Devon
Quando entro na minha sala observo que já trocaram meu computador. Me sento e faço o login. Estou terminando de revisar uns documentos que eram para serem revisados ontem até que Gaab entra.
— Vamos almoçar juntos? — ele pergunta.
— Não sei se vou almoçar hoje!
— Você pensa que é um carro por acaso? Só vive de álcool. Precisa ir almoçar, percebi que essa semana você não fez uma refeição decente.
— Virou minha mãe agora?
— Pelo menos a mim você vê todo dia, sua mãe só sabe da sua existência uma vez por mês!
— Se eu aceitar almoçar com você, promete que sai da minha sala e me deixa em paz?
— Talvez...
— Escolha a droga do restaurante e eu estarei lá.
— Perfeito. Meio dia no restaurante que tem aqui na frente do edifício.
Ele sai feliz por eu ter aceitado seu convite. Volto a focar no trabalho até que sinto um certo peso na consciência pelo que ele disse sobre minha mãe e ligo para ela.
— Oi, mãe, está precisando de alguma coisa?
— "Por que só me liga para perguntar se preciso de algo? Gostaria que me ligasse para dizer que está com saudade ou que vem almoçar comigo. Sou sozinha, meu filho."
— Minha vida é corrida, mãe. Só gostaria de saber se precisa de algo, mando depositar mais dinheiro para a senhora.
— "Eu não quero mais dinheiro, Devon. Você já me dá mais do que posso gastar. O que eu quero é passar um final de semana com meu filho, quero netos para amar e mimar, quero uma família."
— Eu sinto muito por não poder lhe dar o que está me pedindo. Sabe o que penso sobre isso.
— "E como está o seu pai?"
— Não acredito que ainda pergunta por ele quando o mesmo ignora sua presença no mundo... Qual é o seu problema?
— "Você não seria incapaz de entender, não sabe o que é amar alguém mesmo quando essa pessoa não te ama."
— Mãe, se coloca como prioridade e esquece ele.
— "Pode me dizer se ele está bem?"
Suspiro por um tempo e coloco a mão em minha testa até que respondo:
— Aquele desgraçado está bem, gastando o meu dinheiro como se fosse dele com prostitutas, jogos e bebidas. Será que não se lembra de tudo o que ele te fez? Como pode se preocupar ou perguntar por alguém que não quer saber se está viva?
— "Me perdoe por ser uma decepção... Mas sou um ser humano que escolhe o amor, por mais que ele machuque."
— O amor não pode te machucar porque ele não existe, é a senhora que se auto mutila por ser dependente emocional de alguém que ignora sua existência. Eu preciso desligar.
Depois dessa conversa tensa com a minha mãe, preciso esfriar a cabeça, decido caminhar pela empresa. Chegando no refeitório observo de onde estou aquela mulher irritante conversando com outros funcionários.
Como ela pode sorrir para outros homens desse jeito? Se fosse minha submissa seria punida por mim. Que absurdo, como ela permite que eles a toquem no braço e no ombro? Num impulso que não consigo controlar me aproximo do grupo.
— Vocês não tem algo melhor para fazer? Estão aqui tomando café tirando um tempo livre, sendo que tem um monte de trabalho esperando por vocês.
— Desculpe, senhor Storn. Já vamos voltar ao trabalho. — um funcionário responde.
Mas aquela mulher abusada fica ali com seu café nas mãos ignorando minha presença.
— O que eu falei vale para todos. Não pode ficar onde está.
— Ah, eu posso sim. Meu chefe me liberou para tomar um café depois que servi um para ele. Disse que iria fazer algumas ligações e que eu poderia tomar um café com calma.
Dou uma risada, droga, ela me fez rir de novo. Me recomponho e olho sério para ela.
— Eu mando em você e no seu chefe e se eu disse que é pra voltar ao trabalho você volta ao trabalho.
— Sim, voltarei ao trabalho assim que terminar meu café.
Agora a risada que dou é de nervoso, como ela consegue me tirar do sério com tanta facilidade? Dou dois passos na sua direção fazendo ela ficar encurralada no balcão.
— Escuta aqui, eu mando você obedece, se eu digo ande você anda, se eu falo corra você corre, se eu digo pule você apenas pergunta de que altura. Está me ouvindo?
— Eu estou no exército? Senhor Storn, se não se afastar de mim denuncio o senhor por assédio.
— Vai ter a audácia de me denunciar na minha empresa? Quem pensa que vai reportar sua denúncia?
— Se essa empresa for mesmo séria alguém vai me ouvir!
Somos interrompidos por um número grande de pessoas que estão entrando no refeitório, me afasto com um aviso para ela:
— Bola um, fora. Para você restam apenas duas, depois disso demissão.
Ela termina seu café enquanto me encara, o desejo de lhe dar algumas palmadas na bunda me consome feito fogo, mas eu tento me conter por ter outras pessoas ali.
Volto para a minha sala segurando a fera dentro de mim. A voz dela, sua petulância e sua postura ousada me deixam maluco para puni-la. Mas não posso, ela não é minha submissa e se fosse ficaria sem sentar por uns dias.
Natasha entra e me entrega alguns documentos para assinar.
— Senhor, ontem cancelei um encontro que o senhor teria no meio da tarde com a consultora da empresa Burns. Quer que eu agende outro para hoje?
— Não! Estou sem tempo, tenho algumas coisas para resolver aqui e depois tenho que ir até o hospital verificar os resultados dos meus últimos exames.
— Pode me dizer para quando quer que marque?
— Enquanto eu não encontrar outra submissa prefiro evitar encontro com mulheres que podem me fazer perder a razão!
— Senhor, se quiser posso ser sua submissa. Já trabalhamos juntos há mais de três anos.
— Eu já disse não para você uma vez, por que acha que irei mudar de ideia? Já te disse que gosto muito do seu trabalho e não quero estragar as coisas.
Ela sai depois que falo isso, meu pensamento volta para a mulher ousada que está trabalhando para o meu melhor amigo... Que desejo de puni-la.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Quase cinquentona🥴🥺😔😩
Só Jesus ofereceu a outra face
Ninguém é tão bom , quanto Ele !
Isso que a senhora faz , é falta de amor próprio! 🥴
2025-03-29
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Andreia
Ah querido seu coração foi laçado e vc ainda não percebeu😅😅😅👏👏
2025-02-27
0
Quase cinquentona🥴🥺😔😩
Se transasse menos , teria tempo para mãe. 🥴
2025-03-29
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