gosta muito faleceu e não posso deixá-la ir sozinha. Vou ficar fora por uns três ou quatro dias, decidi te dar folga nesses dias, te aviso quando eu voltar.
— Gaab, não vai... Gaab? — ele sai da minha sala com muita pressa.
Agora ferrou tudo, se aquele filho da puta descobrir que Gaab não está pode querer adiantar nosso encontro. Eu preciso sair, vou encontrar com a Antonella.
Pego minhas coisas e vou para o bar onde Antonella trabalha. A princípio ela se recusa a me dar qualquer bebida até eu dizer que se ela não me der vou para outro bar beber sozinha. Ela me serve contra sua vontade.
Bebi até começar a me sentir embriagada, olho para a tela do meu celular e uma mensagem de Devon diz:
— "Você tem trinta minutos para vir até mim. Não se atrase."
— Eu preciso ir, Antonella.
— Mas desse jeito? Você está bêbada, Ayla.
— Só assim para a covarde em mim sumir por um tempo. Fica tranquila, estou chamando um Uber.
Me despeço de Antonella e vou para a frente do bar. Ligo para os meus pais e digo que vou passar a noite com Antonella, como eu nunca faço isso eles ficam felizes por mim. Me sinto péssima por mentir para eles.
Quando chego na portaria Devon já está à minha espera. No elevador ele me coloca contra a parede e pergunta:
— Você bebeu? Teve essa audácia mesmo depois de avisada?
— Bebi! Foi só quatro ou cinco...
— Doses?
— Não! Garrafas...
— Ayla, eu deveria punir você pelo seu atrevimento.
— Por que? Só fiz isso para tomar coragem pra deitar na sua cama e abrir minhas pernas para você, senhor arrogante.
— Não precisa ser tão direta quanto ao que vamos fazer.
— Só falei a verdade.
Quando chegamos no andar dele, entramos em seu apartamento. Tem uma atmosfera romântica no ambiente, um caminho feito com pétalas de rosas vermelhas, música no fundo... Olho para ele e pergunto:
— Para que tudo isso se não somos um casal?
— Gaab me disse que mulheres gostam desse tipo de coisa para a primeira vez na cama! Só quero tornar esse momento menos desagradável para você, ter algo bom para se lembrar.
— Bom seria se fosse com quem eu amo. — falo sem pensar enquanto caminho pelo tapete vermelho feito de pétalas de rosas.
Chegamos na porta de um quarto, ele está aberto e aqui predomina o vermelho das rosas despetaladas pelo chão e cama. Ele realmente transformou essa noite em uma que uma mulher apaixonada nunca iria esquecer.
Devon está atrás de mim e começa a beijar meu pescoço enquanto sua mão tira a alça do meu vestido, eu a seguro e fecho meus olhos.
— Por favor, posso tomar um banho antes de... — não consigo terminar de falar.
— Tudo bem, te dou oito minutos.
Ele me leva até o seu banheiro e me deixa lá, tomo um banho frio, tento controlar meu nervosismo e minhas emoções. Não sei a quantos minutos estou aqui, mas pego a toalha e me enrolo nela. Olho para o meu vestido e minha calcinha.
Que sentido faz vestir novamente se ele vai tirar quando eu sair daqui? Me olho no espelho, olho para a toalha enquanto a seguro firme. É melhor eu sair daqui, de um jeito ou de outro eu terei que pertencer a ele essa noite.
Saio do banheiro enrolada na toalha e me deparo com ele apenas de calça de moletom enquanto bebe algo de cor escura num copo. Ele está olhando para a vista linda que tem do seu quarto para a cidade.
— Estou aqui. — falo nervosa.
— Logo vai esquecer o porque estava tão nervosa, não se preocupe, Ayla.
Ele deixa o copo na mesa e vem na minha direção, no automático dou passos para trás até sentir a parede atrás de mim. Devon me abraça e me suspende me fazendo entrelaçar as pernas na sua cintura. Por que fiz isso?
Me olhando nos olhos ele me leva para a cama e me senta ali na beirada tirando a minha toalha e me observando, eu fecho meus olhos.
— Por que tão tímida? Você é linda nua.
Prendo minha respiração, ele me empurra para trás me fazendo deitar na cama, seus beijos começam no meu pescoço e vão descendo até encontrar meus seios, sinto algo aquecer meu corpo e minha alma.
Estou gostando disso? Como posso estar gostando do toque dos lábios dele em mim? Você é muito suja, Ayla. Sinto ele mordiscar e chupar o bico do meu seio e isso faz eu me inclinar para ele.
Seus beijos vão descendo pela minha barriga, fazendo um caminho ardente feito brasa até ele encontrar algo que pulsa por vontade própria entre minhas pernas. Devon está de joelhos de frente para mim.
Sentir a língua dele passear ali, brincar em círculos e depois chupar faz algo explodir na minha intimidade, algo que arranca de mim um gemido alto que eu não queria que ele ouvisse. Devon conseguiu de mim meu primeiro orgasmo, meu primeiro gemido, meu primeiro prazer culposo.
Ele não para, continua até me ouvir gemer mais uma, mais duas, mais três... Quatro vezes. O que está acontecendo comigo? Eu realmente estou gostando disso? Estou tão carente de contato sexual assim a ponto de desejar meu inimigo dentro de mim?
Ele segura minhas coxas bem firme, sabe bem o que está fazendo e está decidido a me dar o que eu deveria receber na noite dos meus sonhos. Depois de me fazer enlouquecer com sua língua e seus lábios ele volta a beijar meu corpo.
Estava tão embriagada de prazer que não vi ele tirar sua única peça de roupa. Devon já estava nu em cima de mim, ouso dizer que ele foi bem abençoado e ao mesmo tempo sinto medo da dor que aquilo vai me causar.
Ele tira um par de algemas debaixo de um travesseiro e algema minhas mãos colocando-as acima da minha cabeça. Eu não resisto a isso, não tem como já fui longe demais para resistir agora.
— Presta atenção no que vou dizer, vai doer um pouco e vai sentir uma pressão, mas depois vou lhe dar todo prazer que ainda desconhece.
E olhando nos meus olhos ele começa a penetrar em mim, a pressão que ele disse veio, a dor parecia estar rasgando algo ali. Quero segurar nele, mas estou algemada e presa a algo então começo a me contorcer embaixo dele até que o sinto me romper e entrar de vez, eu grito.
— Não tem mais volta, Ayla. Você me pertence.
Ele fala isso me olhando nos olhos, parece prender minha alma em uma gaiola. Não tem mais como voltar atrás, ele conseguiu o que queria de mim. Estou em sua cama, entregue para ele.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Flor De Liz Soares Souza
acho que posso dizer que já tô apaixonada nesse homem
2025-03-21
1
Ana Lúcia De Oliveira
Totalmente possessivo, nada será como antes, principalmente para ele
2025-04-01
0
Loídes Licá
gostou né Ayla pelo visto o capeta aí não é tão ruim
2025-01-08
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