Capítulo 7

Devon

Depois desse tumultuado almoço tomei minha decisão, quero aquela baixinha marrenta como minha submissa, quero discipliná-la. Fazê-la obediente a mim. Seu erro foi abaixar a cabeça para mim no elevador e depois me encarar com aqueles olhos castanhos.

O Dom em mim gritou por controle, mas sei que não será fácil convencer aquela coisinha petulante a se entregar para mim. Preciso ter algo que ela precise, mas o que?

— Senhor Storn, me chamou?

— Sim, Natasha! Vou redigir um novo contrato de submissão, mas antes preciso que faça algo para mim.

— Mas o senhor já tem um contrato pronto que serve para qualquer submissa.

— Dessa vez será diferente. Quero que investigue a vida de Ayla Lennon até o final do dia.

— O que? A assistente do Gaab? Você quer aquela mulher como a sua sub?

—Perguntas demais, ação de menos! Faça o que eu pedi, você tem até o final do dia para me entregar tudo sobre aquela mulher.

— Sim, senhor Storn.

Ela sai e eu começo a digitar o novo contrato. Não vai ser um contrato comum porque ela não é uma submissa comum. Ao terminar faço algumas ligações e verifico alguns emails até que Gaab entra sem bater.

— Qual é o seu problema com portas? Não sabe bater?

— Para entrar aqui não! Por que foi tão rude e infantil no almoço? Fiz aquilo para que você pudesse ver a pessoa especial que Ayla é.

— Está apaixonado por ela? — pergunto incomodado.

— Mas é claro que não! Sabe que gosto de loiras, são meu ponto fraco.

— Você viu que ela me provocou, pensou mesmo que eu iria ficar quieto?

— O que falou para ela depois que os deixei sozinhos?

— Isso importa?

— Importa sim! Ela ficou estranha depois disso.

Acabo sorrindo por perceber que a deixei desorientada com o que falei, isso me excita.

— Você está sorrindo? Droga, deve ter sido muito malvado com ela. Dev, não se aproxime mais da minha assistente, foi difícil conseguir uma boa igual a ela.

— Isso não é você quem decide.

Falo sorrindo e ele me olha espantado. Gaab tenta me convencer a não me aproximar mais de Ayla por não querer ficar sem sua assistente, mas eu me divirto com a situação.

O final da tarde chega e Natasha está de volta com uma pasta nas mãos.

— O que você tem para mim? — ela me entrega a pasta e começa a falar.

— Ela tem vinte e cinco anos, ainda mora com os pais, tem um irmão que está internado há sete meses por causa de uma doença cardíaca. Parece que a família vive passando por dificuldades por gastar muito dinheiro com hospital e remédios. O irmão dela precisa de uma cirurgia para continuar vivendo, e parece que é algo urgente, mas eles não tem o dinheiro já que a cirurgia e o tratamento depois tem um custo muito alto. Nem o que ela ganha aqui é o suficiente para a cirurgia e o tratamento após a cirurgia.

— Interessante... Pode ir, Natasha. Se eu precisar de você, te chamo.

— Sim, senhor Storn.

Ela sai e eu volto a analisar a vida de Ayla. Creio que irei modificar o contrato dela, vou oferecer a cirurgia do irmão dela mais um valor mensal por mês para que ele tenha todo o cuidado que precisa pós cirurgia.

Fico ali olhando para aquele tesouro em minhas mãos até que recebo uma ligação de um número desconhecido.

— Alô?

— "O senhor conhece a senhora Donna Storn?"

— Sim! Ela é minha mãe. Por que está perguntando?

— "Ela está no hospital que fica no centro, senhor. Foi encontrada inconsciente na porta do apartamento dela."

E agora isso. Que merda. Largo tudo no escritório e vou até o hospital, chegando lá descubro que minha mãe bebeu além da conta quase entrando em um coma alcoólico.

Depois de três dias ao seu lado no hospital ela desperta finalmente. Espero o médico nos deixar a sós para perguntar:

— O que deu na sua cabeça para beber tanto?

— Veio aqui para brigar comigo? Não precisa, já pode ir embora.

— Estou aqui desde que te trouxeram para cá. Mereço uma explicação.

— Eu... Liguei para o seu pai.

— Mãe, por que fez isso? Quem te deu o número dele?

— Não importa como consegui... Só liguei porque queria ouvir a voz dele. Mas ele falou coisas para mim que me fez perder a vontade de viver.

— O que eu... — respiro fundo — O que eu tenho que fazer para a senhora entender que ele não te merece? Olha o que aconteceu por causa dele.

— Na verdade, foi por minha causa. Eu liguei para ele, eu bebi até desmaiar. Não vou culpar outra pessoa por algo que eu fiz.

— Eu não... Faremos assim daqui por diante, cada vez que a senhora tentar contra a própria vida ele fica sem dinheiro por três meses.

— Devon, não faça isso por minha causa, por favor.

— Chega, mãe. Será assim e ponto final. — me levanto e falo caminhando para a porta — Vou para casa mudar de roupa e tomar um banho. Quando eu voltar é melhor ter se alimentado ou desconto nele cada coisa ruim que acontecer com a senhora.

Saio de lá e a deixo chorando, eu jamais vou querer algo assim para mim. Jamais irei me casar ou ter filhos, isso não é para mim.

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Comments

Daniela Souza Dos Santos

Daniela Souza Dos Santos

Mamãe cheia de grana p arrumar um macho gostoso e sair por aí viajando quer ficar sofrendo por um velho viciado credo ela não tem amor a própria vida vai tentar viver essa é dependente emocionalmente cheia de grana p sair pelo mundo e com um macho do lado

2025-04-02

0

Magna Figueiredo

Magna Figueiredo

Mas não precisa ser assim meu fi...tua mãe q infelizmente é fraca...eu já teria arranjado outro...ou sairia pra viajar,conhecer lugares,pessoas...enfim, aproveitar a vida...

2025-03-02

7

Jucileide Gonçalves

Jucileide Gonçalves

Agora dar para entender um pouco dele não querer família, infelizmente a vida familiar dos pais influência bastante os filhos, mas cabe cada um ser igual ou fazer a diferença.

2025-02-08

0

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